sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Debate sobre política de alianças e construção partidária com um dirigente obtuso, autoritário e negligente.

Em 12/1/2014, compartilhei o link da seguinte notícia, de 25/12/2013, na comunidade oficial do 1º Diretório Zonal, no Facebook:

ELEIÇÕES 2014: PT muito perto de lançar candidatura própria ao Governo do Maranhão no ano que vem

Iniciou-se a partir daí o seguinte debate:


12/1/2014


Marcos Zarahi


Nossa força chegou e contribuiu para produzir este resultado.

Viva a Esquerda Petista !!!

VIVA O SOCIALISMO !!!!

PELA CORREÇÃO DE RUMOS DO PARTIDO !!!!


Eu


É da CNB a iniciativa de apoiar a proposta de candidatura própria, que fora derrotada no PED, para resolver o problema de ter que escolher entre apoiar o candidato do PMDB ou o do PCdoB ao governo do estado. Que rumos são estes que estão sendo corrigidos? Diz a notícia que postei:
"A convergência em torno da tese anda bem avançada entre a CNB nacional e a ala sarneysista do partido no Maranhão. Em tempo, gente ligada ao conselheiro TCE Washington Oliveira, já anda defendendo essa tese abertamente. O acordo passaria pela resolução do imbróglio da eleição do PED que ainda se encontra subjudice no estado. A executiva nacional declarando Henrique Sousa vencedor do PED (que foi o único candidato que defendeu a tese de candidatura própria) resolveria a crise do partido com relação à eleição do próximo ano."

Ricardo Quiroga Vinhas


Embora a melhor opção fosse apoiar o companheiro Flavio Dino, já é um passo para se livrar dessa aliança nefasta com essa família corrupta e tirânica.


Eu


Sei que o Flávio Dino é favorito mas não sei se dá prá ele levar já no primeiro turno. Se for pro segundo turno, pelo que diz a notícia, a CNB vai liberar a militância prá votar em quem quiser. E aí o Dino leva.


Eu


A aliança não é com a família corrupta e tirânica, é com o partido que tem a segunda maior bancada da Câmara Federal. O ideal é o PT preservar todas as suas alianças enquanto a esquerda não aumenta as suas bancadas. No Maranhão, o lançamento de candidatura própria é uma tentativa de manter a aliança tanto com o PMDB, quanto com o PCdoB.


Ricardo Quiroga Vinhas


No Maranhão é sim. Não temos aliança com a segunda maior bancada em vários estados. Portanto, é uma opção ficar aliado com essa familia bisonha. E acho lamentável liberar o voto considerando que são 40 anos de roubalheira, matanças e miséria.


Eu


O PT não estaria terminando o seu terceiro mandato presidencial, com os índices de aprovação popular que tem, se não tivesse o PMDB como aliado.

O principal interlocutor que o PT teve no PMDB foi, durante os últimos 10 anos, goste-se ou não, o José Sarney, porque ele é uma das principais lideranças daquele partido.

A prioridade do PT é continuar governando o Brasil, não derrotar o Sarney no Maranhão.

O partido já se posicionou majoritariamente no recente PED pela priorização da reeleição da Dilma, para dar continuidade ao projeto que está em curso.

Sarney é para o PT, dentro dessa perspectiva, não o oligarca do Maranhão, mas o líder do PMDB nacional, com quem tem que negociar uma aliança nacional, para garantir a reeleição da presidenta e a viabilidade política do seu segundo mandato.

Seria lamentável se o PT resolvesse priorizar as disputas nos estados, secundarizando a disputa presidencial e dando campo para que oposição retornasse ao governo do país. Se o PMDB de Sarney não estivesse com o PT no governo, estaria com o PSDB na oposição. Quem defende a ruptura com ele agora, deve estar consciente de que isso representaria a volta do PSDB ao poder.

