(Mensagem enviada em 21 de julho de 2013 à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web com o número 13745. Trata-se de resposta a mensagem do então presidente do diretório)
Mas se o Diretório Municipal deu o arquivo com os boletos para o Diretório Zonal, isto significa que delegou a tarefa de distribuir esses boletos.
Quanto aos dados para postagem, você mesmo disse que os boletos vêm com o endereço do filiado. Do que mais precisamos?
Quanto ao custo da impressão e postagem e quanto ao trabalho de digitar e envelopar os boletos, acho precipitado dizer que ninguém nessa lista se disporia a contribuir com uma parte das despesas e/ou com um pouco do seu tempo para ajudar. É o mesmo que dizer que aqui não temos militantes.
O que eu estou sugerindo é que você faça uma estimativa de quanto precisa para impressão e postagem, e que peça a colaboração de todos. Tenho certeza de que mesmo os que já colaboram ficariam felizes em poder ajudar com mais essa contribuição extra, em favor de um PED realmente aberto a todos os filiados das zonas sul e centro.
É bastante interessante a informação de que muitos membros da zonal preferem não participar da lista de e-mails da zonal, mantendo comunicação exclusivamente entre si mesmos, nas listas de e-mails fechadas de seus núcleos. Isso mostra falta de integração do partido por aqui. Mas você tem ideia de quantos participam desses núcleos? Será que há neles mais atividade que no próprio Diretório Zonal a que estão vinculados?
Olha, Ricardo, você pode somar todos os núcleos das zonas sul e centro, que eu duvido que alcancem um número próximo dos 4.300 boletos que você tem em mãos. A imensa maioria dos filiados da zonal não está em núcleo nenhum. E o que vamos fazer com eles? Deixá-los de fora do PED, sem dar-lhes a opção de escolherem se querem ou não participar? Se eles não têm e-mail, você não acha que precisamos visitá-los, confirmar seus endereços e pegar seus telefones, para manter contato com eles por outras vias?
Eu acho, Ricardo, que nós temos aqui uma excelente oportunidade de exercitar o trabalho em equipe dentro da zonal. Eu quero ser um militante, e considero que ser militante é fazer trabalho voluntário para o partido e sob o comando do partido. É no trabalho em equipe para a realização de tarefas, as mais simples, como esta da distribuição dos boletos, que se dá ao filiados a oportunidade de serem militantes. É no trabalho em equipe, além disso, que se promove uma real integração entre os militantes e o desenvolvimento dos laços de companheirismo, solidariedade e cooperação entre eles.
O sangue que derramarmos juntos na guerra e o suor que derramarmos juntos no trabalho, serão sempre confirmações de que pertencemos a um mesmo corpo, que pensa e se move por objetivos que são de todos. O PT precisa que haja, entre seus filiados, essa aliança de sangue - para a luta - e de suor - para o trabalho -, se quiser transformar em realidade tudo aquilo a que historicamente tem se proposto. Eu espero que você compreenda esse meu ponto de vista.
Silvio Melgarejo
domingo, 21 de julho de 2013
Re: URGENTE - BOLETOS PARA CONTRIBUIÇÃO PARTIDÁRIA. (1)
(Mensagem enviada em 21 de julho de 2013 à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web com o número 13741. Trata-se de resposta a mensagem do então presidente do diretório)
São 4.300 boletos, Ricardo. Na lista de e-mails da zonal somos apenas 208. Em minha mensagem do dia 17 de julho eu fiz a seguinte sugestão:
Eu não vejo outro jeito de fazer esses boletos chegarem ao 4 mil filiados que estão fora desta lista.
Silvio Melgarejo
São 4.300 boletos, Ricardo. Na lista de e-mails da zonal somos apenas 208. Em minha mensagem do dia 17 de julho eu fiz a seguinte sugestão:
"Nós temos menos de um mês prá fazer esses boletos chegarem a todos os filiados, Ricardo. E não basta mandar só o boleto, tem que mandar também uma carta falando do PED e explicando a necessidade do pagamento. Pela exiguidade do prazo, a melhor alternativa é enviar tudo pelo correio. O custo tem que ser dividido entre os membros dessa lista. Não tem jeito, tem que ver a conta e passar a sacolinha."
(mensagem 13700 de 16/07/2013)
Eu não vejo outro jeito de fazer esses boletos chegarem ao 4 mil filiados que estão fora desta lista.
Silvio Melgarejo
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sexta-feira, 19 de julho de 2013
Re: O "não-debate" da lista de e-mails da 1ª zonal. (6)
(Mensagem enviada em 19 de julho de 2013 à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web com o número 13723. Trata-se de resposta a um comentário do então presidente do diretório)
No artigo intitulado "A mensagem da juventude brasileira", publicado em 16 de julho, no The New York Times, Lula trata dos mesmos temas que acabo de abordar em minhas mensagens anteriores. Democracia partidária, trabalho de base e participação digital.
Esta frase lapidar lembrada por ele, descreve perfeitamente a atitude do presidente do 1º Diretório Zonal, Ricardo Quiroga, em sua recente mensagem, dirigida a mim, neste tópico. Leiam minha resposta a ele e vejam como o discurso de Lula corrobora tudo o que tenho lhes dito nesta lista de e-mails.
Numa outra frase, Lula aponta o caminho que deve ser seguido pelo Partido dos Trabalhadores, inclusive por este 1º Diretório Zonal onde estamos. Ele disse:
Abaixo os trechos do artigo do nosso líder maior que coincidem com as teses que tenho aqui defendido. Fala, companheiro Lula.
É isto.
Silvio Melgarejo
No artigo intitulado "A mensagem da juventude brasileira", publicado em 16 de julho, no The New York Times, Lula trata dos mesmos temas que acabo de abordar em minhas mensagens anteriores. Democracia partidária, trabalho de base e participação digital.
"Enquanto a sociedade entrou na era digital, a política permaneceu analógica".
Esta frase lapidar lembrada por ele, descreve perfeitamente a atitude do presidente do 1º Diretório Zonal, Ricardo Quiroga, em sua recente mensagem, dirigida a mim, neste tópico. Leiam minha resposta a ele e vejam como o discurso de Lula corrobora tudo o que tenho lhes dito nesta lista de e-mails.
Numa outra frase, Lula aponta o caminho que deve ser seguido pelo Partido dos Trabalhadores, inclusive por este 1º Diretório Zonal onde estamos. Ele disse:
"Se as instituições democráticas utilizassem as novas tecnologias de comunicação como instrumentos de diálogo, e não para mera propaganda, elas iriam respirar ar fresco em suas operações. E seria mais eficaz trazê-las em sintonia com todas as partes da sociedade."
Abaixo os trechos do artigo do nosso líder maior que coincidem com as teses que tenho aqui defendido. Fala, companheiro Lula.
"A democracia não é um compromisso de silêncio. Uma sociedade democrática é sempre em fluxo, debater e definir as suas prioridades e desafios, em constante desejo por novas conquistas.
(...)
A história mostra que, quando os partidos políticos são silenciados e as soluções são procuradas pela força, os resultados são desastrosos: guerras, ditaduras e perseguição das minorias. Sem partidos políticos não pode haver uma verdadeira democracia. Mas as pessoas simplesmente não querem votar a cada quatro anos. Eles querem interação diária com os governos locais e nacionais, e querem participar da definição de políticas públicas, oferecendo opiniões sobre as decisões que os afetam a cada dia.
Em suma, eles querem ser ouvidos. Isso cria um enorme desafio para os líderes políticos. Exige as melhores formas de engajamento, através da mídia social, nos espaços de trabalho e nos campi, reforçando a interação com grupos de trabalhadores e líderes da comunidade, mas também com os chamados setores desorganizados, cujos desejos e necessidades não devem ser menos respeitado por falta de organização.
Tem-se dito, e com razão, que enquanto a sociedade entrou na era digital, a política permaneceu analógica. Se as instituições democráticas utilizassem as novas tecnologias de comunicação como instrumentos de diálogo, e não para mera propaganda, eles iriam respirar ar fresco em suas operações. E seria mais eficaz trazê-los em sintonia com todas as partes da sociedade.
Mesmo o Partido dos Trabalhadores, que ajudei a fundar e que tem contribuído muito para modernizar e democratizar a política no Brasil, precisa de profunda renovação. É preciso recuperar suas ligações diárias com os movimentos sociais e oferecer novas soluções para novos problemas, e fazer as duas coisas sem tratar os jovens de forma paternalista."
É isto.
Silvio Melgarejo
Lula no The New York Times: VAI PRÁ BASE, PT!!!
(Mensagem enviada em 19 de julho de 2013 à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal, e publicada em sua página na web com o número 13724)
Para o bom entendedor, o artigo intitulado "A mensagem da juventude brasileira", publicado em 16 de julho, no The New York Times, é uma mensagem direta e clara de Lula ao PT, em que ele trata exatamente dos mesmos temas que venho abordando em minhas recentes mensagens, que são a democracia partidária, o trabalho de base e a participação digital. Fico feliz em constatar que Lula pensa como eu. Quem quiser conferir o que defendo, leia as mensagens cujos links posto abaixo.
Reflexões e propostas para a administração do 1º Diretório Zonal do PT-Rio/RJ. (02/07/2013)
DENÚNCIA: Presidente da 1ª zonal não tem listagem de filiados. (06/07/2013)
Pela realização do Censo Partidário Zonal. (11/07/2013)
Re: O "não-debate" da lista de e-mails da 1ª zonal. (16/07/2013) - I
Agora, fala, Lula:
Vamos fazer, no partido, companheiras e companheiros, a democracia que queremos para o país. O PT tem que ter uma política administrativa que lhe permita ouvir e ser ouvido por todos os seus filiados. Sem organização, não há inclusão petista, nem democracia partidária. O 1º Diretório Zonal tem que se comunicar com sua base de filiados. Mas para isso precisa saber de endereços, telefones, e-mails e redes sociais, de cada um. Por isso tenho proposto o Censo Partidário, para o levantamento desses dados, e a criação de um Banco de Dados da zonal, para o seu armazenamento.
Para o bom entendedor, a mensagem de Lula é clara, e eu, com muito gosto, a subscrevo:
- Vai prá base, PT!!!
Abraços a todos.
Silvio Melgarejo
Para o bom entendedor, o artigo intitulado "A mensagem da juventude brasileira", publicado em 16 de julho, no The New York Times, é uma mensagem direta e clara de Lula ao PT, em que ele trata exatamente dos mesmos temas que venho abordando em minhas recentes mensagens, que são a democracia partidária, o trabalho de base e a participação digital. Fico feliz em constatar que Lula pensa como eu. Quem quiser conferir o que defendo, leia as mensagens cujos links posto abaixo.
Reflexões e propostas para a administração do 1º Diretório Zonal do PT-Rio/RJ. (02/07/2013)
DENÚNCIA: Presidente da 1ª zonal não tem listagem de filiados. (06/07/2013)
Pela realização do Censo Partidário Zonal. (11/07/2013)
Re: O "não-debate" da lista de e-mails da 1ª zonal. (16/07/2013) - I
Agora, fala, Lula:
"(...) A democracia não é um compromisso de silêncio. Uma sociedade democrática é sempre em fluxo, debater e definir as suas prioridades e desafios, em constante desejo por novas conquistas. (...)
A história mostra que, quando os partidos políticos são silenciados e as soluções são procuradas pela força, os resultados são desastrosos: guerras, ditaduras e perseguição das minorias. Sem partidos políticos não pode haver uma verdadeira democracia. Mas as pessoas simplesmente não querem votar a cada quatro anos. Eles querem interação diária com os governos locais e nacionais, e querem participar da definição de políticas públicas, oferecendo opiniões sobre as decisões que os afetam a cada dia.
Em suma, eles querem ser ouvidos. Isso cria um enorme desafio para os líderes políticos. Exige as melhores formas de engajamento, através da mídia social, nos espaços de trabalho e nos campi, reforçando a interação com grupos de trabalhadores e líderes da comunidade, mas também com os chamados setores desorganizados, cujos desejos e necessidades não devem ser menos respeitado por falta de organização.
Tem-se dito, e com razão, que enquanto a sociedade entrou na era digital, a política permaneceu analógica. Se as instituições democráticas utilizassem as novas tecnologias de comunicação como instrumentos de diálogo, e não para mera propaganda, eles iriam respirar ar fresco em suas operações. E seria mais eficaz trazê-los em sintonia com todas as partes da sociedade.
Mesmo o Partido dos Trabalhadores, que ajudei a fundar e que tem contribuído muito para modernizar e democratizar a política no Brasil, precisa de profunda renovação. É preciso recuperar suas ligações diárias com os movimentos sociais e oferecer novas soluções para novos problemas, e fazer as duas coisas sem tratar os jovens de forma paternalista. (...)"
Vamos fazer, no partido, companheiras e companheiros, a democracia que queremos para o país. O PT tem que ter uma política administrativa que lhe permita ouvir e ser ouvido por todos os seus filiados. Sem organização, não há inclusão petista, nem democracia partidária. O 1º Diretório Zonal tem que se comunicar com sua base de filiados. Mas para isso precisa saber de endereços, telefones, e-mails e redes sociais, de cada um. Por isso tenho proposto o Censo Partidário, para o levantamento desses dados, e a criação de um Banco de Dados da zonal, para o seu armazenamento.
Para o bom entendedor, a mensagem de Lula é clara, e eu, com muito gosto, a subscrevo:
- Vai prá base, PT!!!
Abraços a todos.
Silvio Melgarejo
terça-feira, 16 de julho de 2013
Re: O "não-debate" da lista de e-mails da 1ª zonal. (5)
(Mensagem enviada em 16 de julho de 2013 à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web com o número 13701. Trata-se de resposta a um comentário do então presidente do diretório)
Como eu acho provável que você não se dê ao trabalho de ler à longa mensagem que acabo de te enviar, peço que pelo menos considere estes três pedidos que te faço:
Silvio Melgarejo
Como eu acho provável que você não se dê ao trabalho de ler à longa mensagem que acabo de te enviar, peço que pelo menos considere estes três pedidos que te faço:
1 - Links para tópicos e mensagens do grupo que contenham informações sobre fatos cujo conhecimento você julgue necessário para que eu possa fazer uma avaliação mais justa da sua gestão;Um abraço,
2 - Peço que me envie o arquivo com os 4,3 mil boletos. Você disse que vem com endereço. Pois, então. Eu me comprometo a preparar uma listagem com nomes e endereços dos filiados, prá gente começar a visitar um por um e pegar os telefones e e-mails.
3 - Crie, por favor, urgentemente, uma comunidade para a zonal numa rede social. Você tinha razão quando me disse que a lista de e-mails é péssima prá se fazer debates. Se precisar de ajuda nisso, prá criar e manter a página, também estou à disposição.
Silvio Melgarejo
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Re: O "não-debate" da lista de e-mails da 1ª zonal. (4)
(Mensagem enviada em 16 de julho de 2013 à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web com o número 13700. Trata-se de resposta a um comentário do então presidente do diretório)
Muito bem, Ricardo. Finalmente me responde aqui na lista. Vamos então ao debate, companheiro. Lamento, mas minha mensagem terá que ser necessariamente longa, em função da quantidade e complexidade dos temas a tratar. Espero que você e os demais companheiros tenham paciência e boa vontade para ler e refletir sobre o que tenho a dizer. Não espero que concordem, apenas que respeitem e pensem. Vamos lá.
O seu problema, Ricardo Quiroga, é que você toma por pessoais, as críticas que faço à sua conduta política. Como filiado de base tenho garantido, pelo Estatuto do partido, o direito de julgar o desempenho do meu dirigente. E tenho feito uso desse direito considerando a situação em que vejo a zonal, mas também a experiência que tenho tido no trato com quem a preside. Se você acha que eu devo considerar algo além disso, me faça o imenso favor de dizer o que é, com todas as letras. Eu tenho certeza de que a quase totalidade dos filiados dessa lista ignora, tanto quanto eu, esse misterioso passado a que tanto fazem referência você e Ricardo Adams. Se há algo na página da zonal que desvende esse mistério, poste, por favor, os links dos tópicos que têm essas informações. Não sou adivinho e garanto a você que estou bastante curioso prá ler as mensagens a que você e Ricardo Adams têm feito referência de modo enigmático.
Temos aqui um fato concreto, que relato agora de maneira absolutamente impessoal. Eu perguntei ao presidente do 1º Diretório Zonal se tinha uma listagem de filiados, com dados para contato, para fazermos trabalho de base. Ele me disse que não tinha. Primeira coisa que pensei: é possível fazer trabalho de base sem saber onde estão os filiados e como estabelecer comunicação com eles? Resposta óbvia: não. Isto significa que o 1º Diretório, por não ter uma listagem de filiados, com dados para contato, esteve, sabe-se lá desde quando, impossibilitado de se relacionar com sua base. Isto é ou não é um enorme prejuízo para o partido? Estou seguro que sim. E quem é o responsável político por esse prejuízo? Ninguém? Todo mundo? Quem, além disso, é politicamente responsável por garantir ao presidente do 1º Diretório Zonal acesso à tal listagem de filiados? Ele mesmo? O Diretório Municipal? Quem é responsável pelo que, afinal, neste partido? Ninguém se responsabiliza por nada? De quem devo cobrar o aparecimento dessa bendita lista? Quando é que ela vai aparecer para começarmos finalmente a trabalhar?
O que eu precisaria saber ou vivenciar, Ricardo, para me convencer de que não estou diante de uma situação absurda, do ponto de vista político e administrativo, e de que você, como dirigente, não tem nada a ver com isso?
Você diz que eu quero impor minhas ideias. Que poder eu tenho prá isso, companheiro, senão o dos meus argumentos? Tento persuadir as pessoas, não tenho esse direito?
