Da Parte 1 do Projeto Ação PT de Diretório Zonal
No regime democrático as disputas políticas se dão em dois níveis: o institucional e o social. São dois campos de batalha distintos, que exigem o emprego de diferentes técnicas de combate.
No regime democrático as disputas políticas se dão em dois níveis: o institucional e o social. São dois campos de batalha distintos, que exigem o emprego de diferentes técnicas de combate.
Na luta institucional, a classe trabalhadora expressa obrigatoriamente, por força de lei, a sua vontade, aprovação ou desaprovação apenas ocasionalmente, em datas determinadas, através do voto individual direto em eleições, plebiscitos e referendos.
Já na luta social, a classe expressa voluntária, diretamente e a qualquer tempo a sua vontade, aprovação ou desaprovação, através de manifestações públicas coletivas - como passeatas e comícios - ou por meio de greves, ocupações, boicotes e abaixo-assinados.
Tanto na luta institucional, quanto na luta social, esquerda e direita disputam a preferência e a adesão dos trabalhadores através da propaganda. Propaganda é toda mensagem destinada a persuadir. É o ato de propagar, difundir, disseminar uma ideia, com o intuito de ganhar adeptos e influenciar comportamentos.
Na luta institucional, a arma é o voto individual. Na luta social, as armas são a presença e a voz em manifestações públicas coletivas, a decisão de fazer greve ou boicote, ou o fuzil, quando as circunstâncias permitem e não dão outra alternativa.
A propaganda é a principal atividade da construção de um exército de eleitores e militantes sociais, da transformação posterior deste exército num exército revolucionário e da sua condução em combate. É notória a sua importância nas eleições, plebiscitos e referendos, assim como nas ações da luta social incidentes sobre a economia, como a greve e o boicote, que só se realizam pela vontade e decisão de uma corrente de opinião pública formada com o uso da propaganda.
Propaganda não se faz só com palavras e imagens publicadas. Todas as formas de luta social - inclusive a luta armada, necessária em determinados contextos -, são também formas de propaganda, na medida em que repercutem na opinião publica, despertando curiosidade sobre suas motivações e criando ambiente propício ao debate público sobre suas causas. É assim que setores sociais específicos usam a propaganda para realizar atos públicos, que servem como ações de propaganda de maior magnitude, para tentar ganhar o apoio do restante da sociedade às suas causas.
A ação política junto às massas é, portanto, essencialmente, uma atividade de propaganda. E o partido político, como organização, é uma máquina de propaganda a serviço da formação de uma corrente de opinião pública favorável ao seu próprio projeto e contrária aos projetos dos seus antagonistas. Dessa corrente de opinião pública é que se originam todos os recursos necessários para a realização das ações destinadas à conquista dos objetivos do partido.
A propaganda é a principal atividade do partido dos trabalhadores na luta de classes, porque é através dela que o partido organiza e conduz o seu contingente de filiados e simpatizantes, tanto no combate institucional, quanto na luta social.
Tática, ensina Clausewitz, é a definição do uso dos recursos de um exército no combate. Na política, combater é fazer propaganda para formar maiorias. Portanto, as táticas do PT como um todo e de todos os seus diretórios, devem ser planos de ação para a realização de atividades de propaganda. É sobretudo para a execução destas táticas que a máquina partidária deve ser estruturada.
O poder de ação do partido e o poder de ação de cada diretório terá que ser medido pela capacidade que demonstrem de organizar e mobilizar recursos para a realização de suas ações de propaganda. E, propaganda, nada mais é do que "comunicação". Um partido político, para ser democrático, de massas e de quadros, militante e dirigente, precisa ser capaz, antes de tudo, de se comunicar com sua base de filiados e com o conjunto da classe trabalhadora. Sem isso, sem capacidade de comunicação, este conceito de partido político é irrealizável.
<<< Página anterior
O poder de ação do partido e o poder de ação de cada diretório terá que ser medido pela capacidade que demonstrem de organizar e mobilizar recursos para a realização de suas ações de propaganda. E, propaganda, nada mais é do que "comunicação". Um partido político, para ser democrático, de massas e de quadros, militante e dirigente, precisa ser capaz, antes de tudo, de se comunicar com sua base de filiados e com o conjunto da classe trabalhadora. Sem isso, sem capacidade de comunicação, este conceito de partido político é irrealizável.
<<< Página anterior
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.