De novo eu insisto. Não se governa um país com o sistema político que o Brasil tem, com uma bancada de 28% do parlamento - que é o tamanho da esquerda governista -, muito menos com uma bancada de 17% do parlamento - que é o tamanho da bancada do PT na Câmara. Governo sem maioria no Parlamento ou é inviabilizado mediante boicote e sabotagem, ou é deposto sumariamente como foi Fernando Lugo, no Paraguai.


Sebastian Rojas Archer


Interessante afirmar que a aliança não é com os corruptos, mas com o partido dos corruptos, com a maior bancada da bala, da bola, da bolha, da bata, do bico, da bica, ... No MA o certo neste momento é apoiar o Dino e reconstruir o partido com uma bancada com lado definido.


Eu


Rompe-se a aliança com o PMDB e a eleição da Dilma? Cumé que fica?


Ricardo Quiroga


Porque o rompimento pelo lado de lá no RS e BA não é problema, mas no RJ e MA é? Aliança interessante em que nós só cedemos, somos chantageados, boicotados e temos qie fechar os olhos para a corrupção, assassinatos, torturas, etc. Não somos nós que devemos ao PMDB. Este que nos deve.


Eu


Ricardo Quiroga. Porque o rompimento pelo lado de lá no RS e BA não é problema, mas no RJ e MA?

Porque uma das lideranças individuais mais influentes dentro do PMDB é o Sarney, e porque o Rio de Janeiro é a seção mais forte nas convenções do partido.

Rio Grande do Sul e Bahia não estão nem entre as cinco maiores representações, como se pode verificar na reportagem da página do partido, intitulada "Raupp: PMDB realiza Convenção Nacional no dia 2 de março".


Ricardo Quiroga Vinhas


A Bahia e o Rio Grande sao fundamentais para o PT. E o Cabral é o maior traira em relação ao governo. Essas bancadas votam conosco? Em nome de uma conta fria se justifica a tolerância e a cumplicidade com assassinatos, torturas e corrupção? Essa aliança às cegas nos traz mais votos ou nos tira e desgasta? A aliança nacional não pode justificar tudo.



13/1/2014


Eu


Se o PMDB não estivesse conosco, o nosso governo já teria caído há muito tempo. A aliança não é às cegas, muito pelo contrário, todos os que a apoiam sabem muito bem o que está em jogo e o que pretendem com ela.

O PT não é tolerante, nem cúmplice de assassinatos, torturas e corrupção, porque o PT não cometeu nenhum destes crimes e porque não cabe ao PT abrir inquéritos criminais, fazer investigações, julgar e condenar quem quer que seja. Existem instituições com essas atribuições constitucionais, como o Ministério Público, a Policia Federal, a CGU e o Supremo, cada qual em sua esfera de ação específica.

Se Cabral e Sarney cometeram crimes, que o Ministério Público entre com um pedido de investigação no Supremo, como manda a Constituição, e que eles respondam na forma da Lei pelas acusações sofridas e pelos delitos que tiverem cometido.

Mas o PT é mais intolerante ainda é com a fome, a miséria, o desemprego, o arrocho salarial, a falta de acesso à educação, saúde, saneamento, luz elétrica e moradia. Por isso busca todos os aliados possíveis para proporcionar aos trabalhadores uma vida digna, livre de todas essas carências. E os trabalhadores têm reconhecido o nosso esforço e a natureza da aliança que fomos obrigados a fazer prá que ele seja exitoso. Senão não votariam na gente.

Parece que, prá você, resgatar 50 milhões de brasileiros da miséria, criar o Bolsa Família, o Prouni, o Pronatec, o Luz Para Todos, o Minha Casa Minha Vida, o Mais Médicos, estender direitos sociais aos trabalhadores domésticos, conseguir atingir a menor taxa de desemprego da história do país, aumentar salários, reduzir durante 10 anos ininterruptamente a desigualdade; parece que tudo isso prá você é nada. Parece que preferia que nada disso houvesse, que o povo ainda vivesse como vivia em 2002.