Agora o Censo. O Censo Partidário não é uma consulta política, é uma pesquisa com fins administrativos. Por isso não precisa de nenhuma autorização de instâncias superiores. É uma atividade básica de Construção Partidária. Não tem o menor sentido o Diretório Zonal ter que pedir autorização de instâncias superiores para fazer trabalho de base. Porque é só disso mesmo que se trata. Censo Partidário é trabalho de base, nada além disso. O Diretório Zonal precisa conhecer as habilidades e disposições dos seus filiados para o desempenho de tarefas práticas do partido; precisa localizá-los no espaço geográfico de sua jurisdição e precisa estabelecer formas de manter, permanentemente, contato com eles. Para isso serve o Censo. Através dos questionários, pergunta-se a formação profissional e acadêmica, o endereço, telefones, e-mails, redes sociais, e disponibilidade de tempo para o trabalho voluntário. Esses dados abasteceriam um banco de dados, que seria usado no planejamento de atividades. Não há uma linha sequer do Estatuto que impeça o Diretório Zonal de fazer isso. Se houvesse, seria uma contradição com o objetivo de construir um partido democrático, de massas e de quadros, militante e dirigente, estabelecido no Estatuto, e com o cumprimento, pelo Diretório Zonal, da maior parte de suas competências, também descritas no Estatuto. O Censo Partidário é, portanto, e só pode ser, uma prioridade, para quem tem, realmente, como prioridade, a organização partidária. É o meu caso.
Você diz, também, Ricardo, que eu quero me "colocar como o verdadeiro revolucionário". Se é isso que aparenta, lamento, porque, realmente, não é minha intenção. Defender a revolução, prá mim, não torna ninguém revolucionário. Revoluções não decorrem da vontade de indivíduos, são produtos da história que não dependem, não previnem, nem pedem licença aos indivíduos. O verdadeiro revolucionário, prá mim, se revela na revolução, e menos pelo discurso do que pela atitude. Sei que estou num partido tensionado por propostas revolucionárias e reformistas. E acredito que a organização partidária é fundamental para o sucesso de ambas. Por isso disse à companheira Eugênia Loureiro, no dia 4 de julho:
E, em 5 de julho, disse ao companheiro Renan Brandão:
Tento, portanto, Ricardo, persuadir a todos de que, sejam quais forem os seus objetivos, só poderão ter êxito com um partido muito bem organizado. Defendo a ideia de que a força de um partido está na sua organização. E, nessa defesa, cito fontes para os mais diferentes gostos. Cito um texto do José Dirceu, de 1986, mas também cito a tese A Esperança é Vermelha, da Articulação de Esquerda, de 2007. Cito Lenin e Trotsky, mas também cito livros de professores de administração.
Mas o meu empenho em tornar o tema da organização prioritário na zonal, é porque entendo que a primeira e a maior vítima da falta de organização num partido é a democracia partidária. A imensa maioria dos petistas filiados vive à margem do partido. Não porque queira, mas porque não é sequer procurada por seus dirigentes. Os dirigentes, por sua vez, muitas vezes, não podem procurar os filiados de sua base, simplesmente porque desconhecem os seus paradeiros, não têm os seus telefones, e-mails, etc. Sem esse contato com seus dirigentes, esses companheiros ficam excluídos do partido, porque não podem ser chamados para as atividades, para a participação nas instâncias, ou mesmo para o intercâmbio de ideais com os outros filiados através da internet.
Um resumo do que penso está no trecho, que cito abaixo, da mensagem que enviei a esta lista, no dia 3 de julho, intitulada "Reflexões e propostas para a administração do 1º Diretório Zonal do PT-Rio/RJ":
Sobre sua critica à primazia que tenho dado à participação virtual sobre a participação em reuniões presenciais, me parece totalmente descabida. E você sabe perfeitamente qual é a minha posição sobre isso, pois já a externei prá você pelo Facebook. No dia 6 de julho, eu te disse lá o seguinte:
Ao invés de se preocupar com a ausência às reuniões presenciais de alguém que exerce a participação digital reconhecida pelo Estatuto do partido, você deveria estar se preocupando com a ausência de milhares de filiados tanto das reuniões, quanto da lista de e-mails. Você diz que tem contigo cerca de 4 mil boletos, só para os filiados antigos. Só que aqui na lista somos apenas 208, e as reuniões não conseguem ter muito mais que meia dúzia de presentes. O resto todo fica de fora. Por que será? E será que esses milhares de ausentes sabem das reuniões? Será que eles sabem da lista de e-mails? Será que sabem da existência do 1º Diretório Zonal? Quanto a mim, companheiro, prefiro dialogar com duzentas cabeças abertas pela internet, do que me digladiar com meia dúzia de cabeças feitas numa salinha. Reunião de meia dúzia, prá mim, só se for prá trabalho ou prá formalizar decisões pelo voto. O resto, é perda de tempo e aborrecimento inútil. E, convenhamos, se a maioria dos inscritos nessa lista não pensasse como eu e não tivesse a mesma percepção, essas reuniões da zonal teriam muito mais frequência.
Quero agora abordar o tema que considero, realmente, mais polêmico que é a questão da quebra de sigilo. A questão que se coloca aqui é a seguinte: filiado de base tem obrigação de manter sigilo, perante os outros filiados, sobre o que é tratado nas discussões políticas que tem com seu dirigente, em particular? Por que? Em que esse sigilo serve ao partido? Também sobre isso, Ricardo, eu já externei minha posição, na mensagem que te mandei, pelo Facebook, no dia 7 de julho, depois de você ter me expressado o teu desagrado com a publicação, nesta lista, da mensagem "DENÚNCIA: Presidente da 1ª zonal não tem listagem de filiados?!!!" (mensagem 13517 de 06/07/2013). Eu disse a você o seguinte:
Portanto, Ricardo, a história real não é bem como você conta. Eu não conversei "primeiro inbox com as pessoas para obter informações", nem construí e espalhei "dossiezinho" nenhum. Isso é ridículo. Eu não sou um "aloprado" (rsrsrs). Foi você quem puxou conversa comigo, e a única coisa que eu sempre quis era fazer trabalho de base. Por isso perguntei se você tinha a lista com os contatos, você disse que não e que a culpa era do DM. Eu achei absurdo, um escândalo, que você esteja chegando ao final do seu mandato sem ter uma lista de contatos prá falar com a sua base. E disse a você que isso não podia ficar assim, que tinha que ser denunciado. Você tentou me dissuadir, mas não me convenceu, porque eu achava e acho que todos deveriam saber disso. Foi o que fiz. Denunciei. E o pior é que ninguém achou nada demais.
Você se engana ao presumir que quero vender uma imagem de revolucionário socialista. É incrível essa sua propensão para ignorar o que é dito e ficar tentando adivinhar a intenção de quem diz. Com esse tipo de disposição você nunca vai conseguir dialogar com ninguém, muito menos estabelecer debates produtivos. Porque a matéria prima tanto do diálogo, quanto do debate, é a palavra falada ou escrita, não o pensamento, que é insondável. Pare de tentar adivinhar o que eu pretendo na zonal e preste mais atenção no que eu te digo.
Quando você me acusa de ser um "franco-atirador", acaba revelando que me tem como inimigo ou concorrente. Não sou uma coisa, nem outra, não sou candidato a nada, você é que parece não estar muito habituado a ser criticado. Acho engraçado você me criticar por eu não ter feito a menor questão de perguntar como atuou a Zonal nos últimos anos. E você acha que eu precisaria mesmo perguntar para saber como atuou a zonal nos últimos anos? O que faz um Diretório Zonal quando não dispõe de uma lista completa de filiados com, pelo menos, nome, endereço, telefone, e-mail e redes sociais? Não faz nada, Ricardo. Não tem como fazer, porque não tem como localizar as pessoas e se comunicar com elas.
Você diz que eu não sei nada do funcionamento interno do partido. Pois eu te digo que sei o suficiente prá me convencer de que tá tudo errado, de que o Estatuto do partido não está sendo cumprido. Ao contrário do que você diz, eu não ataco "tudo e todos, e ponto final". Isso é mentira. Eu critico a falta de organização e proponho medidas organizativas muito claras, que, aliás, ninguém aqui quis discutir. Isso demonstra que há mesmo, como tenho dito, uma falta generalizada de compreensão dos companheiros quanto a importância da organização partidária.
Bem, vamos passar a outro trecho da sua mensagem. Você diz primeiro:
Um dirigente partidário que não reconhece e não respeita o direito de um filiado de base lhe fazer críticas, é um dirigente autoritário. Você não rebate críticas, Ricardo; você bate no crítico. Isso faz de você um dirigente autoritário. O autoritarismo pode se expressar de mil formas, mas será sempre autoritarismo. São autoritários tanto os que cassam a palavra dos críticos, quanto os que tentam intimidá-los ou desmoralizá-los, mas também os que fecham os ouvidos a eles, negando-lhes respostas, cercando-os de indiferença, para vencê-los pelo cansaço. Um dirigente partidário democrata nunca age de nenhuma dessas formas, porque respeita o filiado de base e o compromisso da instituição a que ambos pertencem com o ideal democrático.
Depois, você disse:
Eu deveria usar um perfil fake e uma máscara do Anonimus prá debater aqui na lista, Ricardo? Sim, porque aí eu poderia promover as minhas ideias - que é o meu propósito - sem promover o meu nome, já que isso te incomoda tanto. Mas aí eu ia ser criticado por não revelar meu nome, não é mesmo? Já disse e repito: eu não quero autopromoção e nem preciso. Você, sim, precisa, já que é candidato.
Cada vez mais eu entendo o porque de as reuniões da zonal só terem meia dúzia de presentes e a lista de e-mails ter apenas 208 inscritos, quando a zonal tem mais de 4 mil filiados. O presidente não admite ser criticado e considera o tema da organização "um debate estéril e inconsequente". "Tem gente tentando garantir que os filiados novos e antigos tenham a possibilidade de votar no PED, dar visibilidade à campanha da Reforma Política e ao mesmo tempo permitir que a Zonal tenha seu funcionamento mínimo garantido"? Ótimo. Mas será que isto significa abandonar completamente o maior fórum de debates da zonal que é essa lista de e-mails? Não é aqui o melhor ambiente para combinarmos as atividades relacionadas a estes objetivos? Só vejo você combinando com uma ou outra pessoa a entrega do boleto de cada uma. Mas e os milhares que estão fora desta lista? Você ainda não disse como pretende fazer prá que os boletos e uma explicação sobre o PED cheguem até eles. Vai mandar pelo correio? Quem vai pagar a postagem? Vai entregar pessoalmente? Quem vai fazer as entregas? Nós temos que discutir isso aqui, Ricardo. Em nenhum outro lugar você vai poder falar, de uma só vez, com mais de 200 filiados da zonal. É aqui, e só aqui, que você pode recrutar voluntários e distribuir tarefas, combinando a forma de realizá-las. Ou será que você considera isso "um debate estéril e inconsequente"?
Sem uma listagem com dados para contato com os filiados, Ricardo, você não tem como se comunicar com a imensa maioria dos filiados da zonal. E é espantoso que você não se disponha a fazer o único trabalho de base, de maior abrangência, possível nessas circunstâncias, que é o trabalho de base através da internet. Só através dessa lista de e-mails você pode conversar diariamente com mais de duzentos filiados de um só vez. Você despreza essa possibilidade e prefere ficar só nas reuniões mensais com meia dúzia. Parece que se conforma, mesmo, com esse funcionamento mínimo que a zonal está tendo, apesar de todo o potencial que ela tem.
Por fim, vamos aos dois últimos parágrafos da sua mensagem. Aqui você dá uma medida exata, Ricardo, da sua disposição para o trabalho de base em equipe. Você diz:
Ou seja, se eu quiser ajudar, tenho que fazer tudo sozinho. Chega a ser cômico. Nós temos menos de um mês prá fazer esses boletos chegarem a todos os filiados, Ricardo. E não basta mandar só o boleto, tem que mandar também uma carta falando do PED e explicando a necessidade do pagamento. Pela exiguidade do prazo, a melhor alternativa é enviar tudo pelo correio. O custo tem que ser dividido entre os membros dessa lista. Não tem jeito, tem que ver a conta e passar a sacolinha.
Prá terminar, mais uma demonstração de desprezo pela Participação Digital, reconhecida pelo PT em seu 4º Congresso e incorporada, na mesma ocasião ao Estatuto do partido. Você diz:
Militância virtual é real, Ricardo. Acorda. Toda a disputa ideológica e toda a guerra de informação e contra-informação entre esquerda e direita, no Brasil, tem se dado há anos pela internet. Os protestos de junho foram convocados pela internet. As pessoas discutiram, decidiram e combinaram a realização de todos os atos nas redes sociais. Portanto, militância virtual e militância presencial não se excluem. Ao contrário, se articulam, se completam e se potencializam mutuamente. Eu uso a internet, mas o meu objetivo é a rua. E a experiência dos movimentos sociais contemporâneos prova que eu estou certo. Porque todas as grandes manifestações de rua recentes do mundo, nasceram na internet. Não foi atoa que o 4º Congresso do PT, ocorrido em 2011, ano da Primavera Árabe, incluiu na reforma do Estatuto do partido um capítulo sobre a Participação Digital.
Respeito não é medo, não é devoção, não é, portanto, renúncia à crítica. Nós não estamos nem num quartel, nem num mosteiro. Estamos num partido que se pretende democrático. E numa democracia os dois conceitos, respeito e crítica, devem se fundir prá dar origem a um conceito só, expresso de duas formas. Como atitude, o respeito crítico, e como ação, a crítica respeitosa. Sei que todo orgulhoso sofre com as críticas, e que vê nas mais respeitosas, uma injusta e dolorosa agressão à sua dignidade pessoal. Raros de nós não padece dessas susceptibilidades. Por isso, a disciplina democrática, que tem na livre expressão da crítica um dos seus principais pressupostos, nos impõe a todos o exercício continuado da humildade, sem a qual toda crítica democrática, por mais respeitosa que seja, é tomada por declaração de guerra. Não há democracia que sobreviva a um ambiente assim, de intolerância.
Por último eu quero te fazer dois pedidos.
Primeiro, que me envie o arquivo com os boletos. Você disse que vem com endereço. Pois, então. Eu me comprometo a preparar uma listagem com nomes e endereços dos filiados, prá gente começar a visitar um por um e pegar os telefones e e-mails.
O outro pedido que te faço. Crie, por favor, urgentemente, uma comunidade para a zonal numa rede social. Você tinha razão quando me disse que a lista de e-mails é péssima prá se fazer debates. Se precisar de ajuda nisso, prá criar e manter a página, também estou à disposição.
Um abraço,
Silvio Melgarejo
Muito bem, Ricardo. Finalmente me responde aqui na lista. Vamos então ao debate, companheiro. Lamento, mas minha mensagem terá que ser necessariamente longa, em função da quantidade e complexidade dos temas a tratar. Espero que você e os demais companheiros tenham paciência e boa vontade para ler e refletir sobre o que tenho a dizer. Não espero que concordem, apenas que respeitem e pensem. Vamos lá.
O seu problema, Ricardo Quiroga, é que você toma por pessoais, as críticas que faço à sua conduta política. Como filiado de base tenho garantido, pelo Estatuto do partido, o direito de julgar o desempenho do meu dirigente. E tenho feito uso desse direito considerando a situação em que vejo a zonal, mas também a experiência que tenho tido no trato com quem a preside. Se você acha que eu devo considerar algo além disso, me faça o imenso favor de dizer o que é, com todas as letras. Eu tenho certeza de que a quase totalidade dos filiados dessa lista ignora, tanto quanto eu, esse misterioso passado a que tanto fazem referência você e Ricardo Adams. Se há algo na página da zonal que desvende esse mistério, poste, por favor, os links dos tópicos que têm essas informações. Não sou adivinho e garanto a você que estou bastante curioso prá ler as mensagens a que você e Ricardo Adams têm feito referência de modo enigmático.
Temos aqui um fato concreto, que relato agora de maneira absolutamente impessoal. Eu perguntei ao presidente do 1º Diretório Zonal se tinha uma listagem de filiados, com dados para contato, para fazermos trabalho de base. Ele me disse que não tinha. Primeira coisa que pensei: é possível fazer trabalho de base sem saber onde estão os filiados e como estabelecer comunicação com eles? Resposta óbvia: não. Isto significa que o 1º Diretório, por não ter uma listagem de filiados, com dados para contato, esteve, sabe-se lá desde quando, impossibilitado de se relacionar com sua base. Isto é ou não é um enorme prejuízo para o partido? Estou seguro que sim. E quem é o responsável político por esse prejuízo? Ninguém? Todo mundo? Quem, além disso, é politicamente responsável por garantir ao presidente do 1º Diretório Zonal acesso à tal listagem de filiados? Ele mesmo? O Diretório Municipal? Quem é responsável pelo que, afinal, neste partido? Ninguém se responsabiliza por nada? De quem devo cobrar o aparecimento dessa bendita lista? Quando é que ela vai aparecer para começarmos finalmente a trabalhar?
O que eu precisaria saber ou vivenciar, Ricardo, para me convencer de que não estou diante de uma situação absurda, do ponto de vista político e administrativo, e de que você, como dirigente, não tem nada a ver com isso?
Você diz que eu quero impor minhas ideias. Que poder eu tenho prá isso, companheiro, senão o dos meus argumentos? Tento persuadir as pessoas, não tenho esse direito?
Agora o Censo. O Censo Partidário não é uma consulta política, é uma pesquisa com fins administrativos. Por isso não precisa de nenhuma autorização de instâncias superiores. É uma atividade básica de Construção Partidária. Não tem o menor sentido o Diretório Zonal ter que pedir autorização de instâncias superiores para fazer trabalho de base. Porque é só disso mesmo que se trata. Censo Partidário é trabalho de base, nada além disso. O Diretório Zonal precisa conhecer as habilidades e disposições dos seus filiados para o desempenho de tarefas práticas do partido; precisa localizá-los no espaço geográfico de sua jurisdição e precisa estabelecer formas de manter, permanentemente, contato com eles. Para isso serve o Censo. Através dos questionários, pergunta-se a formação profissional e acadêmica, o endereço, telefones, e-mails, redes sociais, e disponibilidade de tempo para o trabalho voluntário. Esses dados abasteceriam um banco de dados, que seria usado no planejamento de atividades. Não há uma linha sequer do Estatuto que impeça o Diretório Zonal de fazer isso. Se houvesse, seria uma contradição com o objetivo de construir um partido democrático, de massas e de quadros, militante e dirigente, estabelecido no Estatuto, e com o cumprimento, pelo Diretório Zonal, da maior parte de suas competências, também descritas no Estatuto. O Censo Partidário é, portanto, e só pode ser, uma prioridade, para quem tem, realmente, como prioridade, a organização partidária. É o meu caso.
