Do Capítulo 1 da Seção 1 da Parte 2 do Projeto Ação PT de Diretório Zonal
“Pós-comunista e pós-socialdemocrata, o Partido dos Trabalhadores enfrentou combativamente, em fins dos anos 1980 e início dos 1990, a enorme pressão do neoliberalismo que se fez sentir no Brasil e na maioria dos países da América Latina. Contracorrente, contribuímos para a desconstrução do Consenso de Washington aqui e, sucessivamente, em quase toda a América do Sul. Pós-neoliberal, o PT aplicou políticas que fortaleceram a democracia econômica, social e política.
“Pós-comunista e pós-socialdemocrata, o Partido dos Trabalhadores enfrentou combativamente, em fins dos anos 1980 e início dos 1990, a enorme pressão do neoliberalismo que se fez sentir no Brasil e na maioria dos países da América Latina. Contracorrente, contribuímos para a desconstrução do Consenso de Washington aqui e, sucessivamente, em quase toda a América do Sul. Pós-neoliberal, o PT aplicou políticas que fortaleceram a democracia econômica, social e política.
Acossados pelas tarefas de governo e pelas vicissitudes da
luta política, não fomos capazes, no entanto, de inserir as transformações que
realizamos em uma estratégia de longo prazo, que pudesse apontar para uma
efetiva renovação do socialismo no século XXI.
Para vencer esse desafio, é necessário o conhecimento
teórico e histórico das distintas experiências socialistas, mas também uma
análise da realidade brasileira que permita definir e lutar realisticamente por
um projeto pós-capitalista no país.
A agenda é vasta e complexa e envolve a discussão de formas
de propriedade e de organização da economia, inclusive a democratização do
espaço fabril e de todos os locais de trabalho. Envolve, também, a
democratização e socialização da política, mudanças radicais na esfera da cultura
e no cotidiano, sob a égide da mais ampla liberdade e do respeito aos direitos
humanos.
A esse respeito, o 3º Congresso do PT (2007) aprovou uma
resolução sobre o socialismo, que fala de profunda democratização; compromisso
internacionalista; planejamento democrático e ambientalmente orientado;
propriedade pública dos grandes meios de produção.
Lá está dito que precisamos de uma ‘economia colocada a
serviço do atendimento às necessidades presentes e futuras do conjunto da
humanidade. Para o que será necessário retirar o planejamento econômico das
mãos de quem o faz hoje: da anarquia do mercado capitalista, bem como de uma
minoria de tecnocratas estatais e de grandes empresários, a serviço da
acumulação do capital e, por isso mesmo, dominados pelo imediatismo, pelo
consumismo e pelo sacrifício de nossos recursos sociais e naturais’.
Na resolução do 3º Congresso do PT consta, também, que ‘as
riquezas da humanidade são uma criação coletiva, histórica e social, de toda a
humanidade. O socialismo que almejamos só existirá com efetiva democracia
econômica. Deverá organizar-se, portanto, a partir da propriedade social dos
meios de produção -- que não deve ser confundida com propriedade estatal, e sim
assumir as formas (individual, cooperativa, estatal etc.) que a própria sociedade,
democraticamente, decidir’.
Outro objetivo estratégico do PT é a realização de reformas
democrático-populares. Tais reformas (reforma política, Lei da mídia
democrática, reforma tributária, reforma agrária, reforma urbana, reforma do
setor financeiro, adoção da jornada de trabalho de quarenta horas, ampliação do
financiamento e da qualidade das políticas universais de saúde, educação,
cultura e transportes) têm como meta democratizar a propriedade, a renda, a
riqueza e o poder existentes em nossa sociedade.
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