Veja que coisa curiosa. Enquanto por todo o mundo os trabalhadores foram prá rua protestar por emprego e salário, aqui não se viu um cartaz sequer ou palavra de ordem dizendo "cadê meu emprego" ou "cadê meu salário", nos protestos de junho. Se este país estivesse sendo governado pelos tucanos, o coro daqui seria igual ao da Europa. E o Brasil poderia mesmo estar sendo governado pelo PSDB há muito tempo, talvez desde 2005 ou 2006, se o PT não tivesse tido a ajuda do PMDB para se sustentar na presidência e viabilizar o seu projeto ainda que parcialmente.

A aliança nacional é justificada por todo o bem que ela tem proporcionado ao povo brasileiro nos últimos dez anos. Para conseguir cumprir os mandatos presidenciais conquistados pelo voto e para realizar tanta coisa boa pelo país, o PT não tinha outra alternativa senão fazer essa aliança. Como tudo na vida, ela tem os bônus e os ônus. Mas, postos na balança, facilmente se verifica que são infinitamente mais significativos os bônus do que os ônus, para a classe trabalhadora brasileira. E é isso que me dá a convicção de que esta é a política certa.


Guilherme Simões Reis


Não é verdade que defender que o PT pressione o PMDB seja sinônimo de rompimento da aliança nacional. Esse argumento desculpe-me, é terrorismo sensacionalista.

Além do fato ressaltado pelo Quiroga de que o PT e o PMDB não estarem aliados é tido como problema no RJ e no MA mas não é em outros estados (e como membros do PT-RJ acham normal que sejamos o objeto da negociação suja, que sejamos a seção periférica e a vergonha do partido?!), a verdade é que é interessante para o PMDB estar no governo federal por si só, pois controla várias ministérios e cargos de primeiro escalão.

É um equívoco colossal o PT rifar estados como parte da negociação, que deveria se dar em termos nacionais (nos estados em que houver afinidade, ótimo, pode espelhar a coalizão nacional, mas onde não houver, que estejam de lados opostos, oras!).


Ricardo Quiroga Vinhas


Esse maniqueísmo e autoritarismo para encerrar as discussões sobre a aliança é que são lamentáveis.

Não foi o pmdb que trouxe as conquistas para o povo, mas pt, lula e dilma.

O pmdb tem nos sabotado ao máximo.

Eles que querem destruir as conquistas.

Os nossos dois maiores inimigos no parlamento são Henrique Alves e Eduardo Cunha.

É assustador quando vejo alguém defender ou minimizar a atuação de cabral e sarney.

Como assim "se eles fizeram"?!!

O que é a pm de cabral?

O que são os desaparecimentos e torturas nas comunidades?

O que foi o escândalo da delta?

O que são os desvios da saúde?

O que é o morticínio dos presídios do Maranhão, decorrente de sua privatização e benefícios a empresas de aliados políticos de sarney?

Cabe ao pt denunciar sim e se disdociar disso inclusive saindo dos governos.

Ao mp cabe a parte judicial, a nós a parte política.


Eu 

"Esse maniqueísmo e autoritarismo para encerrar as discussões sobre a aliança é que são lamentáveis." (Ricardo Quiroga Vinhas)
Talvez você se sinta intimidado pela autoridade dos meus argumentos, e não pelo meu suposto autoritarismo, porque autoritário eu não estou sendo, muito menos maniqueísta.

Essa é uma acusação ridícula.

Faço análise política e defendo posições me baseando em fatos.

Trago números que você não contestou porque sabe que são verdadeiros.

É nesses fatos e nesses números que se fundamenta a minha tese e enquanto você não demonstrar que eles são falsos, a minha tese permanece válida.

Autoritarismo é você ignorar toda a argumentação que faço, fingir que ela não existe - evidentemente por não saber como contestá-la - e apresentar uma argumentação que começa com uma imputação falsa de que eu quero encerrar a discussão sobre alianças.