Você diz, também, Ricardo, que eu quero me "colocar como o verdadeiro revolucionário". Se é isso que aparenta, lamento, porque, realmente, não é minha intenção. Defender a revolução, prá mim, não torna ninguém revolucionário. Revoluções não decorrem da vontade de indivíduos, são produtos da história que não dependem, não previnem, nem pedem licença aos indivíduos. O verdadeiro revolucionário, prá mim, se revela na revolução, e menos pelo discurso do que pela atitude. Sei que estou num partido tensionado por propostas revolucionárias e reformistas. E acredito que a organização partidária é fundamental para o sucesso de ambas. Por isso disse à companheira Eugênia Loureiro, no dia 4 de julho:
"(...) Sem organização, não se faz revolução, nem reformas, não se ganha eleição, não se pressiona parlamento, nem se ajuda a sustentar governo nenhum. Partido desorganizado, é partido fraco, sem musculatura prá enfrentar e vencer o vale-tudo da disputa política com a direita e com a burguesia. (...)"
(mensagem 13480 de 04/07/2013)
E, em 5 de julho, disse ao companheiro Renan Brandão:
"(...) E isso está acontecendo, Renan, porque o partido virou um gigante obeso e flácido. Tem tamanho, mas não tem força. Inchou, mas não ganhou musculatura. Cresceu em número de filiados, mas mantém estes filiados dispersos, não os dirige, porque não tem organização. (...)"
(mensagem 13498 de 05/07/2013)
Tento, portanto, Ricardo, persuadir a todos de que, sejam quais forem os seus objetivos, só poderão ter êxito com um partido muito bem organizado. Defendo a ideia de que a força de um partido está na sua organização. E, nessa defesa, cito fontes para os mais diferentes gostos. Cito um texto do José Dirceu, de 1986, mas também cito a tese A Esperança é Vermelha, da Articulação de Esquerda, de 2007. Cito Lenin e Trotsky, mas também cito livros de professores de administração.
Mas o meu empenho em tornar o tema da organização prioritário na zonal, é porque entendo que a primeira e a maior vítima da falta de organização num partido é a democracia partidária. A imensa maioria dos petistas filiados vive à margem do partido. Não porque queira, mas porque não é sequer procurada por seus dirigentes. Os dirigentes, por sua vez, muitas vezes, não podem procurar os filiados de sua base, simplesmente porque desconhecem os seus paradeiros, não têm os seus telefones, e-mails, etc. Sem esse contato com seus dirigentes, esses companheiros ficam excluídos do partido, porque não podem ser chamados para as atividades, para a participação nas instâncias, ou mesmo para o intercâmbio de ideais com os outros filiados através da internet.
Um resumo do que penso está no trecho, que cito abaixo, da mensagem que enviei a esta lista, no dia 3 de julho, intitulada "Reflexões e propostas para a administração do 1º Diretório Zonal do PT-Rio/RJ":
"O tema da Administração Partidária, é hoje, a mais importante e necessária discussão que precisa ser feita pelo Partido dos Trabalhadores, assim como as atividades de Administração Partidária, são as suas mais importantes e necessárias tarefas. O déficit administrativo do PT do Rio, muito particularmente o desta zonal, é algo que salta aos olhos de tão evidente. Este é, sem dúvida nenhuma, o nosso mais grave problema. Porque a falta de uma adequada política administrativa compromete o funcionamento da democracia interna do partido e anula inteiramente a sua capacidade de promover ações coletivas de impacto social e político proporcional ao seu número de filiados. Investir na administração da 1ª zonal, portanto, é o único caminho seguro para nos tornamos aqui, nas zonas centro e sul do Rio, aquilo que o PT se propõe a ser em seu estatuto: um partido democrático, de massas e de quadros, militante e dirigente."
(mensagem 13449 de 03/07/2013)
Sobre sua critica à primazia que tenho dado à participação virtual sobre a participação em reuniões presenciais, me parece totalmente descabida. E você sabe perfeitamente qual é a minha posição sobre isso, pois já a externei prá você pelo Facebook. No dia 6 de julho, eu te disse lá o seguinte:
"Pela nova versão do estatuto, os fóruns na internet são considerados núcleos de base. É assim ou estou interpretando errado?
O que eu leio aqui é o seguinte, Ricardo:
Reforma do Estatuto, aprovada no 4º Congresso, 03.09.2011, item 35, 'Participação digital'. Diz o seguinte:
'Ficam incluídos os coletivos petistas nas redes sociais da Internet como Núcleos de base.'
E no Estatuto diz o seguinte:
'Art. 61. São considerados Núcleos quaisquer agrupamentos de (...) filiados ou filiadas ao Partido, organizados por atividades afins, tais como (...) coletivos nas redes sociais da internet (...)'.
É evidente, Ricardo, que para se reconhecer formalmente um núcleo, é necessário que se demonstre a sua existência real. Mas, desde que isso é feito, dispensa-se a presença e o núcleo pode perfeitamente cumprir as suas finalidades apenas virtualmente, reunindo-se excepcionalmente quando houver necessidade de uma votação formal e para a implementação das atividades práticas na rua.
As reuniões costumam ser esvaziadas porque a maioria das pessoas não suporta ou não tem tempo a perder com discussões intermináveis que não decidem nada e não têm consequência prática nenhuma. Esse tipo de participação, o debate para elaboração política, que é sempre necessariamente longo e exaustivo, pode ser feito pela internet com o mesmo proveito que se tivessem todos reunidos numa sala, com a vantagem de que pode-se conseguir ter um número maior de participantes por evidentes facilidades como a flexibilidade de horário e a possibilidade de ler e reler o que é dito a qualquer tempo.
Estamos num mundo em que ninguém quer perder tempo. E eu creio que a proposta de participação digital responde às necessidades desse novo mundo em que tudo é tão rápido e fluido. Acho que a forma que pode ser mais produtiva de trabalhar é assim: na internet se combinam as coisas, fora da internet se realiza o combinado. É isso o que eu entendo que seja a participação digital. Mantém-se as reuniões presenciais, e reconhece-se e estimula-se estas novas alternativas de participação, que podem sim ser chamadas de núcleos virtuais, já que tem como ambiente principal de participação a internet.
Acho que esse tema precisa ser melhor discutido no partido. Eu, acho, por exemplo, que a lista de emails da zonal deveria ser tratada como um núcleo, ainda que não precise ser reconhecida formalmente como tal, já que é um canal de comunicação mantido pelo Diretório Zonal. Enfim, segue o debate."
Ao invés de se preocupar com a ausência às reuniões presenciais de alguém que exerce a participação digital reconhecida pelo Estatuto do partido, você deveria estar se preocupando com a ausência de milhares de filiados tanto das reuniões, quanto da lista de e-mails. Você diz que tem contigo cerca de 4 mil boletos, só para os filiados antigos. Só que aqui na lista somos apenas 208, e as reuniões não conseguem ter muito mais que meia dúzia de presentes. O resto todo fica de fora. Por que será? E será que esses milhares de ausentes sabem das reuniões? Será que eles sabem da lista de e-mails? Será que sabem da existência do 1º Diretório Zonal? Quanto a mim, companheiro, prefiro dialogar com duzentas cabeças abertas pela internet, do que me digladiar com meia dúzia de cabeças feitas numa salinha. Reunião de meia dúzia, prá mim, só se for prá trabalho ou prá formalizar decisões pelo voto. O resto, é perda de tempo e aborrecimento inútil. E, convenhamos, se a maioria dos inscritos nessa lista não pensasse como eu e não tivesse a mesma percepção, essas reuniões da zonal teriam muito mais frequência.
Quero agora abordar o tema que considero, realmente, mais polêmico que é a questão da quebra de sigilo. A questão que se coloca aqui é a seguinte: filiado de base tem obrigação de manter sigilo, perante os outros filiados, sobre o que é tratado nas discussões políticas que tem com seu dirigente, em particular? Por que? Em que esse sigilo serve ao partido? Também sobre isso, Ricardo, eu já externei minha posição, na mensagem que te mandei, pelo Facebook, no dia 7 de julho, depois de você ter me expressado o teu desagrado com a publicação, nesta lista, da mensagem "DENÚNCIA: Presidente da 1ª zonal não tem listagem de filiados?!!!" (mensagem 13517 de 06/07/2013). Eu disse a você o seguinte:
"Eu é que lamento, Ricardo, essa sua atitude. Você reage como se eu tivesse obrigação de manter sigilo sobre uma informação que é fundamental prá se fazer um balanço equilibrado de acertos, erros e responsabilidades, das direções zonal e municipal do partido. Você me disse que não dispunha de uma lista com dados para contato com os filiados e atribuiu isso a impedimentos impostos pelo Diretório Municipal. À seguinte pergunta que te fiz: 'Quando você diz que o DM "enrolou", significa que se você tivesse insistido, ele atenderia, te liberaria a lista?'; você respondeu: 'Como eu insisto em muita coisa pessoalmente não sei dizer'. Ora, Ricardo, se você tivesse insistido, teria dito que tinha insistido, e não que insiste em 'outras coisas', mas que, quanto a esta, não sabe dizer. Agora, me diga, honestamente, porque eu deveria manter sigilo sobre isso?
Leia com atenção, no Facebook, a íntegra do nosso diálogo e veja por si mesmo quantas vezes eu reiterei e justifiquei minha intenção e minha decisão de tornar público o conteúdo de nossa conversa. Destaco, aqui, os argumentos capitais com que sustento a correção da minha atitude e o equívoco da sua. Em dado momento, eu te disse: 'Você é um cara legal, em quem eu enxergo honestidade e boa fé. Mas acho que errou como dirigente. Não quero crucificar o Ricardo, apenas apontar o erro do presidente do 1º DZ, esperando de você uma autocrítica, para virarmos a página, depois de discutirmos e decidirmos coletivamente sobre novos encaminhamentos. Vou postar o texto e fazemos essa discussão por lá. Acho que esse debate tem que ser feito em público, já que é político e não pessoal, e trata de uma questão que eu considero das mais relevantes, nas atuais circunstâncias'.
Podemos, Ricardo, ser algum dia grandes amigos. Por enquanto, não somos. Nossa relação é exclusivamente política. Eu sou filiado de base de um partido do qual você é dirigente. E só. Tenho compromisso unicamente com minha consciência e com o PT. Sou, além disso, no partido, independente, livre, portanto, de qualquer compromisso de favorecer, poupando de críticas, quem quer que seja, indivíduo ou tendência. Você parece ainda não ter entendido essa minha condição, por isso acha-se no direito de me cobrar fidelidade. Fidelidade a que, eu te pergunto, se afinal não sou teu amigo, nem pertenço à tua tendência? Por isso acho descabida essa tua imposição de alinhamento. Por que devo fazer coro às, muitas vezes, justas críticas que vocês fazem à CNB e ao DM, silenciando, por outro lado as críticas que tenho a você e à AE? Essa tentativa de tentar me enquadrar às tuas conveniências pessoais e políticas, assemelha-se muito, às atitudes autoritárias atribuídas por você à Eugênia, que você tanto critica.
Ninguém é perfeito, companheiro. Todos falhamos e estamos sujeitos a críticas. O partido é feito de gente, e gente erra. Acolher as críticas, com humildade, avaliar com serenidade se são ou não procedentes, e fazer autocrítica no caso de serem, é a única forma de transformar experiência em lição, contribuindo para o aprendizado próprio e coletivo. Essa é uma compreensão que todos devemos ter, principalmente os que são dirigentes, como você. Nós fazemos política porque acreditamos que através da política podemos transformar o mundo. Estamos no PT porque acreditamos no projeto do partido, e precisamos uns dos outros para defender esse projeto e realiza-lo. Nossas divergências não podem sobrepor-se às nossas convergências, mas também não podem ser silenciadas em favor de uma falsa e indesejável homogeneidade total de pensamentos. Democracia é o regime que pretende resolver conflitos explicitando os conflitos, não os ocultando, como você pretendia fazer. Compreendo agora a companheira que acusa o seu grupo de conchavos. Você se irritou porque não conseguiu obter o meu silêncio sobre algo que de fato disse. Ainda bem que não me acusou de mentiroso, que só fez críticas à minha suposta indiscrição e ao meu modo de escrever 'professoral'. Senão, realmente eu teria razões prá duvidar do seu caráter. Eu não menti, você bem sabe.
Continuo apostando na sua boa fé e honestidade. Mas acho que sua atuação como dirigente tem problemas que eu, como filiado de base, tenho o dever e o direito de apontar, para que o partido discuta e encontre o tratamento mais adequado, já que você mesmo se nega a admitir que erra. Eu quero ajudar a construir o PT democrático, de massas e de quadros, militante e dirigente, previsto no nosso estatuto*. Entendo que a falta de política administrativa é o maior entrave a que se consiga atingir esse objetivo. É disso que quero tratar hoje no PT. Tudo mais que se queira discutir é, prá mim, secundário. Não adianta aprovar uma política certa se o partido não tiver força prá defende-la. E a força de um partido está na sua organização. Desorganizados, como estamos, faremos mais um PED de poucos na 1ª zonal. E um PED de poucos significa menos legitimidade e menor capacidade de implementar com sucesso o que for aprovado. Quero convencer você e os demais companheiros da prioridade que a administração partidária deve ter sobre todos os demais temas nesse momento. É a administração partidária que vai fortalecer nossa democracia interna e nos tornar uma força política atuante nas zonas sul e centro do Rio.
Choques de visões e interesses são naturais na democracia. Nós trombamos agora, Ricardo, e certamente vamos trombar outras vezes. Mas somos soldados da mesma causa e não podemos perder de vista a coincidência de nossos objetivos, tão bem descritos no estatuto do nosso partido. Nossa divergência reside, claramente, na forma de alcançar estes objetivos. Sem renunciar ao dever e direito de externar minhas criticas, quero expressar o meu respeito à sua condição de dirigente e militante, e o desejo de manter contigo o diálogo, a meu ver, produtivo que temos tido aqui no Facebook, com a ressalva de que acharia melhor compartilhá-lo com os demais companheiros do partido, lá na nossa lista. Sugiro, então, que façamos isso. Que mantenhamos nossas conversas de maneira pública, na lista, afim de que os demais possam nos acompanhar e também participar, dando sua contribuição.
Um abraço, companheiro."
[* Na verdade esta definição se encontra na resolução do 3º Congresso, de 2007]
Portanto, Ricardo, a história real não é bem como você conta. Eu não conversei "primeiro inbox com as pessoas para obter informações", nem construí e espalhei "dossiezinho" nenhum. Isso é ridículo. Eu não sou um "aloprado" (rsrsrs). Foi você quem puxou conversa comigo, e a única coisa que eu sempre quis era fazer trabalho de base. Por isso perguntei se você tinha a lista com os contatos, você disse que não e que a culpa era do DM. Eu achei absurdo, um escândalo, que você esteja chegando ao final do seu mandato sem ter uma lista de contatos prá falar com a sua base. E disse a você que isso não podia ficar assim, que tinha que ser denunciado. Você tentou me dissuadir, mas não me convenceu, porque eu achava e acho que todos deveriam saber disso. Foi o que fiz. Denunciei. E o pior é que ninguém achou nada demais.
Você se engana ao presumir que quero vender uma imagem de revolucionário socialista. É incrível essa sua propensão para ignorar o que é dito e ficar tentando adivinhar a intenção de quem diz. Com esse tipo de disposição você nunca vai conseguir dialogar com ninguém, muito menos estabelecer debates produtivos. Porque a matéria prima tanto do diálogo, quanto do debate, é a palavra falada ou escrita, não o pensamento, que é insondável. Pare de tentar adivinhar o que eu pretendo na zonal e preste mais atenção no que eu te digo.
Quando você me acusa de ser um "franco-atirador", acaba revelando que me tem como inimigo ou concorrente. Não sou uma coisa, nem outra, não sou candidato a nada, você é que parece não estar muito habituado a ser criticado. Acho engraçado você me criticar por eu não ter feito a menor questão de perguntar como atuou a Zonal nos últimos anos. E você acha que eu precisaria mesmo perguntar para saber como atuou a zonal nos últimos anos? O que faz um Diretório Zonal quando não dispõe de uma lista completa de filiados com, pelo menos, nome, endereço, telefone, e-mail e redes sociais? Não faz nada, Ricardo. Não tem como fazer, porque não tem como localizar as pessoas e se comunicar com elas.
Você diz que eu não sei nada do funcionamento interno do partido. Pois eu te digo que sei o suficiente prá me convencer de que tá tudo errado, de que o Estatuto do partido não está sendo cumprido. Ao contrário do que você diz, eu não ataco "tudo e todos, e ponto final". Isso é mentira. Eu critico a falta de organização e proponho medidas organizativas muito claras, que, aliás, ninguém aqui quis discutir. Isso demonstra que há mesmo, como tenho dito, uma falta generalizada de compreensão dos companheiros quanto a importância da organização partidária.
Bem, vamos passar a outro trecho da sua mensagem. Você diz primeiro:
"Reclama de autoritarismo e falta de democracia, mas nenhuma palavra sua foi censurada aqui, mesmo com todas as bobagens que disse. Ainda assim, acredita que pode sair julgando os atos dos demais como se um magistrado revolucionário fosse."
Um dirigente partidário que não reconhece e não respeita o direito de um filiado de base lhe fazer críticas, é um dirigente autoritário. Você não rebate críticas, Ricardo; você bate no crítico. Isso faz de você um dirigente autoritário. O autoritarismo pode se expressar de mil formas, mas será sempre autoritarismo. São autoritários tanto os que cassam a palavra dos críticos, quanto os que tentam intimidá-los ou desmoralizá-los, mas também os que fecham os ouvidos a eles, negando-lhes respostas, cercando-os de indiferença, para vencê-los pelo cansaço. Um dirigente partidário democrata nunca age de nenhuma dessas formas, porque respeita o filiado de base e o compromisso da instituição a que ambos pertencem com o ideal democrático.
Depois, você disse:
"A questão é que nem todos têm seu tempo ocioso para ficar em um debate estéril e inconsequente. Enquanto você se autopromove, tem gente tentando garantir que os filiados novos e antigos tenham a possibilidade de votar no PED, dar visibilidade à campanha da Reforma Política e ao mesmo tempo permitir que a Zonal tenha seu funcionamento mínimo garantido."
Eu deveria usar um perfil fake e uma máscara do Anonimus prá debater aqui na lista, Ricardo? Sim, porque aí eu poderia promover as minhas ideias - que é o meu propósito - sem promover o meu nome, já que isso te incomoda tanto. Mas aí eu ia ser criticado por não revelar meu nome, não é mesmo? Já disse e repito: eu não quero autopromoção e nem preciso. Você, sim, precisa, já que é candidato.
Cada vez mais eu entendo o porque de as reuniões da zonal só terem meia dúzia de presentes e a lista de e-mails ter apenas 208 inscritos, quando a zonal tem mais de 4 mil filiados. O presidente não admite ser criticado e considera o tema da organização "um debate estéril e inconsequente". "Tem gente tentando garantir que os filiados novos e antigos tenham a possibilidade de votar no PED, dar visibilidade à campanha da Reforma Política e ao mesmo tempo permitir que a Zonal tenha seu funcionamento mínimo garantido"? Ótimo. Mas será que isto significa abandonar completamente o maior fórum de debates da zonal que é essa lista de e-mails? Não é aqui o melhor ambiente para combinarmos as atividades relacionadas a estes objetivos? Só vejo você combinando com uma ou outra pessoa a entrega do boleto de cada uma. Mas e os milhares que estão fora desta lista? Você ainda não disse como pretende fazer prá que os boletos e uma explicação sobre o PED cheguem até eles. Vai mandar pelo correio? Quem vai pagar a postagem? Vai entregar pessoalmente? Quem vai fazer as entregas? Nós temos que discutir isso aqui, Ricardo. Em nenhum outro lugar você vai poder falar, de uma só vez, com mais de 200 filiados da zonal. É aqui, e só aqui, que você pode recrutar voluntários e distribuir tarefas, combinando a forma de realizá-las. Ou será que você considera isso "um debate estéril e inconsequente"?
Sem uma listagem com dados para contato com os filiados, Ricardo, você não tem como se comunicar com a imensa maioria dos filiados da zonal. E é espantoso que você não se disponha a fazer o único trabalho de base, de maior abrangência, possível nessas circunstâncias, que é o trabalho de base através da internet. Só através dessa lista de e-mails você pode conversar diariamente com mais de duzentos filiados de um só vez. Você despreza essa possibilidade e prefere ficar só nas reuniões mensais com meia dúzia. Parece que se conforma, mesmo, com esse funcionamento mínimo que a zonal está tendo, apesar de todo o potencial que ela tem.
Por fim, vamos aos dois últimos parágrafos da sua mensagem. Aqui você dá uma medida exata, Ricardo, da sua disposição para o trabalho de base em equipe. Você diz:
"Se você quer ajudar nisso ao invés de ficar nessa atitude arrogante e mesquinha, será um prazer. Pode enviar cartas para os 4.311 filiados da Zonal ou procurá-los de casa em casa. Terá todo meu apoio e solidariedade."
Ou seja, se eu quiser ajudar, tenho que fazer tudo sozinho. Chega a ser cômico. Nós temos menos de um mês prá fazer esses boletos chegarem a todos os filiados, Ricardo. E não basta mandar só o boleto, tem que mandar também uma carta falando do PED e explicando a necessidade do pagamento. Pela exiguidade do prazo, a melhor alternativa é enviar tudo pelo correio. O custo tem que ser dividido entre os membros dessa lista. Não tem jeito, tem que ver a conta e passar a sacolinha.
Prá terminar, mais uma demonstração de desprezo pela Participação Digital, reconhecida pelo PT em seu 4º Congresso e incorporada, na mesma ocasião ao Estatuto do partido. Você diz:
"Enquanto preferir ficar nessa militância virtual, ao menos respeite quem milita no mundo real."
Militância virtual é real, Ricardo. Acorda. Toda a disputa ideológica e toda a guerra de informação e contra-informação entre esquerda e direita, no Brasil, tem se dado há anos pela internet. Os protestos de junho foram convocados pela internet. As pessoas discutiram, decidiram e combinaram a realização de todos os atos nas redes sociais. Portanto, militância virtual e militância presencial não se excluem. Ao contrário, se articulam, se completam e se potencializam mutuamente. Eu uso a internet, mas o meu objetivo é a rua. E a experiência dos movimentos sociais contemporâneos prova que eu estou certo. Porque todas as grandes manifestações de rua recentes do mundo, nasceram na internet. Não foi atoa que o 4º Congresso do PT, ocorrido em 2011, ano da Primavera Árabe, incluiu na reforma do Estatuto do partido um capítulo sobre a Participação Digital.
Respeito não é medo, não é devoção, não é, portanto, renúncia à crítica. Nós não estamos nem num quartel, nem num mosteiro. Estamos num partido que se pretende democrático. E numa democracia os dois conceitos, respeito e crítica, devem se fundir prá dar origem a um conceito só, expresso de duas formas. Como atitude, o respeito crítico, e como ação, a crítica respeitosa. Sei que todo orgulhoso sofre com as críticas, e que vê nas mais respeitosas, uma injusta e dolorosa agressão à sua dignidade pessoal. Raros de nós não padece dessas susceptibilidades. Por isso, a disciplina democrática, que tem na livre expressão da crítica um dos seus principais pressupostos, nos impõe a todos o exercício continuado da humildade, sem a qual toda crítica democrática, por mais respeitosa que seja, é tomada por declaração de guerra. Não há democracia que sobreviva a um ambiente assim, de intolerância.
Por último eu quero te fazer dois pedidos.
Primeiro, que me envie o arquivo com os boletos. Você disse que vem com endereço. Pois, então. Eu me comprometo a preparar uma listagem com nomes e endereços dos filiados, prá gente começar a visitar um por um e pegar os telefones e e-mails.
O outro pedido que te faço. Crie, por favor, urgentemente, uma comunidade para a zonal numa rede social. Você tinha razão quando me disse que a lista de e-mails é péssima prá se fazer debates. Se precisar de ajuda nisso, prá criar e manter a página, também estou à disposição.
Um abraço,
Silvio Melgarejo
domingo, 14 de julho de 2013
Re: "O PT precisa ouvir as ruas e enfrentar a acomodação e a burocratização internas."
(Mensagem enviada à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web em 14 de julho de 2013 com o número 13661. Trata-se de resposta ao comentário de um companheiro)
"A rua" do PT é a sua base de filiados. Enquanto esta base não se manifestar, nada vai mudar prá valer no partido. Não basta, como muitos pensam, mudar a cúpula, elegendo no PED uma nova composição dirigente. Tampouco me parece que o problema seja o Estatuto, quase todo concebido precisamente no tempo em que o PT foi mais democrático. Mudar a direção e reformar o Estatuto pode ajudar, mas não resolve. Porque o grande problema do PT é, na verdade, a cultura política alienígena de que ele se impregnou, da base à cúpula, desde que substituiu a luta social pela luta institucional.
Eu diria que nós somos um partido politicamente intoxicado e que a nossa desintoxicação tem que começar necessariamente por uma mudança radical de mentalidade e de hábitos. A base, por estar com os pés no chão do mundo real, bem abaixo e distante da atmosfera viciada das instituições burguesas, é sempre menos afetada do que a elite partidária, pelos venenos da acomodação e do burocratismo. Por isso é da base, mais do que da cúpula altamente contaminada, que mais se pode esperar uma tomada de consciência e uma reação a estes problemas.
Sejamos, então, aqui, na 1ª zonal, o PT que nós queremos para o Brasil. Porque o PT daqui não é hoje senão o que fizemos dele, e não será amanhã nada além daquilo que decidirmos fazer dele agora. Em qualquer lugar do Brasil, o PT será sempre aquilo que dele fizerem os seus filiados de base locais. A missão, portanto, de renovar a mentalidade e os hábitos do PT das zonas sul e centro do Rio, é nossa, dos filiados de base do 1º Diretório Zonal. Se nós não fizermos isto, ninguém vai fazer por nós. Não esperemos, pois, pelo PED. Comecemos hoje mesmo a revolucionar o partido a partir daqui, do lugar onde estamos.
O PT democrático, de massas e de quadros, militante e dirigente, do Estatuto, só poderá virar realidade se houver uma política administrativa adequada a estes objetivos e militantes dispostos a botá-la em prática. O que estamos esperando para começar a discutir seriamente a administração da zonal? Quantos de nós, desta lista, estamos verdadeiramente dispostos a assumir compromisso com uma rotina diária de tarefas para o partido? Nós, companheiras e companheiros, temos que encarnar urgentemente aquele espírito jovem, decidido e disponível, que animou os fundadores do PT, para reconstruirmos o partido agora, depois de três décadas de lutas.
A substituição da luta social pela luta parlamentar, a que o PT se submeteu, contra a própria vocação, durante quase dois terços de sua história, trouxe para o partido importantes vitórias, mas também gravíssimos prejuízos, como o elevado grau de degeneração de sua cultura política e o comprometimento quase que absoluto da organização de sua base de filiados. Estas quase duas décadas de dieta exclusivamente institucional fizeram no PT o estrago de mil bombas atômicas. Somos um partido estruturalmente frágil porque deliberadamente permitimos a corrupção da nossa cultura política e da nossa organização, a deformação da nossa mentalidade e dos nossos hábitos políticos originais.
Temos agora diante de nós, portanto, o desafio histórico de recuperar a cultura e a organização do maior partido da esquerda democrática do mundo. E para o bom desempenho desta grandiosa missão, feita de tarefas típicas da Construção Partidária, nós não precisamos daquele espírito de soldados combativos, tão necessário em outras circunstâncias. Precisamos, mais que tudo, do espírito de operários diligentes. Porque é disso que o partido precisa agora: de operários que se comprometam com a sua reconstrução. Quantos de nós nos dispomos a ser operários da reconstrução do PT nas zonas sul e centro do Rio? Quem se dispõem a participar, desde agora, do planejamento, organização e execução desta obra e do controle rigoroso dos resultados, em cada uma de suas etapas? É esta a reflexão que temos que fazer agora, nessa lista do 1º Diretório Zonal.
Abraços a todos.
Silvio Melgarejo
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sábado, 13 de julho de 2013
Re: O "não-debate" da lista de e-mails da 1ª zonal. (3)
(Mensagem enviada em 13 de julho de 2013 à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web com o número 13666. Trata-se de resposta ao comentário de um companheiro)
Mas, pensando bem, Guilherme, o principal problema não é a interface do site de relacionamentos que usamos. O problema maior é político mesmo. Há uma deliberada sabotagem do debate público por aqui.
O companheiro Ricardo Quiroga, por exemplo, me disse pelo Facebook que "ninguém rebate os e-mails" da companheira Eugênia Loureiro, porque ela faz críticas que ofendem aos críticos dos governos petistas e das direções municipal, estadual e nacional do PT. Agora ele resolveu não "rebater" também os meus e-mails, porque lhe faço críticas. Talvez se sinta igualmente ofendido por mim. Isso demonstra uma falta de espírito democrático imensa do companheiro Ricardo Quiroga. Ele, como dirigente, deveria dar melhor exemplo, e não interditar o debate que lhe proponho, pelo sistemático silêncio ante as reiteradas tentativas que tenho feito de dialogar publicamente. Por que só no Facebook podíamos conversar, às vezes, por horas? Por que aqui há essa indisponibilidade?
Digo mais. É flagrante o tratamento diferenciado que este filiado de base está recebendo do presidente de sua zonal nesta lista. E olha que o companheiro Ricardo Quiroga é candidato a presidente do Diretório Municipal. Talvez por isso mesmo, esteja tendo essa atitude comigo. Não devo estar fazendo muito bem à sua campanha quando falo insistentemente nos graves problemas administrativos da zonal que ele preside. Se estou errado em minhas análises, que me contestem, ele e seus aliados. Vamos debater abertamente, em público, de maneira leal e transparente. Destruam os meus argumentos, me desmintam, mas não façam esse papelão de tentar matar de inanição o debate que proponho, negando-me respostas.
Acusam amiúde a companheira Eugênia Loureiro de interditar o debate político com sua suposta truculência verbal. Pois eu lhes digo, que mal maior fazem à democracia do partido, os que cercam as críticas dela de indiferença, adotando uma criminosa lei do silêncio para abortar discussões inconvenientes. A palavra é o principal instrumento da ação política, e a mais importante ação política que existe nos regimes democráticos é o debate público de ideias. A ausência de debate público é um sintoma altamente relevante da falta de democracia numa organização. E aqui, Guilherme, infelizmente nós não temos debate público. Pode-se, em parte, atribuir isto a razões de natureza prática, como a apontada por você, e com a qual eu concordo. Mas há, acima disso, estou certo, um problema político.
Parece que temos aqui, na maior parte do tempo, um acordo tácito, um pacto de silêncio, de não "agressão", entre os dois principais grupos litigantes da zonal. Com isso eles acabam levando toda a atividade política, do palco para os bastidores, substituindo, por exemplo, a lista pública de e-mails pelas mensagens privadas no Facebook, como preferiu fazer comigo o companheiro Ricardo Quiroga.
Eu quero debater política em público e, de preferência, por escrito, para não ficar sujeito à distorção de minhas palavras. Gostaria de publicar aqui toda a conversa que tive com o companheiro Ricardo Quiroga no Facebook, para demonstrar a todos que não minto, e que tudo o que aqui e agora falo, disse antes, a ele no Facebook. Ele não gostou do que eu disse lá, menos ainda de eu ter tornado pública a nossa conversa. Por isso parou de responder às mensagens que lhe dirijo aqui.
Sou um filiado de base independente, sem vínculo, portanto, com qualquer tendência, e novo na zonal. Isso de uma certa forma me deixa em desvantagem em relação às correntes existentes, mas também me garante liberdade para expressar meus juízos, algo que o compromisso com uma tendência costuma comprometer. Já fiz parte, no passado, de uma tendência do PT, por isso sei do limite que isso às vezes representa. Nem sempre a conveniência da tendência coincide com a conveniência do partido.
Minha condição de independente, dentro do PT, me permite, portanto, tratar Chico e Francisco da mesma forma, sem perder de vista os interesses do partido. Isso não quer dizer que eu seja contra as tendências, nem que nunca integraria uma. O que eu sou contra é à burocratização das disputas entre as tendências, quando elas substituem o debate público de ideias para a formação de consensos, pelos conchavos sem transparência, feitos à sombra e na surdina, longe dos olhos e ouvidos do público. Prá que tanto segredo, afinal? Na democracia, as convergências devem surgir, naturalmente, no palco dos debates públicos, e não ser previamente combinadas na escuridão da coxia. É no conchavo que vicejam os acordos mais espúrios da política. Por isso, sobre essa prática recaem sempre as mais justas suspeitas.
Democracia é a construção de consensos através do debate público de ideias. A falta de debate público entre direção e base partidária tem tornado o PT tão semelhante ao PMDB quanto a renúncia a um programa de governo mais radical. Se nós não formos radicalmente democráticos, nosso radicalismo programático, banhado na gosma do fisiologismo e do burocratismo, nunca sairá do discurso para a prática. Porque sem democracia não se constrói consensos reais num partido de esquerda. E sem consensos reais não se garante unidade de ação para a disputa da hegemonia com a direita e com a burguesia na sociedade.
Democracia partidária pressupõem, portanto, antes de tudo, a prática permanente do debate público de ideias. Debater ou não debater é uma escolha política. E é essa opção da maioria dos companheiros desta lista pelo "não-debate", que me faz sentir que estamos em campos opostos, já que eu quero o debate, porque quero um PT democrático e não consigo conceber uma democracia sem debate político público e permanente.
Portanto, Guilherme, me parece que o "não-debate" é uma escolha política, que tem muito pouco a ver com o tipo de site de relacionamento usado para comunicação entre os filiados do 1º Diretório. Poderíamos estar no Orkut ou Facebook, que as minhas mensagens e as mensagens da companheira Eugênia Loureiro continuariam a ser ignoradas pelo companheiro Ricardo Quiroga, mesmo quando dirigidas nominalmente a ele, porque esta é a sua escolha política. Reconheço que é um direito dele. Mas lamento que no PT ainda haja espaço para uma cultura política tão autoritária. Esse tipo de atitude, ainda mais quando parte de um dirigente, é um tiro com silenciador no coração da democracia partidária.
Um abraço.
Silvio Melgarejo
Mas, pensando bem, Guilherme, o principal problema não é a interface do site de relacionamentos que usamos. O problema maior é político mesmo. Há uma deliberada sabotagem do debate público por aqui.
O companheiro Ricardo Quiroga, por exemplo, me disse pelo Facebook que "ninguém rebate os e-mails" da companheira Eugênia Loureiro, porque ela faz críticas que ofendem aos críticos dos governos petistas e das direções municipal, estadual e nacional do PT. Agora ele resolveu não "rebater" também os meus e-mails, porque lhe faço críticas. Talvez se sinta igualmente ofendido por mim. Isso demonstra uma falta de espírito democrático imensa do companheiro Ricardo Quiroga. Ele, como dirigente, deveria dar melhor exemplo, e não interditar o debate que lhe proponho, pelo sistemático silêncio ante as reiteradas tentativas que tenho feito de dialogar publicamente. Por que só no Facebook podíamos conversar, às vezes, por horas? Por que aqui há essa indisponibilidade?
Digo mais. É flagrante o tratamento diferenciado que este filiado de base está recebendo do presidente de sua zonal nesta lista. E olha que o companheiro Ricardo Quiroga é candidato a presidente do Diretório Municipal. Talvez por isso mesmo, esteja tendo essa atitude comigo. Não devo estar fazendo muito bem à sua campanha quando falo insistentemente nos graves problemas administrativos da zonal que ele preside. Se estou errado em minhas análises, que me contestem, ele e seus aliados. Vamos debater abertamente, em público, de maneira leal e transparente. Destruam os meus argumentos, me desmintam, mas não façam esse papelão de tentar matar de inanição o debate que proponho, negando-me respostas.
Acusam amiúde a companheira Eugênia Loureiro de interditar o debate político com sua suposta truculência verbal. Pois eu lhes digo, que mal maior fazem à democracia do partido, os que cercam as críticas dela de indiferença, adotando uma criminosa lei do silêncio para abortar discussões inconvenientes. A palavra é o principal instrumento da ação política, e a mais importante ação política que existe nos regimes democráticos é o debate público de ideias. A ausência de debate público é um sintoma altamente relevante da falta de democracia numa organização. E aqui, Guilherme, infelizmente nós não temos debate público. Pode-se, em parte, atribuir isto a razões de natureza prática, como a apontada por você, e com a qual eu concordo. Mas há, acima disso, estou certo, um problema político.
Parece que temos aqui, na maior parte do tempo, um acordo tácito, um pacto de silêncio, de não "agressão", entre os dois principais grupos litigantes da zonal. Com isso eles acabam levando toda a atividade política, do palco para os bastidores, substituindo, por exemplo, a lista pública de e-mails pelas mensagens privadas no Facebook, como preferiu fazer comigo o companheiro Ricardo Quiroga.
Eu quero debater política em público e, de preferência, por escrito, para não ficar sujeito à distorção de minhas palavras. Gostaria de publicar aqui toda a conversa que tive com o companheiro Ricardo Quiroga no Facebook, para demonstrar a todos que não minto, e que tudo o que aqui e agora falo, disse antes, a ele no Facebook. Ele não gostou do que eu disse lá, menos ainda de eu ter tornado pública a nossa conversa. Por isso parou de responder às mensagens que lhe dirijo aqui.
Sou um filiado de base independente, sem vínculo, portanto, com qualquer tendência, e novo na zonal. Isso de uma certa forma me deixa em desvantagem em relação às correntes existentes, mas também me garante liberdade para expressar meus juízos, algo que o compromisso com uma tendência costuma comprometer. Já fiz parte, no passado, de uma tendência do PT, por isso sei do limite que isso às vezes representa. Nem sempre a conveniência da tendência coincide com a conveniência do partido.
Minha condição de independente, dentro do PT, me permite, portanto, tratar Chico e Francisco da mesma forma, sem perder de vista os interesses do partido. Isso não quer dizer que eu seja contra as tendências, nem que nunca integraria uma. O que eu sou contra é à burocratização das disputas entre as tendências, quando elas substituem o debate público de ideias para a formação de consensos, pelos conchavos sem transparência, feitos à sombra e na surdina, longe dos olhos e ouvidos do público. Prá que tanto segredo, afinal? Na democracia, as convergências devem surgir, naturalmente, no palco dos debates públicos, e não ser previamente combinadas na escuridão da coxia. É no conchavo que vicejam os acordos mais espúrios da política. Por isso, sobre essa prática recaem sempre as mais justas suspeitas.
Democracia é a construção de consensos através do debate público de ideias. A falta de debate público entre direção e base partidária tem tornado o PT tão semelhante ao PMDB quanto a renúncia a um programa de governo mais radical. Se nós não formos radicalmente democráticos, nosso radicalismo programático, banhado na gosma do fisiologismo e do burocratismo, nunca sairá do discurso para a prática. Porque sem democracia não se constrói consensos reais num partido de esquerda. E sem consensos reais não se garante unidade de ação para a disputa da hegemonia com a direita e com a burguesia na sociedade.
Democracia partidária pressupõem, portanto, antes de tudo, a prática permanente do debate público de ideias. Debater ou não debater é uma escolha política. E é essa opção da maioria dos companheiros desta lista pelo "não-debate", que me faz sentir que estamos em campos opostos, já que eu quero o debate, porque quero um PT democrático e não consigo conceber uma democracia sem debate político público e permanente.
Portanto, Guilherme, me parece que o "não-debate" é uma escolha política, que tem muito pouco a ver com o tipo de site de relacionamento usado para comunicação entre os filiados do 1º Diretório. Poderíamos estar no Orkut ou Facebook, que as minhas mensagens e as mensagens da companheira Eugênia Loureiro continuariam a ser ignoradas pelo companheiro Ricardo Quiroga, mesmo quando dirigidas nominalmente a ele, porque esta é a sua escolha política. Reconheço que é um direito dele. Mas lamento que no PT ainda haja espaço para uma cultura política tão autoritária. Esse tipo de atitude, ainda mais quando parte de um dirigente, é um tiro com silenciador no coração da democracia partidária.
Um abraço.
Silvio Melgarejo
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Onde estão os "sverdlovs" petistas? Um censo partidário dirá.
(Mensagem enviada à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web em 13 de julho de 2013, com o número 13663 e com o título "Re: Cabral aposta em Lula e em Paes para garantir sobrevivência política". Trata-se de resposta ao comentário de um companheiro)
Eduardo.
Eu estou batendo nesta tecla aqui, desde maio. E, por incrível que pareça, você é a primeira pessoa que concorda comigo e manifesta a mesma preocupação. As turmas do núcleo Largo do Machado e do núcleo José Dirceu, vivem se pegando. Mas quando se trata de organização partidária, estão de braços dados, na irresponsável indiferença a toda proposta de debate que se faça sobre esse tema. Acho que temos que fundar o Núcleo Sverdlov de Administração Partidária, Eduardo (rsrsrsrs). Publiquei, numa de minhas postagens recentes, intitulada "Reflexões e propostas para a administração do 1º Diretório Zonal do PT-Rio/RJ", depoimentos de Lenin e Trotsky sobre esse sujeito que era simplesmente "o cara" da organização do Partido Bolchevique, na Revolução Russa. Não sei quem é o Sverdlov da esquerda brasileira, se existe ou já existiu algum. Mas entendo a importância da organização, mais ainda, da administração, para um partido que tem objetivos ambiciosos como os nossos.
Acredito que o PT, com seus quase 2 milhões de filiados, deve ter certamente milhares de "sverdlovs" esperando ser convocados para ajudar o partido a tornar produtiva essa imensa e rica reserva de recursos humanos ainda ociosos. Quantos destes "sverdlovs" petistas, com talento, vocação e conhecimento para a administração, teremos nas zonas sul e centro do Rio? Eu acho que nós temos que achar esses companheiros, Eduardo, e ganhá-los para que ajudem a revolucionar a administração do 1º Diretório Zonal, que funciona muito precariamente. Eles são aquilo que se convencionou chamar de "quadros técnicos", que são os filiados que fazem trabalho voluntário para o partido nas áreas de suas formações acadêmicas ou profissionais. Identificar esses quadros técnicos é um dos principais objetivos do Censo Partidário Zonal que tenho proposto. O que você acha, Eduardo? Gostaria de te ouvir sobre isso.
Obrigado pela resposta e um abraço.
Silvio Melgarejo
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sexta-feira, 12 de julho de 2013
Re: O "não-debate" da lista de e-mails da 1ª zonal. (2)
(Mensagem enviada à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web em 12 de julho de 2013 com o número 13628. Trata-se de resposta ao comentário de uma companheira)
Obrigado, Sol, pela resposta.
Meu comentário:
Deixar de participar expondo divergências, é uma concessão que se faz, na prática, aos que pretendem impor uma uniformização artificial do pensamento do grupo. A democracia nunca foi, em nenhum tempo ou lugar, uma ordem gratuitamente concedida. Ela foi e será sempre conquistada. Mas para isso é preciso que se lute por ela. Ofensas pessoais e agressões verbais devem ser firmemente repudiadas por todos os membros do partido, se quisermos que aqui reine realmente uma democracia, com espaço para expressão da pluralidade e da diversidade de pensamentos de nossa base de filiados.
Às vezes, no calor dos debates, pode, eventualmente, um ou outro companheiro se exaltar além da medida, extravasando antipatias pessoais e políticas para além do limite recomendável à manutenção da harmonia do grupo. Por isso, o partido tem que ter mediadores para os debates, com autoridade para chamar os que se excedem à razão, deixando claro, para todos, quais são os limites e as regras da liberdade de expressão dentro do PT. Senão vira uma guerra, um "cada um por si" em que prevalecem os espíritos belicosos e menos civilizados.
Entendo que nem todos gostem do conflito. Mas não há na vida como fugir do conflito o tempo todo. Quando um conflito compromete o funcionamento de uma organização, é necessário resolvê-lo, sob pena de se acumularem crescentes prejuízos. A solução autoritária dos conflitos é impedir que eles se explicitem. Já a solução democrática dos conflitos começa com a sua explicitação. É o que precisamos fazer aqui, já que temos, indiscutivelmente, um conflito latente, que não se expressa em toda a sua amplitude e complexidade. O que fazemos então?
Se a maioria desaprova certos comportamentos, é preciso que a maioria se organize para expressar publica e inequivocamente esta desaprovação, inibindo pela censura coletiva reiterada a repetição destes comportamentos. A direção do partido deve também, respaldada nesta manifestação da maioria, adotar medidas práticas disciplinadoras, usando para isto os instrumentos previstos no estatuto do PT.
O que tenho visto, é que muita gente se queixa, em conversas laterais. Mas ninguém toma atitude nenhuma. Ninguém toma a iniciativa e banca o debate público aberto sobre o problema que vê. Então o problema se perpetua. Se os incomodados, ao invés de enfrenta-lo, mudam-se, tudo permanece como está, sem perspectiva de mudar, por absoluta ausência de interesse e disposição de luta.
Se há, em nosso meio, como tenho ouvido tantas vezes recentemente, companheiros e companheiras que agridem a dignidade pessoal daqueles de quem divergem, e se isso incomoda a tanta gente, como aparenta, a ponto de provocar até autocensuras e autoexílios, é preciso que este problema, que traz indiscutivelmente prejuízos para o partido, receba o devido tratamento, que não é certamente ser jogado prá debaixo do tapete.
A direção da zonal tem que usar sua autoridade para propor e liderar um debate público, uma “comissão da verdade”, em que todos possam expressar livremente e com franqueza, sem constrangimentos de qualquer natureza, as suas queixas em relação aos supostos comportamentos autoritários e seus portadores. Sem que este problema seja posto de uma vez na pauta de discussões da zonal, para ser tratado de forma serena, corajosa e transparente, não haverá resolução possível para ele.
No PT, os incomodados não tem que se mudar. Tem que lutar para mudar o que os incomoda no partido. Só assim vamos construir aqui uma democracia.
Grato, mais uma vez, pela atenção de sua resposta, Sol, espero ver cada vez mais você se manifestando nesta lista, enriquecendo o debate interno do partido e denunciando os eventuais desvios autoritários, para que todos, juntos, possamos reagir a eles com a necessária firmeza e prontidão.
Abraços,
Silvio Melgarejo
Obrigado, Sol, pela resposta.
Meu comentário:
Deixar de participar expondo divergências, é uma concessão que se faz, na prática, aos que pretendem impor uma uniformização artificial do pensamento do grupo. A democracia nunca foi, em nenhum tempo ou lugar, uma ordem gratuitamente concedida. Ela foi e será sempre conquistada. Mas para isso é preciso que se lute por ela. Ofensas pessoais e agressões verbais devem ser firmemente repudiadas por todos os membros do partido, se quisermos que aqui reine realmente uma democracia, com espaço para expressão da pluralidade e da diversidade de pensamentos de nossa base de filiados.
Às vezes, no calor dos debates, pode, eventualmente, um ou outro companheiro se exaltar além da medida, extravasando antipatias pessoais e políticas para além do limite recomendável à manutenção da harmonia do grupo. Por isso, o partido tem que ter mediadores para os debates, com autoridade para chamar os que se excedem à razão, deixando claro, para todos, quais são os limites e as regras da liberdade de expressão dentro do PT. Senão vira uma guerra, um "cada um por si" em que prevalecem os espíritos belicosos e menos civilizados.
Entendo que nem todos gostem do conflito. Mas não há na vida como fugir do conflito o tempo todo. Quando um conflito compromete o funcionamento de uma organização, é necessário resolvê-lo, sob pena de se acumularem crescentes prejuízos. A solução autoritária dos conflitos é impedir que eles se explicitem. Já a solução democrática dos conflitos começa com a sua explicitação. É o que precisamos fazer aqui, já que temos, indiscutivelmente, um conflito latente, que não se expressa em toda a sua amplitude e complexidade. O que fazemos então?
Se a maioria desaprova certos comportamentos, é preciso que a maioria se organize para expressar publica e inequivocamente esta desaprovação, inibindo pela censura coletiva reiterada a repetição destes comportamentos. A direção do partido deve também, respaldada nesta manifestação da maioria, adotar medidas práticas disciplinadoras, usando para isto os instrumentos previstos no estatuto do PT.
O que tenho visto, é que muita gente se queixa, em conversas laterais. Mas ninguém toma atitude nenhuma. Ninguém toma a iniciativa e banca o debate público aberto sobre o problema que vê. Então o problema se perpetua. Se os incomodados, ao invés de enfrenta-lo, mudam-se, tudo permanece como está, sem perspectiva de mudar, por absoluta ausência de interesse e disposição de luta.
Se há, em nosso meio, como tenho ouvido tantas vezes recentemente, companheiros e companheiras que agridem a dignidade pessoal daqueles de quem divergem, e se isso incomoda a tanta gente, como aparenta, a ponto de provocar até autocensuras e autoexílios, é preciso que este problema, que traz indiscutivelmente prejuízos para o partido, receba o devido tratamento, que não é certamente ser jogado prá debaixo do tapete.
A direção da zonal tem que usar sua autoridade para propor e liderar um debate público, uma “comissão da verdade”, em que todos possam expressar livremente e com franqueza, sem constrangimentos de qualquer natureza, as suas queixas em relação aos supostos comportamentos autoritários e seus portadores. Sem que este problema seja posto de uma vez na pauta de discussões da zonal, para ser tratado de forma serena, corajosa e transparente, não haverá resolução possível para ele.
No PT, os incomodados não tem que se mudar. Tem que lutar para mudar o que os incomoda no partido. Só assim vamos construir aqui uma democracia.
Grato, mais uma vez, pela atenção de sua resposta, Sol, espero ver cada vez mais você se manifestando nesta lista, enriquecendo o debate interno do partido e denunciando os eventuais desvios autoritários, para que todos, juntos, possamos reagir a eles com a necessária firmeza e prontidão.
Abraços,
Silvio Melgarejo
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Re: Boletos para contribuição partidária. (4)
(Mensagem enviada à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web em 12 e 13 de julho de 2013, com os números 13624 e 13653, respectivamente. Trata-se de resposta a comentário feito pelo então presidente do diretório)
Ricardo Quiroga.
O "voluntariado braçal e financeiro" não tem que ser só bem vindo. Ele tem que ser convocado pela direção. Eu tenho certeza de que todos aqui querem ajudar. Só esperam um chamado de quem tem competência para chamar, no caso, a direção da zonal.
Você já sabe o custo da impressão desses boletos? É preciso saber para iniciar entre nós uma coleta ou, antes até, cobrar do Diretório Municipal. Eles não estão devendo o repasse de recursos que deveriam fazer ao nosso Diretório Zonal? Pois então. Isso tem que ser cobrado. O que não impede que aqui façamos um esforço para nos anteciparmos à essa possível quitação de débito, para já ir agilizando as coisas.
Sugiro, no entanto, que o 1º Diretório encaminhe, anexo aos boletos, uma carta falando do PED e explicando a razão da cobrança feita agora, já que, certamente, muitos filiados estranharão a novidade. Essa carta, evidentemente, elevará o orçamento do serviço de impressão. Mas acredito que é um investimento indispensável, que devemos fazer para que se dê ao ato da cobrança e ao pagamento das contribuições um mínimo de sentido político, que possa ser entendido pelos filiados.
Bem, Ricardo, enfim uma boa notícia. Parece que fizemos algum progresso. Se não é propriamente uma listagem completa dos filiados, com todos os dados para contato, esse arquivo de boletos já contém informações suficientes para que façamos a nossa própria listagem da zonal, com nome e endereço dos filiados, o que já é um excelente ponto de partida, para nos organizarmos e tocarmos o barco, no rumo de outros objetivos, como o Censo Partidário Zonal, que estou propondo, o PED, e a coleta de assinaturas para os Projetos de Lei de Iniciativa Popular da Reforma Política e da Mídia Democrática, aprovados pelo Diretório Nacional.
Um abraço,
Silvio Melgarejo
O "voluntariado braçal e financeiro" não tem que ser só bem vindo. Ele tem que ser convocado pela direção. Eu tenho certeza de que todos aqui querem ajudar. Só esperam um chamado de quem tem competência para chamar, no caso, a direção da zonal.
Você já sabe o custo da impressão desses boletos? É preciso saber para iniciar entre nós uma coleta ou, antes até, cobrar do Diretório Municipal. Eles não estão devendo o repasse de recursos que deveriam fazer ao nosso Diretório Zonal? Pois então. Isso tem que ser cobrado. O que não impede que aqui façamos um esforço para nos anteciparmos à essa possível quitação de débito, para já ir agilizando as coisas.
Sugiro, no entanto, que o 1º Diretório encaminhe, anexo aos boletos, uma carta falando do PED e explicando a razão da cobrança feita agora, já que, certamente, muitos filiados estranharão a novidade. Essa carta, evidentemente, elevará o orçamento do serviço de impressão. Mas acredito que é um investimento indispensável, que devemos fazer para que se dê ao ato da cobrança e ao pagamento das contribuições um mínimo de sentido político, que possa ser entendido pelos filiados.
Bem, Ricardo, enfim uma boa notícia. Parece que fizemos algum progresso. Se não é propriamente uma listagem completa dos filiados, com todos os dados para contato, esse arquivo de boletos já contém informações suficientes para que façamos a nossa própria listagem da zonal, com nome e endereço dos filiados, o que já é um excelente ponto de partida, para nos organizarmos e tocarmos o barco, no rumo de outros objetivos, como o Censo Partidário Zonal, que estou propondo, o PED, e a coleta de assinaturas para os Projetos de Lei de Iniciativa Popular da Reforma Política e da Mídia Democrática, aprovados pelo Diretório Nacional.
Um abraço,
Silvio Melgarejo
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quinta-feira, 11 de julho de 2013
Pela realização do Censo Partidário Zonal.
(Mensagem enviada à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web em 11 de julho de 2013 com os números 13604 e 13605)
Quem são os filiados do PT das zonas sul e centro do Rio de Janeiro? O que cada um deles tem que possa ser útil ao partido? Que recursos humanos, afinal, o PT das zonas sul e centro do Rio tem em sua base de filiados?
Para responder a estas perguntas é que eu propus, em mensagem enviada a esta lista de e-mails no dia 2 de julho, intitulada Reflexões e Propostas Para a Administração do 1º Diretório Zonal do PT-Rio/RJ, a realização de um Censo Partidário Zonal. Naquele texto, apresentei a proposta nos seguintes termos:
A partir daqui, eu quero fazer uma primeira defesa desta que considero a mais importante dentre as propostas que lhes apresentei na ocasião.
O Censo Partidário Zonal será, a meu ver, se realizado, a primeira grande atividade prática de Construção Partidária capaz de mobilizar, empolgar e levar para as ruas, em peso, a militância petista das zonas sul e centro do Rio, envolvendo e agitando o conjunto dos filiados do PT da região.
O Censo Partidário Zonal será, além disso, se realizado, o primeiro movimento significativo de aproximação do 1º Diretório Zonal com sua base de filiados, com o objetivo de se apresentar a ela e de conhecê-la profundamente, estabelecendo a partir daí canais seguros de comunicação permanente com cada filiado.
O Censo Partidário Zonal, caso aprovada a sua realização, pode ser o primeiro grande passo para construirmos aqui, nas zonas sul e centro do Rio, aquele PT democrático, de massas e de quadros, militante e dirigente, que há anos está no estatuto a espera de quem o realize.
A força de um partido está na sua organização. Só que é impossível organizar recursos que se desconhece e com os quais não se tem contato. O Censo Partidário Zonal permitirá que o 1º Diretório conheça, afinal, em detalhes, a localização e as características de cada um dos filiados de sua base. Além disso, na fase de preparação do Censo, será necessário mapear as zonas sul e centro, bairro a bairro, rua a rua, CEP a CEP, o que permitirá que o 1º Diretório conheça, afinal, também em detalhes, todo o espaço geográfico em que tem a missão de atuar.
Com a realização do Censo, o 1º Diretório poderá ter uma visão ampla e clara da distribuição de todos os seus filiados, com suas respectivas características, no espaço de sua jurisdição. Todas estas informações darão ao 1º Diretório condições inéditas e excepcionalmente favoráveis ao bom planejamento de qualquer ação partidária, desde as que exigem a mobilização de quadros técnicos, até as que exigem a mobilização de grandes contingentes militantes.
A democracia partidária dará um salto imenso no momento em que todos os petistas puderem ouvir e seus ouvidos por seus dirigentes, enquanto se ouvem uns aos outros em permanente processo de reflexão e elaboração política. Para que isso aconteça, o Censo Partidário Zonal deverá colher informações detalhadas sobre todas as formas possíveis de comunicação do 1º Diretório com cada filiado de sua base, para que possa ser criada uma grande e complexa rede na qual todos possam se manter conectados, integrados ao partido e em interação contínua com o conjunto dos seus membros.
O Censo Partidário Zonal, portanto, será o primeiro mergulho do nosso Diretório em sua base de filiados, para colher a grande quantidade de dados necessários ao desenvolvimento exitoso do processo administrativo de planejar ações, organizar recursos, dirigir a execução das ações planejadas e controlar e avaliar os resultados destas ações.
Não se planeja e não se organiza ação nenhuma sem conhecer bem os recursos disponíveis, assim como não se dirige a execução e não se controla o resultado de nenhuma ação, sem que haja comunicação entre gestor e recursos. Um bom sistema de comunicação, garante além disso, a democratização das decisões em cada etapa do processo administrativo, o que para uma organização com a proposta do Partido dos Trabalhadores, representa um forte indicador de qualidade dos procedimentos.
Pela realização do Censo Partidário Zonal, para democratizar o PT das zonas sul e centro do Rio, ampliar e qualificar a participação de seus filiados no PED e organizar a militância petista local para uma atuação permanente nas ruas e praças da região. É essa a proposta que, desde o dia 2 de julho, apresento e submeto à análise e decisão das companheiras e companheiros, com as justificativas agora elencadas, no presente documento. Sem mais para o momento,
Saudações Petistas,
Silvio Melgarejo
Quem são os filiados do PT das zonas sul e centro do Rio de Janeiro? O que cada um deles tem que possa ser útil ao partido? Que recursos humanos, afinal, o PT das zonas sul e centro do Rio tem em sua base de filiados?
Para responder a estas perguntas é que eu propus, em mensagem enviada a esta lista de e-mails no dia 2 de julho, intitulada Reflexões e Propostas Para a Administração do 1º Diretório Zonal do PT-Rio/RJ, a realização de um Censo Partidário Zonal. Naquele texto, apresentei a proposta nos seguintes termos:
"4 - Instituir o censo anual dos filiados da zonal para localizar, identificar e quantificar recursos humanos, alimentando e atualizando, com as informações colhidas, o banco de dados do 1º Diretório Zonal."
A partir daqui, eu quero fazer uma primeira defesa desta que considero a mais importante dentre as propostas que lhes apresentei na ocasião.
O Censo Partidário Zonal será, a meu ver, se realizado, a primeira grande atividade prática de Construção Partidária capaz de mobilizar, empolgar e levar para as ruas, em peso, a militância petista das zonas sul e centro do Rio, envolvendo e agitando o conjunto dos filiados do PT da região.
O Censo Partidário Zonal será, além disso, se realizado, o primeiro movimento significativo de aproximação do 1º Diretório Zonal com sua base de filiados, com o objetivo de se apresentar a ela e de conhecê-la profundamente, estabelecendo a partir daí canais seguros de comunicação permanente com cada filiado.
O Censo Partidário Zonal, caso aprovada a sua realização, pode ser o primeiro grande passo para construirmos aqui, nas zonas sul e centro do Rio, aquele PT democrático, de massas e de quadros, militante e dirigente, que há anos está no estatuto a espera de quem o realize.
A força de um partido está na sua organização. Só que é impossível organizar recursos que se desconhece e com os quais não se tem contato. O Censo Partidário Zonal permitirá que o 1º Diretório conheça, afinal, em detalhes, a localização e as características de cada um dos filiados de sua base. Além disso, na fase de preparação do Censo, será necessário mapear as zonas sul e centro, bairro a bairro, rua a rua, CEP a CEP, o que permitirá que o 1º Diretório conheça, afinal, também em detalhes, todo o espaço geográfico em que tem a missão de atuar.
Com a realização do Censo, o 1º Diretório poderá ter uma visão ampla e clara da distribuição de todos os seus filiados, com suas respectivas características, no espaço de sua jurisdição. Todas estas informações darão ao 1º Diretório condições inéditas e excepcionalmente favoráveis ao bom planejamento de qualquer ação partidária, desde as que exigem a mobilização de quadros técnicos, até as que exigem a mobilização de grandes contingentes militantes.
A democracia partidária dará um salto imenso no momento em que todos os petistas puderem ouvir e seus ouvidos por seus dirigentes, enquanto se ouvem uns aos outros em permanente processo de reflexão e elaboração política. Para que isso aconteça, o Censo Partidário Zonal deverá colher informações detalhadas sobre todas as formas possíveis de comunicação do 1º Diretório com cada filiado de sua base, para que possa ser criada uma grande e complexa rede na qual todos possam se manter conectados, integrados ao partido e em interação contínua com o conjunto dos seus membros.
O Censo Partidário Zonal, portanto, será o primeiro mergulho do nosso Diretório em sua base de filiados, para colher a grande quantidade de dados necessários ao desenvolvimento exitoso do processo administrativo de planejar ações, organizar recursos, dirigir a execução das ações planejadas e controlar e avaliar os resultados destas ações.
Não se planeja e não se organiza ação nenhuma sem conhecer bem os recursos disponíveis, assim como não se dirige a execução e não se controla o resultado de nenhuma ação, sem que haja comunicação entre gestor e recursos. Um bom sistema de comunicação, garante além disso, a democratização das decisões em cada etapa do processo administrativo, o que para uma organização com a proposta do Partido dos Trabalhadores, representa um forte indicador de qualidade dos procedimentos.
Pela realização do Censo Partidário Zonal, para democratizar o PT das zonas sul e centro do Rio, ampliar e qualificar a participação de seus filiados no PED e organizar a militância petista local para uma atuação permanente nas ruas e praças da região. É essa a proposta que, desde o dia 2 de julho, apresento e submeto à análise e decisão das companheiras e companheiros, com as justificativas agora elencadas, no presente documento. Sem mais para o momento,
Saudações Petistas,
Silvio Melgarejo
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Re: Boletos para contribuição partidária. (3)
(Mensagem enviada à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web em 11 de julho de 2013 com o número 13602. Trata-se de resposta ao comentário de um companheiro)
Você saberia dizer se o arquivo a que o companheiro Quiroga se refere tem boletos para todos os filiados?
E a outra pergunta é a seguinte: todos os boletos deste arquivo estão com o endereço do filiado?
Se você me disser que sim, que o Diretório Zonal tem boletos para todos os filiados e que todos os boletos vêm com o endereço do filiado, estará confirmando a existência da primeira condição para se viabilizar o Censo Partidário Zonal que tenho proposto, e sobre o qual devo postar algo em breve, talvez hoje mesmo.
Quanto às demais questões levantadas por você, comento e esclareço assim que você me der as respostas às perguntas que acabo de te fazer.
Um abraço,
Silvio Melgarejo
Agradeço, Ricardo Adams, a informação de que o seu boleto veio com o endereço. Aproveitando a sua boa vontade, emendo mais duas perguntas que talvez possa me responder.
Você saberia dizer se o arquivo a que o companheiro Quiroga se refere tem boletos para todos os filiados?
E a outra pergunta é a seguinte: todos os boletos deste arquivo estão com o endereço do filiado?
Se você me disser que sim, que o Diretório Zonal tem boletos para todos os filiados e que todos os boletos vêm com o endereço do filiado, estará confirmando a existência da primeira condição para se viabilizar o Censo Partidário Zonal que tenho proposto, e sobre o qual devo postar algo em breve, talvez hoje mesmo.
Quanto às demais questões levantadas por você, comento e esclareço assim que você me der as respostas às perguntas que acabo de te fazer.
Um abraço,
Silvio Melgarejo
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Re: Boletos para contribuição partidária. (2)
(Mensagem enviada em 11 de julho de 2013 à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web com o número 13585. Trata-se de mensagem dirigida ao então presidente do diretório)
Por que o presidente do 1º Diretório Zonal resolveu ignorar a mensagem deste filiado? Fui o primeiro a me dirigir a você, Ricardo, no dia 9 de julho, e aguardo uma resposta. Repito:
Por que o presidente do 1º Diretório Zonal resolveu ignorar a mensagem deste filiado? Fui o primeiro a me dirigir a você, Ricardo, no dia 9 de julho, e aguardo uma resposta. Repito:
"Ricardo. Esses boletos vem só com o nome do filiado e o número do cadastro, ou tem também algum dado prá contato? Eu acho que o ideal seria mandar por e-mail, correio, ou entregar em casa pessoalmente. Se precisar de ajuda, estou à disposição. Um abraço."
(Silvio Melgarejo,em 9 de julho de 2013)
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quarta-feira, 10 de julho de 2013
Re: O "não-debate" da lista de e-mails da 1ª zonal. (1)
(Mensagem enviada à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web em 10 de julho de 2013, com o número 13571. Trata-se de resposta ao comentário de um companheiro a mensagem enviada por mim na mesma data)
Osmar.
Se a divergência não se impuser ao desrespeito, nós não teremos nunca no partido uma cultura de democracia. A impressão que tenho é que o desrespeito à divergência decorre da percepção equivocada dos autoritários de que a divergência é, em si, um desrespeito à pessoa contestada ou criticada. Ora, não se constrói uma democracia partidária fazendo concessões ao autoritarismo. O desrespeito às pessoas é a arma dos autoritários. Se nos deixamos intimidar, eles vencem, porque na prática estamos renunciando à democracia. Para que nós pensemos um pouco mais sobre essa questão, trago para vocês o trecho de um livro dum cara que eu gosto muito, que é o Norberto Bobbio. Ele diz o seguinte:
Abraços a você, Osmar, e aos demais companheiros.
Silvio Melgarejo.
Osmar.
Se a divergência não se impuser ao desrespeito, nós não teremos nunca no partido uma cultura de democracia. A impressão que tenho é que o desrespeito à divergência decorre da percepção equivocada dos autoritários de que a divergência é, em si, um desrespeito à pessoa contestada ou criticada. Ora, não se constrói uma democracia partidária fazendo concessões ao autoritarismo. O desrespeito às pessoas é a arma dos autoritários. Se nos deixamos intimidar, eles vencem, porque na prática estamos renunciando à democracia. Para que nós pensemos um pouco mais sobre essa questão, trago para vocês o trecho de um livro dum cara que eu gosto muito, que é o Norberto Bobbio. Ele diz o seguinte:
"Mas que coisa fazemos destes dissentâneos, uma vez admitido que o consenso unânime é impossível e que onde se diz que existe é um consenso organizado, manipulado, manobrado e portanto fictício, é o consenso de quem, para repetir o famoso mote de Rousseau, é obrigado a ser livre? De resto, que valor tem o consenso onde o dissenso é proibido, onde não existe opção entre consenso e dissenso, onde o consenso é obrigatório e até mesmo premiado, e onde o dissenso não apenas é proibido mas é também punido? É ainda consenso ou é pura e simples aceitação passiva do comando do mais forte? Se o consenso não é livre, que diferença existe entre o consenso e a obediência ao superior tal qual prescrita por todos os ordenamentos hierárquicos? Mas então, se não podemos aceitar o consenso unânime como uma forma mais perfeita de consenso e, portanto, devemos reconhecer que num sistema fundado sobre o consenso é impossível não existir também o dissenso, o que fazemos, repito a pergunta, dos dissentâneos? Devemos suprimi-los ou os deixamos sobreviver? E se os deixamos sobreviver, os aprisionamos ou os deixamos circular, os amordaçamos ou os deixamos falar, os expulsamos como réprobos ou os mantemos entre nós como livres cidadãos?
É inútil esconder que a prova de fogo de um regime democrático está no tipo de resposta que consegue dar a estas perguntas. Com isto não quero dizer que a democracia seja um sistema fundado não sobre o consenso mas sobre o dissenso. Quero dizer que, num regime fundado sobre o consenso não imposto de cima para baixo, uma forma qualquer de dissenso é inevitável e que apenas onde o dissenso é livre para se manifestar o consenso é real, e que apenas onde o consenso é real o sistema pode proclamar-se com justeza democrático. Por isto afirmo existir uma relação necessária entre democracia e dissenso, pois, repito, uma vez admitido que democracia significa consenso real e não fictício, a única possibilidade que temos de verificar se o consenso é real é verificando o seu contrário. Mas como poderemos verificá-lo se o impedirmos? Não pretendo abordar nessa ocasião o problema da dialética entre consenso e dissenso, e menos ainda o problema dos limites do dissenso, que existem e não podem não existir em todos os sistemas. Assim como inexiste um sistema no qual, apesar de todas as limitações impostas pela autoridade, não transpareça o dissenso, assim também inexiste um sistema no qual não existam limites ao dissenso, não obstante a proclamação da liberdade de opinião, de imprensa, etc. A realidade não conhece tipos ideais mas apenas diversas aproximações a um ou a outro tipo.
Mas existe uma diferença entre o admitir todas as formas de organização política menos a que se considera subversiva (ou seja, a que não respeita as regras do jogo) e o excluir todas as formas de organização política menos a oficial (ou seja, a que impõe não apenas as regras do jogo mas também o único modo através do qual se deve jogar). Entre uma forma extrema e a outra existem centenas de diferentes formas intermediárias. Entre o despotismo em estado puro e a democracia em estado puro existem centenas de formas diversas mais ou menos despóticas e mais ou menos democráticas. E pode inclusive acontecer que uma democracia controlada seja o início do despotismo, bem como que um despotismo atenuado seja o início de uma democracia. Mas o critério discriminante existe e é a maior ou menor quantidade de espaço reservado ao dissenso.
Creio assim ter explicado por que vinculei o problema do pluralismo ao problema do dissenso. Bem consideradas as coisas, apenas numa sociedade pluralista o dissenso é possível: mais ainda, não apenas é possível mas necessário. Tudo está portanto em conexão: refazendo o percurso em sentido contrário, a liberdade de dissentir tem necessidade de uma sociedade pluralista, uma sociedade pluralista consente uma maior distribuição do poder, uma maior distribuição do poder abre as portas para a democratização da sociedade civil e, enfim, a democratização da sociedade civil alarga e integra a democracia política. Creio assim ter indicado, embora com as imprecisões e insuficiências de que estou perfeitamente consciente, a estrada capaz de conduzir ao alargamento da democracia sem desembocar necessariamente na democracia direta. Pessoalmente, estou convencido de que a estrada é justa, embora repleta de perigos. Porém, estou também convencido de que a atitude do bom democrático é a de não se iludir sobre o melhor e a de não se resignar com o pior."
(Trecho do livro “O Futuro da Democracia”, de Norberto Bobbio, capítulo “Democracia representativa e democracia direta")
Abraços a você, Osmar, e aos demais companheiros.
Silvio Melgarejo.
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O "não-debate" da lista de e-mails da 1ª zonal.
(Mensagem enviada à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web em 10 de julho de 2013, com o número 13552)
Eu esperava que fosse um movimentado fórum de debates, um espaço democrático para a permuta de ideias e propostas, e para a combinação de atividades concebidas a partir das discussões desenvolvidas. Nada disso acontece nessa lista de e-mails. Expressei, recentemente, opiniões, apresentei propostas, fiz até uma denúncia. Nada disso animou as companheiras e companheiros a se manifestarem. Antes e depois de mim, outros companheiros têm trazido propostas de debate que não vingam, quase sempre notícias e artigos de outros autores. Dei uma olhada nos tópicos abertos na página do grupo nos últimos meses, e vi que a imensa maioria deles não tem um sequer comentário. Donde me pergunto e lhes pergunto: prá que serve, afinal, essa lista de e-mails? Prá ser feed de notícias?
Vejo em nossa página que somos 209 filiados inscritos. Mesmo que se excluam daí os e-mails inválidos e as duplicidades, há de restar aqui necessariamente mais gente conectada do que o número de presentes nas reuniões da zonal, que às vezes não passa de seis ou sete pessoas. Por que, nem a um breve comentário se dispõem os companheiros desta lista, para enriquecer a nossa reflexão coletiva? Não é certamente por falta de tempo ou do que dizer, que não o fazem. Querem um bom exemplo? Em, pelo menos, duas ocasiões, conversei longamente pelo Facebook com o companheiro Ricardo Quiroga, presidente do nosso 1º Diretório Zonal. Por que, aqui, não podemos fazer o mesmo? Por que aqui ele tão pouco se manifesta? Por que tão poucos se manifestam? Por que vige, aqui, afinal, o "não-debate" entre petistas? Por que o silêncio tem sido resposta prá quase tudo que se diga? Será que o problema é o "Grupos do Yahoo"? Será que no Facebook teríamos uma participação maior? É mais uma proposta de discussão que espero não cair no vazio.
Abraços a todos.
Silvio Melgarejo
Eu esperava que fosse um movimentado fórum de debates, um espaço democrático para a permuta de ideias e propostas, e para a combinação de atividades concebidas a partir das discussões desenvolvidas. Nada disso acontece nessa lista de e-mails. Expressei, recentemente, opiniões, apresentei propostas, fiz até uma denúncia. Nada disso animou as companheiras e companheiros a se manifestarem. Antes e depois de mim, outros companheiros têm trazido propostas de debate que não vingam, quase sempre notícias e artigos de outros autores. Dei uma olhada nos tópicos abertos na página do grupo nos últimos meses, e vi que a imensa maioria deles não tem um sequer comentário. Donde me pergunto e lhes pergunto: prá que serve, afinal, essa lista de e-mails? Prá ser feed de notícias?
Vejo em nossa página que somos 209 filiados inscritos. Mesmo que se excluam daí os e-mails inválidos e as duplicidades, há de restar aqui necessariamente mais gente conectada do que o número de presentes nas reuniões da zonal, que às vezes não passa de seis ou sete pessoas. Por que, nem a um breve comentário se dispõem os companheiros desta lista, para enriquecer a nossa reflexão coletiva? Não é certamente por falta de tempo ou do que dizer, que não o fazem. Querem um bom exemplo? Em, pelo menos, duas ocasiões, conversei longamente pelo Facebook com o companheiro Ricardo Quiroga, presidente do nosso 1º Diretório Zonal. Por que, aqui, não podemos fazer o mesmo? Por que aqui ele tão pouco se manifesta? Por que tão poucos se manifestam? Por que vige, aqui, afinal, o "não-debate" entre petistas? Por que o silêncio tem sido resposta prá quase tudo que se diga? Será que o problema é o "Grupos do Yahoo"? Será que no Facebook teríamos uma participação maior? É mais uma proposta de discussão que espero não cair no vazio.
Abraços a todos.
Silvio Melgarejo
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terça-feira, 9 de julho de 2013
Re: Boletos para contribuição partidária. (1)
(Mensagem dirigida em 9 de julho de 2013 ao então presidente do 1º Diretório Zonal, Ricardo Quiroga, em resposta a postagem dele intitulada "Boletos para contribuição partidária", através da lista de e-mails da instância, tendo ambas sido publicadas na página da lista na web. Esta minha mensagem tem, na página da lista de e-mails, o número 13544)
Ricardo.
Esses boletos vem só com o nome do filiado e o número do cadastro, ou tem também algum dado prá contato? Eu acho que o ideal seria mandar por e-mail, correio, ou entregar em casa pessoalmente. Se precisar de ajuda, estou à disposição.
Um abraço.
Ricardo.
Esses boletos vem só com o nome do filiado e o número do cadastro, ou tem também algum dado prá contato? Eu acho que o ideal seria mandar por e-mail, correio, ou entregar em casa pessoalmente. Se precisar de ajuda, estou à disposição.
Um abraço.
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Não basta tocar o apito. Sem organização, não tem mobilização partidária.
(Mensagem enviada à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web em 9 de julho de 2013, com o número 13538. Trata-se de comentário sobre mensagem de uma companheira intitulada "Executiva Nacional do PT: todos os segmentos do partido devem aderir às mobilizações desta semana")
Valter Pomar disse que somos 1,7 milhão de filiados. Eu vi esses dias no site do TSE 1,5 milhão. É um bocado de gente. Dava prá fazer uma baita mobilização. Agora, quem disse que é só tocar o apito que todo mundo aparece? Sem organização, pode-se juntar todos os segmentos do partido que dá tranquilo numa Kombi.
Valter Pomar disse que somos 1,7 milhão de filiados. Eu vi esses dias no site do TSE 1,5 milhão. É um bocado de gente. Dava prá fazer uma baita mobilização. Agora, quem disse que é só tocar o apito que todo mundo aparece? Sem organização, pode-se juntar todos os segmentos do partido que dá tranquilo numa Kombi.
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Iguais no desprezo pela administração partidária.
(Mensagem enviada à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web em 9 de julho de 2013, com o número 13525. Trata-se de resposta ao comentário de uma companheira, feito no tópico "Cabral aposta em Lula e em Paes para garantir sobrevivência política")
Pois, vamos nós, aqui da base, ajustar esse foco, Eugênia. Eu concordo com você que a prioridade, nesse momento, é mobilizar o povo em torno do tema da Reforma Política. Mas como fazer isso, se o próprio partido não se mobiliza, por falta de organização? A desorganização impede que o PT transforme o potencial político representado por sua base de filiados, em força política real e atuante na sociedade, capaz de levar para as ruas o tema da Reforma Política, e impulsionar e dirigir mobilizações a partir de cada bairro da cidade. Vejo que os companheiros que aqui se manifestam nesta lista, defendem políticas diferentes, do ponto de vista programático e eleitoral; mas, lamentavelmente, parecem todos comungar do mesmo desinteresse, eu diria, até mesmo, desprezo, pela organização do partido, que eu prefiro chamar de administração partidária.
No dia 4 de julho, fiz o seguinte comentário a um artigo de José Dirceu que você postara no dia anterior, intitulado, "Sem mobilização e luta popular, não haverá plebiscito":
Já no dia 6 de julho, enviei a esta lista uma mensagem denunciando um fato que tenho certeza de ser gravíssimo. Descobri que o presidente do 1º Diretório Zonal, Ricardo Quiroga, aproxima-se de encerrar sua gestão, sem nunca ter tido acesso a uma lista de filiados com dados para contato. Isso é o cúmulo da desorganização. É uma falha tão primária que custa-se a crer que tenha mesmo havido e, pior ainda, que ninguém tenha percebido que isso é um verdadeiro escândalo.
Pois bem, eu publiquei a mensagem "DENÚNCIA: Presidente da 1ª zonal não tem listagem de filiados" (mensagem 13517) no dia 6 de julho (de 2013) contando como descobri isso, expressando minha opinião sobre o que este fato representa para o partido e apontando os responsáveis que são, a meu ver, indiscutivelmente, o 1º Diretório Zonal e o Diretório Municipal.
Até agora, ninguém se manifestou publicamente sobre essa denuncia que fiz. A mensagem não foi confirmada, não foi contestada, não foi questionada, não foi sequer comentada por ninguém. O que isso significa? Ainda não sei. Talvez seja mais uma expressão da indiferença de todos vocês em relação ao tema da organização (ou administração) partidária. Se for isso mesmo, creio que é algo bastante preocupante. Porque o mais grave equívoco que um partido, como o nosso - que pretende ser democrático, de massas e de quadros, militante e dirigente - pode cometer, é descuidar de sua organização (administração). Isso, mais do que qualquer estratégia ou política de alianças equivocada, é o que mais seguramente pode nos levar à ruína. A falta de organização (administração).
Um abraço, companheira.
Silvio Melgarejo
"Mas uma coisa essa gente toda tem em comum, desviar o foco do que é importante neste momento: organizar as mobilizações de rua pela Reforma Política: Plebiscito Já."
(Eugênia Loureiro)
Pois, vamos nós, aqui da base, ajustar esse foco, Eugênia. Eu concordo com você que a prioridade, nesse momento, é mobilizar o povo em torno do tema da Reforma Política. Mas como fazer isso, se o próprio partido não se mobiliza, por falta de organização? A desorganização impede que o PT transforme o potencial político representado por sua base de filiados, em força política real e atuante na sociedade, capaz de levar para as ruas o tema da Reforma Política, e impulsionar e dirigir mobilizações a partir de cada bairro da cidade. Vejo que os companheiros que aqui se manifestam nesta lista, defendem políticas diferentes, do ponto de vista programático e eleitoral; mas, lamentavelmente, parecem todos comungar do mesmo desinteresse, eu diria, até mesmo, desprezo, pela organização do partido, que eu prefiro chamar de administração partidária.
No dia 4 de julho, fiz o seguinte comentário a um artigo de José Dirceu que você postara no dia anterior, intitulado, "Sem mobilização e luta popular, não haverá plebiscito":
"Como mobilizar as massas, se não conseguimos mobilizar nem os nossos filiados? E por que não os mobilizamos? Porque falta ao partido organização. Essa é a discussão que tenho proposto a você, Eugênia, e aos demais companheiros dessa lista. Sem organização, não se faz revolução, nem reformas, não se ganha eleição, não se pressiona parlamento, nem se ajuda a sustentar governo nenhum. Partido desorganizado, é partido fraco, sem musculatura prá enfrentar e vencer o vale-tudo da disputa política com a direita e com a burguesia."
(mensagem 13480 de 04/07/2013)
Já no dia 6 de julho, enviei a esta lista uma mensagem denunciando um fato que tenho certeza de ser gravíssimo. Descobri que o presidente do 1º Diretório Zonal, Ricardo Quiroga, aproxima-se de encerrar sua gestão, sem nunca ter tido acesso a uma lista de filiados com dados para contato. Isso é o cúmulo da desorganização. É uma falha tão primária que custa-se a crer que tenha mesmo havido e, pior ainda, que ninguém tenha percebido que isso é um verdadeiro escândalo.
Pois bem, eu publiquei a mensagem "DENÚNCIA: Presidente da 1ª zonal não tem listagem de filiados" (mensagem 13517) no dia 6 de julho (de 2013) contando como descobri isso, expressando minha opinião sobre o que este fato representa para o partido e apontando os responsáveis que são, a meu ver, indiscutivelmente, o 1º Diretório Zonal e o Diretório Municipal.
Até agora, ninguém se manifestou publicamente sobre essa denuncia que fiz. A mensagem não foi confirmada, não foi contestada, não foi questionada, não foi sequer comentada por ninguém. O que isso significa? Ainda não sei. Talvez seja mais uma expressão da indiferença de todos vocês em relação ao tema da organização (ou administração) partidária. Se for isso mesmo, creio que é algo bastante preocupante. Porque o mais grave equívoco que um partido, como o nosso - que pretende ser democrático, de massas e de quadros, militante e dirigente - pode cometer, é descuidar de sua organização (administração). Isso, mais do que qualquer estratégia ou política de alianças equivocada, é o que mais seguramente pode nos levar à ruína. A falta de organização (administração).
Um abraço, companheira.
Silvio Melgarejo
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sábado, 6 de julho de 2013
DENÚNCIA: Presidente da 1ª zonal não tem listagem de filiados.
(Mensagem enviada à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web em 6 de julho de 2013, com o número 13517)
Companheiras e companheiros.
Essa madrugada eu conversava, pelo Facebook, com o companheiro Ricardo Quiroga, presidente do nosso 1º Diretório Zonal, quando ele fez uma revelação que a mim pareceu absolutamente estarrecedora. Disse-me que o Diretório Municipal, simplesmente, lhe nega acesso à listagem que contém os dados para contato com os filiados da zonal.
Minha reação imediata foi dizer-lhe, entre perplexo e indignado: "Mas como é que o presidente da zonal não tem uma lista de filiados com dados prá contato? Como se espera que haja trabalho de base? Isso tá errado, Ricardo. Ninguém ainda viu que isso é um absurdo, é uma sabotagem ao próprio partido? (...) Eu só não compreendo como é que você e o pessoal da Articulação de Esquerda aceitaram isso até agora sem meter o pé na porta."
Pois bem, companheiras e companheiros. Antes de mais nada, eu pediria ao companheiro Ricardo Quiroga que confirmasse para todos essa conversa que tivemos, para que não fique parecendo que estou querendo fazer intriga. Tenho certeza de que ele confirmará, porque acredito na sua honestidade e não tenho razão para duvidar de sua boa fé. Depois, quero ouvir a opinião dos demais companheiros, para entender melhor essa história e não correr o risco de fazer julgamento precipitado e cometer injustiças.
O que eu posso e quero adiantar é que, em tese, considero, que se o Diretório Municipal impediu mesmo, ou dificultou, o acesso do 1º Diretório Zonal aos dados para contato com os filiados, ele cometeu um gravíssimo ato de sabotagem ao partido, já que, sem esses dados, o Diretório Zonal fica impossibilitado de cumprir suas atribuições estatutárias.
Considero, além disso, também em tese, que se esse impedimento de acesso aos dados para contato com os filiados da zonal, se estendeu desde o início das atuais gestões até à presente data, sem que o Diretório Zonal tenha se insurgido, apelando às instâncias superiores e denunciando este fato ao conjunto do partido, também o 1º Diretório Zonal, por omissão, foi partícipe da sabotagem.
Isso tudo, reitero, em tese.
Ou seja, estamos, aparentemente, diante de um crime e dois culpados (para ser justo, suspeitos): o DM e o 1º DZ. A ver, onde isso tudo vai dar.
Quanto a mim, vejo nessa notícia que Ricardo me deu, mais do que a confirmação cabal do que tenho lhes dito. Ela dá, a meu ver, uma medida precisa do verdadeiro descalabro administrativo reinante no nosso 1º Diretório Zonal. Se a situação das outras zonais estiver no mesmo pé, significa que o descalabro é geral, que o PT do Rio está desgovernado e que precisa ser reconstruído praticamente do zero. E quem o reconstruirá?
Se essa história absurda, ademais, de que o presidente da zonal não sabe como e onde encontrar os filiados de sua base, se confirma, nós, aqui na zonal, estamos com um problema muito sério. Pois, se a atual gestão foi, no PED de 2009, uma chapa unitária de consenso entre as tendências, de quem é a responsabilidade política pelo desastre que se verifica agora ao final? De todos? De ninguém? Quem fará autocrítica? E que alternativas temos para a nova direção do 1º Diretório Zonal, que deve ser eleita no próximo PED?
Eu sei o que li no diálogo que tive com o companheiro Ricardo Quiroga. Ele pode ou não confirmar. Como já disse, tenho certeza de que ele confirmará. Ele me disse que não dispunha de uma listagem com os dados para contato com os filiados de sua base, porque o Diretório Municipal não lhe dava acesso.
Sob a perspectiva apenas da zonal, sem considerar um contexto mais amplo, envolvendo o Diretório Municipal, o que começa a me parecer - refletindo enquanto escrevo - é que, o companheiro Ricardo Quiroga, de uma maneira ou de outra, errou. Se ele admite que não tem a listagem, abrem-se duas hipóteses. Ou o Diretório Municipal realmente lhe negou a listagem, e ele não recorreu, como deveria, às instâncias superiores do partido; ou ele sequer solicitou a listagem, o que dá quase no mesmo. O resultado é que, passados quase quatro anos, desde o PED de 2009, os filiados das zonas sul e centro do Rio, em sua a imensa maioria, nunca foram procurados pelos membros do 1º Diretório Zonal, então eleito.
Supondo que a segunda hipótese corresponda à verdade, ela não exime o Diretório Municipal de culpa pelo estrago feito e pelos prejuízos causados ao partido, já que o Estatuto, em seu artigo 79, letra 'm', lhe atribui muito claramente um papel de supervisão, como se pode ler a seguir: "Art. 79. São as seguintes as atribuições do Diretório Municipal: (...) m) cumprir e fazer cumprir as deliberações (...), supervisionando a vida do Partido em âmbito municipal."
Conversei agora a pouco, de novo, com o companheiro Ricardo, pelo Facebook, sobre o meu desejo de tratar deste caso aqui na lista, publicamente. Pedi a ele que me confirmasse se realmente teria solicitado a listagem, e o Diretório Municipal negado. Ele me disse que o Municipal "enrolou". Perguntei, então, se isso significava que, se ele tivesse insistido, o Diretório Municipal poderia tê-lo atendido, liberando a lista de filiados. Ele respondeu que não saberia dizer. Donde deduzo que ele não insistiu.
Bem, com a palavra, o companheiro Ricardo e o Diretório Municipal.
E vocês, companheiras e companheiros, o que acham?
Volto a falar mais tarde sobre este assunto.
Abraços a todos.
Companheiras e companheiros.
Essa madrugada eu conversava, pelo Facebook, com o companheiro Ricardo Quiroga, presidente do nosso 1º Diretório Zonal, quando ele fez uma revelação que a mim pareceu absolutamente estarrecedora. Disse-me que o Diretório Municipal, simplesmente, lhe nega acesso à listagem que contém os dados para contato com os filiados da zonal.
Minha reação imediata foi dizer-lhe, entre perplexo e indignado: "Mas como é que o presidente da zonal não tem uma lista de filiados com dados prá contato? Como se espera que haja trabalho de base? Isso tá errado, Ricardo. Ninguém ainda viu que isso é um absurdo, é uma sabotagem ao próprio partido? (...) Eu só não compreendo como é que você e o pessoal da Articulação de Esquerda aceitaram isso até agora sem meter o pé na porta."
Pois bem, companheiras e companheiros. Antes de mais nada, eu pediria ao companheiro Ricardo Quiroga que confirmasse para todos essa conversa que tivemos, para que não fique parecendo que estou querendo fazer intriga. Tenho certeza de que ele confirmará, porque acredito na sua honestidade e não tenho razão para duvidar de sua boa fé. Depois, quero ouvir a opinião dos demais companheiros, para entender melhor essa história e não correr o risco de fazer julgamento precipitado e cometer injustiças.
O que eu posso e quero adiantar é que, em tese, considero, que se o Diretório Municipal impediu mesmo, ou dificultou, o acesso do 1º Diretório Zonal aos dados para contato com os filiados, ele cometeu um gravíssimo ato de sabotagem ao partido, já que, sem esses dados, o Diretório Zonal fica impossibilitado de cumprir suas atribuições estatutárias.
Considero, além disso, também em tese, que se esse impedimento de acesso aos dados para contato com os filiados da zonal, se estendeu desde o início das atuais gestões até à presente data, sem que o Diretório Zonal tenha se insurgido, apelando às instâncias superiores e denunciando este fato ao conjunto do partido, também o 1º Diretório Zonal, por omissão, foi partícipe da sabotagem.
Isso tudo, reitero, em tese.
Ou seja, estamos, aparentemente, diante de um crime e dois culpados (para ser justo, suspeitos): o DM e o 1º DZ. A ver, onde isso tudo vai dar.
Quanto a mim, vejo nessa notícia que Ricardo me deu, mais do que a confirmação cabal do que tenho lhes dito. Ela dá, a meu ver, uma medida precisa do verdadeiro descalabro administrativo reinante no nosso 1º Diretório Zonal. Se a situação das outras zonais estiver no mesmo pé, significa que o descalabro é geral, que o PT do Rio está desgovernado e que precisa ser reconstruído praticamente do zero. E quem o reconstruirá?
Se essa história absurda, ademais, de que o presidente da zonal não sabe como e onde encontrar os filiados de sua base, se confirma, nós, aqui na zonal, estamos com um problema muito sério. Pois, se a atual gestão foi, no PED de 2009, uma chapa unitária de consenso entre as tendências, de quem é a responsabilidade política pelo desastre que se verifica agora ao final? De todos? De ninguém? Quem fará autocrítica? E que alternativas temos para a nova direção do 1º Diretório Zonal, que deve ser eleita no próximo PED?
Eu sei o que li no diálogo que tive com o companheiro Ricardo Quiroga. Ele pode ou não confirmar. Como já disse, tenho certeza de que ele confirmará. Ele me disse que não dispunha de uma listagem com os dados para contato com os filiados de sua base, porque o Diretório Municipal não lhe dava acesso.
Sob a perspectiva apenas da zonal, sem considerar um contexto mais amplo, envolvendo o Diretório Municipal, o que começa a me parecer - refletindo enquanto escrevo - é que, o companheiro Ricardo Quiroga, de uma maneira ou de outra, errou. Se ele admite que não tem a listagem, abrem-se duas hipóteses. Ou o Diretório Municipal realmente lhe negou a listagem, e ele não recorreu, como deveria, às instâncias superiores do partido; ou ele sequer solicitou a listagem, o que dá quase no mesmo. O resultado é que, passados quase quatro anos, desde o PED de 2009, os filiados das zonas sul e centro do Rio, em sua a imensa maioria, nunca foram procurados pelos membros do 1º Diretório Zonal, então eleito.
Supondo que a segunda hipótese corresponda à verdade, ela não exime o Diretório Municipal de culpa pelo estrago feito e pelos prejuízos causados ao partido, já que o Estatuto, em seu artigo 79, letra 'm', lhe atribui muito claramente um papel de supervisão, como se pode ler a seguir: "Art. 79. São as seguintes as atribuições do Diretório Municipal: (...) m) cumprir e fazer cumprir as deliberações (...), supervisionando a vida do Partido em âmbito municipal."
Conversei agora a pouco, de novo, com o companheiro Ricardo, pelo Facebook, sobre o meu desejo de tratar deste caso aqui na lista, publicamente. Pedi a ele que me confirmasse se realmente teria solicitado a listagem, e o Diretório Municipal negado. Ele me disse que o Municipal "enrolou". Perguntei, então, se isso significava que, se ele tivesse insistido, o Diretório Municipal poderia tê-lo atendido, liberando a lista de filiados. Ele respondeu que não saberia dizer. Donde deduzo que ele não insistiu.
Bem, com a palavra, o companheiro Ricardo e o Diretório Municipal.
E vocês, companheiras e companheiros, o que acham?
Volto a falar mais tarde sobre este assunto.
Abraços a todos.
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sexta-feira, 5 de julho de 2013
Administração partidária para que?
(Mensagem enviada à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web em 5 de julho de 2013, com o número 13512. Trata-se de resposta a comentários de dois companheiros num tópico de discussão intitulado "Por que?")
Renan e Marcos.
Se os que já estamos, de alguma forma, participando do debate interno do PT, não nos mobilizarmos agora para dotar o partido de uma eficaz e eficiente política administrativa, as ideias e as propostas do Renan e de todos os demais candidatos, só poderão chegar ao conhecimento de uma ínfima minoria, permanecendo ignoradas pela imensa maioria dos cerca de 50 mil filiados petistas do estado do Rio de Janeiro. Administrar, é preciso, prá democratizar o partido e convertê-lo em ferramenta de luta da esquerda democrática e da classe trabalhadora. Administrar, é preciso, prá incluir os petistas que estão à margem do partido, para ampliar, enfim, e qualificar a participação dos filiados no PED. Um PED de poucos, com baixo nível de discussão, não ajuda o PT a superar os seus problemas. Apenas os confirma e perpetua.
Um abraço, companheiros.
Silvio Melgarejo
Renan e Marcos.
Se os que já estamos, de alguma forma, participando do debate interno do PT, não nos mobilizarmos agora para dotar o partido de uma eficaz e eficiente política administrativa, as ideias e as propostas do Renan e de todos os demais candidatos, só poderão chegar ao conhecimento de uma ínfima minoria, permanecendo ignoradas pela imensa maioria dos cerca de 50 mil filiados petistas do estado do Rio de Janeiro. Administrar, é preciso, prá democratizar o partido e convertê-lo em ferramenta de luta da esquerda democrática e da classe trabalhadora. Administrar, é preciso, prá incluir os petistas que estão à margem do partido, para ampliar, enfim, e qualificar a participação dos filiados no PED. Um PED de poucos, com baixo nível de discussão, não ajuda o PT a superar os seus problemas. Apenas os confirma e perpetua.
Um abraço, companheiros.
Silvio Melgarejo
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Re: Sem mobilização e luta popular não haverá plebiscito. (3)
(Mensagem enviada à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web em 5 de julho de 2013, com o número 13509. Trata-se de resposta ao comentário de uma companheira)
Divergência, Eide, nunca pode ser considerada problema num partido democrático. Problema é quando, num partido, a democracia é de poucos. Pior ainda quando estes poucos não fazem questão de deixar de ser poucos. Eu tenho certeza de que este não é o caso do PT do Rio e deste Diretório Zonal. Para mim o que há é uma imensa falta de compreensão quanto à importância da organização para um partido de esquerda que tem os objetivos que nós temos.
Você está absolutamente correta quando diz que "parece que o Partido não quer mobilizar, por isso não quer se organizar". Tem razão quando diz também que "uma coisa leva a outra que leva a uma". De fato, toda organização é uma associação de intenções e de esforços para alcançar um objetivo comum. Se não há objetivo a ser perseguido, prá que organização?
Há quase duas décadas, o objetivo do PT tem sido unicamente ganhar eleições e governar. Prá se tornar competitivo, o partido incorporou a tecnologia das campanhas eleitorais dos partidos tradicionais, adequada às regras do sistema eleitoral vigente e, por isso mesmo, comprovadamente eficiente. Essa tecnologia de campanha dispensa fatores como democracia partidária e mobilização de militantes, salvo em casos de risco iminente de derrota, como algumas vezes vimos. Aí tocam os berrantes, os dirigentes, convocando a boiada. Aí a militância é lembrada.
Nessas quase duas décadas, portanto, o PT não investiu na organização de seus filiados, porque, de fato, não queria mobilizar ninguém prá nada, já que optara por jogar o jogo político exclusivamente na institucionalidade. Apostando tudo na confiabilidade das instituições democráticas burguesas, o partido parece ter despertado, no susto, depois do duro golpe da condenação sem provas dos réus do mensalão, pelo Supremo Tribunal Federal. A constatação de que a direita havia radicalizado e avançado na sordidez dos seus ataques muito além do se supunha possível, obrigou a direção do PT a rever a estratégia até então adotada para não sofrer novas derrotas.
Só que não se muda uma cultura de quase duas décadas em dois meses, nem se consegue mover em dois meses, uma máquina parada a quase duas décadas. Em maio deste ano, a direção do partido convocou a militância, e a nossa presidenta da república convocou o povo brasileiro, a se mobilizarem pela aprovação no Congresso de três projetos de lei, dois deles de iniciativa popular. Quantas vezes você, Eide, e os demais companheiros, viram algo assim acontecer nos últimos 20 anos? O PT convocando o povo e seus filiados a atuarem fora de período eleitoral? Não me lembro de qual foi a última vez que vi isso acontecer.
Por isso estou convencido de que a direção do PT realmente decidiu mudar de estratégia. Só que o partido ainda não conseguiu vencer a inércia do longo período de paralisia. Daqui da base, não vejo nenhuma alteração significativa no padrão de comportamento das direções zonais e municipal. Tudo inerte como dantes, a base de filiados segue sendo uma imensa reserva inexplorada de militantes e quadros, que ninguém se anima sequer a estudar prá conhecer, avaliar o potencial e desenvolver projetos de "extração", como se faz com as jazidas de minério. O azar do PT é que mal começou a fazer seu giro estratégico e foi abalroado pelas megamanifestações de junho. Sinal de que a decisão de mudar chegou tarde. Esse atraso acabou expondo o partido e seu governo a pressões e riscos altíssimos que nos obrigam a aguçar o senso de urgência e de alerta, para acelerar e completar o giro estratégico iniciado, afim de superar a crise e dar um salto na realização do seu projeto
O PT tem hoje objetivos nacionais claríssimos pelos quais sua direção nacional tem chamado a militância a se mobilizar. Em nível local, nunca nos faltaram causas por que lutar. Toda a ampla pauta da cidadania e dos direitos humanos tem, nas ruas e praças dos bairros, o melhor ambiente para a sua expressão e defesa. Só que todo impulso, energia e combatividade tendem se esgotar ou pulverizar, quando não orientados para ações planejadas, organizadas, dirigidas e controladas. Ou seja, todo recurso (humano, material ou financeiro) tende a se perder se não for bem administrado. Por isso eu insisto em que a palavra de ordem que a nossa zonal tem que incorporar, como expressão de uma compreensão e de uma decisão política, pela adoção de uma diretriz prática, é a palavra de ordem "Administrar prá democratizar e lutar". O 1º Diretório Zonal precisa planejar suas ações, organizar seus recursos, dirigir a implementação das ações planejadas, e controlar e avaliar permanentemente as execuções e os resultados dessas ações.
Já que você dá a "maior força" para a organização da zonal, Eide, eu peço a você que dê uma lida nas propostas que eu enviei recentemente para a lista, e que dê sua opinião. Se, em algum ponto, a minha redação não estiver muito clara, me diga que eu terei imenso prazer em tentar esclarecer. Se não gostar, pode detonar. Eu tô apresentando a minha opinião e as minhas propostas aqui, exatamente para provocar o debate sobre esse tema, que cada vez mais me convenço ser o mais importante para o PT na atual conjuntura. Vão os links abaixo.
Um abraço.
Silvio Melgarejo
***
Reflexões e propostas para a administração do 1º Diretório Zonal do PT-Rio/RJ
http://silviomelgarejo.blogspot.com.br/2014/09/reflexoes-e-propostas-para.html
http://silviomelgarejo.blogspot.com.br/2013/07/reflexoes-e-propostas-para.html
Divergência, Eide, nunca pode ser considerada problema num partido democrático. Problema é quando, num partido, a democracia é de poucos. Pior ainda quando estes poucos não fazem questão de deixar de ser poucos. Eu tenho certeza de que este não é o caso do PT do Rio e deste Diretório Zonal. Para mim o que há é uma imensa falta de compreensão quanto à importância da organização para um partido de esquerda que tem os objetivos que nós temos.
Você está absolutamente correta quando diz que "parece que o Partido não quer mobilizar, por isso não quer se organizar". Tem razão quando diz também que "uma coisa leva a outra que leva a uma". De fato, toda organização é uma associação de intenções e de esforços para alcançar um objetivo comum. Se não há objetivo a ser perseguido, prá que organização?
Há quase duas décadas, o objetivo do PT tem sido unicamente ganhar eleições e governar. Prá se tornar competitivo, o partido incorporou a tecnologia das campanhas eleitorais dos partidos tradicionais, adequada às regras do sistema eleitoral vigente e, por isso mesmo, comprovadamente eficiente. Essa tecnologia de campanha dispensa fatores como democracia partidária e mobilização de militantes, salvo em casos de risco iminente de derrota, como algumas vezes vimos. Aí tocam os berrantes, os dirigentes, convocando a boiada. Aí a militância é lembrada.
Nessas quase duas décadas, portanto, o PT não investiu na organização de seus filiados, porque, de fato, não queria mobilizar ninguém prá nada, já que optara por jogar o jogo político exclusivamente na institucionalidade. Apostando tudo na confiabilidade das instituições democráticas burguesas, o partido parece ter despertado, no susto, depois do duro golpe da condenação sem provas dos réus do mensalão, pelo Supremo Tribunal Federal. A constatação de que a direita havia radicalizado e avançado na sordidez dos seus ataques muito além do se supunha possível, obrigou a direção do PT a rever a estratégia até então adotada para não sofrer novas derrotas.
Só que não se muda uma cultura de quase duas décadas em dois meses, nem se consegue mover em dois meses, uma máquina parada a quase duas décadas. Em maio deste ano, a direção do partido convocou a militância, e a nossa presidenta da república convocou o povo brasileiro, a se mobilizarem pela aprovação no Congresso de três projetos de lei, dois deles de iniciativa popular. Quantas vezes você, Eide, e os demais companheiros, viram algo assim acontecer nos últimos 20 anos? O PT convocando o povo e seus filiados a atuarem fora de período eleitoral? Não me lembro de qual foi a última vez que vi isso acontecer.
Por isso estou convencido de que a direção do PT realmente decidiu mudar de estratégia. Só que o partido ainda não conseguiu vencer a inércia do longo período de paralisia. Daqui da base, não vejo nenhuma alteração significativa no padrão de comportamento das direções zonais e municipal. Tudo inerte como dantes, a base de filiados segue sendo uma imensa reserva inexplorada de militantes e quadros, que ninguém se anima sequer a estudar prá conhecer, avaliar o potencial e desenvolver projetos de "extração", como se faz com as jazidas de minério. O azar do PT é que mal começou a fazer seu giro estratégico e foi abalroado pelas megamanifestações de junho. Sinal de que a decisão de mudar chegou tarde. Esse atraso acabou expondo o partido e seu governo a pressões e riscos altíssimos que nos obrigam a aguçar o senso de urgência e de alerta, para acelerar e completar o giro estratégico iniciado, afim de superar a crise e dar um salto na realização do seu projeto
O PT tem hoje objetivos nacionais claríssimos pelos quais sua direção nacional tem chamado a militância a se mobilizar. Em nível local, nunca nos faltaram causas por que lutar. Toda a ampla pauta da cidadania e dos direitos humanos tem, nas ruas e praças dos bairros, o melhor ambiente para a sua expressão e defesa. Só que todo impulso, energia e combatividade tendem se esgotar ou pulverizar, quando não orientados para ações planejadas, organizadas, dirigidas e controladas. Ou seja, todo recurso (humano, material ou financeiro) tende a se perder se não for bem administrado. Por isso eu insisto em que a palavra de ordem que a nossa zonal tem que incorporar, como expressão de uma compreensão e de uma decisão política, pela adoção de uma diretriz prática, é a palavra de ordem "Administrar prá democratizar e lutar". O 1º Diretório Zonal precisa planejar suas ações, organizar seus recursos, dirigir a implementação das ações planejadas, e controlar e avaliar permanentemente as execuções e os resultados dessas ações.
Já que você dá a "maior força" para a organização da zonal, Eide, eu peço a você que dê uma lida nas propostas que eu enviei recentemente para a lista, e que dê sua opinião. Se, em algum ponto, a minha redação não estiver muito clara, me diga que eu terei imenso prazer em tentar esclarecer. Se não gostar, pode detonar. Eu tô apresentando a minha opinião e as minhas propostas aqui, exatamente para provocar o debate sobre esse tema, que cada vez mais me convenço ser o mais importante para o PT na atual conjuntura. Vão os links abaixo.
Um abraço.
Silvio Melgarejo
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quinta-feira, 4 de julho de 2013
Re: Sem mobilização e luta popular não haverá plebiscito. (2)
(Mensagem enviada à lista de e-mails do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web em 4 de julho de maio de 2013, com o número 13498. Trata-se de resposta ao comentário de um companheiro)
Me perdoe, Renan, mas acho que estamos fazendo leituras diferentes da conjuntura. A mim parece que a História acelerou violentamente o passo, que o fluxo dos acontecimentos ganhou uma velocidade extraordinária, e que se o PT for esperar pelo PED prá se organizar, vai ser impiedosamente atropelado.
A luta de classes mudou de patamar, Renan. Foi prás ruas, acelerou e se radicalizou como há muito tempo não se via. O PT foi pego de surpresa, e estava tão despreparado que acabou sendo humilhantemente escorraçado das mobilizações pela direita. A tentativa de reação foi ainda mais vexatória. A Onda Vermelha convocada pelo Rui Falcão foi um completo fracasso.
Nós fomos derrotados pela direita nas ruas, Renan. Fomos derrotados porque não tínhamos militantes em numero suficiente sequer prá garantir o nosso espaço nas manifestações, o nosso direito de usar camisa vermelha e carregar nossa bandeira. Como pode um partido com quase 1,5 milhão de filiados apanhar na rua de gangues de fascistas? Isso é inédito na história do PT. Nem no tempo dos confrontos com o malufismo, em plena ditadura, tivemos que passar por algo assim. E isso está acontecendo, Renan, porque o partido virou um gigante obeso e flácido. Tem tamanho, mas não tem força. Inchou, mas não ganhou musculatura. Cresceu em número de filiados, mas mantém estes filiados dispersos, não os dirige, porque não tem organização.
Entenda-me bem, Renan. Você pode ser o melhor "piqueteiro" do mundo (no meu tempo isso era um elogio, rsrsrs), mas se quer ser útil ao partido como dirigente, tem que priorizar a organização do partido para a luta de classes. Senão você será só mais um, entre tantos burocratas, a povoar os gabinetes. O PT não pode esperar pelo PED prá se organizar, senão vai levar porrada atrás de porrada da direita, até ser finalmente derrotado. Eu espero que você tenha noção do que uma derrota do PT representaria para o Brasil e para a esquerda mundial.
Quem quer ser dirigente do PT, tem agora a sua chance de mostrar que está apto a exercer essa função. É hora de todos os candidatos e membros de chapas do PED assumirem a responsabilidade de liderar o processo de preparação do partido para os embates que vamos ter que enfrentar nessa nova etapa do processo histórico, que se iniciou agora em junho. O PED é só em novembro. O partido tem que estar pronto prá agir já. A História não vai parar prá esperar o PT. A luta de classes segue o seu curso, cada vez mais ligeiro, e até novembro, sabe-se lá quanta coisa já poderá ter ocorrido. Lembre-se de que, em apenas três semanas a nossa presidenta perdeu 27 pontos percentuais no índice de aprovação ao seu governo.
Enviei recentemente a esta lista uma mensagem* com reflexões e propostas sobre esse tema da organização. Peço a você que leia e comente as minhas propostas e a reflexão que me conduziu até elas. Vão, abaixo, os links.
Um abraço, companheiro.
Espero poder prosseguir nossa conversa.
Silvio Melgarejo
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* mensagem 13449 de 02/07/2013 da página da lista e-mails, também encontrada neste blog, no link abaixo.
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* mensagem 13449 de 02/07/2013 da página da lista e-mails, também encontrada neste blog, no link abaixo.
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