Se eu quisesse encerrar a discussão, não a alimentaria expondo meu pensamento.

Você diz que foram o PT, Lula e Dilma que trouxeram benefícios para o povo.

Não é possível que acredite nisso mesmo.

Se fosse assim, não seria necessário fazer aliança com o PMDB, nem com ninguém, poderíamos governar sozinhos.

Me explique, então, porque, no PED, apenas um único candidato, Serge Goulart, defendeu a ruptura da aliança com o PMDB?

Que interesse teriam todos os outros - entre eles Valter Pomar, para quem você fez campanha - na manutenção de uma aliança supostamente inútil, que só nos traz prejuízo?

Dizer que Lula e Dilma não sofreram impeachment e conseguiram realizar tanta coisa contando apenas com a força da bancada federal do PT, que corresponde a 17% do parlamento, só pode ser brincadeira.

Ou então você deve achar que somos um partido de deuses, capazes de produzir milagres.

Não, eu não minimizo a atuação de Cabral e Sarney.

Você é quem minimiza a importância do PMDB na sustentação do governo petista.

Aliás, a impressão que dá é que você e outros por aqui gostariam de ver o PT fora do governo, na oposição.

Aí não precisava fazer aliança prá nada, era só ficar na arquibancada cornetando, como vocês fazem aqui, junto com a esquerdinha burra, de classe media, do PSOL, PSTU, PCB e PCO.

O PT não foi criado só prá marcar posição no debate político e posar de revolucionário.

O PT foi criado prá mudar o país e melhorar a vida dos trabalhadores.

E está cumprindo com êxito esta sua missão, tanto que os trabalhadores tem votado no partido.


Eu 

"Não é verdade que defender que o PT pressione o PMDB seja sinônimo de rompimento da aliança nacional. Esse argumento desculpe-me, é terrorismo sensacionalista." (Guilherme Simões Reis)
Não, Guilherme. Isso não é terrorismo, é realismo. Pressão, mal dosada, provoca ruptura.
"Além do fato ressaltado elo Quiroga de que o PT e o PMDB não estarem aliados é tido como problema no RJ e no MA mas não é em outros estados" (Guilherme Simões Reis)
Eu já respondi isso ao Quiroga. Sarney é uma das mais influentes lideranças no PMDB nacional, e o PMDB do Rio é a maior seção do partido, a que tem o maior número de delegados nas convenções.

Ambos, Sarney e o PMDB do Rio, tem uma influência maior no PMDB nacional do que todos os outros caciques e seções estaduais.

Por isso, têm o poder, que outros lá dentro não têm, de botar seus interesses regionais na mesa de negociação da aliança nacional com o PT, como moeda de troca.
"a verdade é que é interessante para o PMDB estar no governo federal por si só, pois controla várias ministérios e cargos de primeiro escalão. " (Guilherme Simões Reis)
Esta sua afirmação segue a mesma linha de raciocínio de uma outra que você fez em outro tópico, que foi a seguinte:
"Se o PMDB deixa o governo ele vira oposição, ou seja, perde todas as vantagens de ser governo" (Guilherme Simões Reis)
Eu te respondi da seguinte forma:
"Sobre a sua afirmação de que 'se o PMDB deixa o governo ele vira oposição, ou seja, perde todas as vantagens de ser governo', eu te digo que não durante muito tempo. 
A oposição encorpada pela adesão do PMDB, constituindo maioria, encheria a pauta do Congresso de CPIs, boicotaria e sabotaria todos os nossos projetos e, associada aos seus aliados na imprensa, no Ministério Público e no STF, inviabilizaria o nosso governo e o levaria a um tal grau de desgaste perante a opinião pública que ele acabaria sendo interrompido ou por um impeachment ou por uma derrota eleitoral. 

Aí a oposição voltaria ao governo tendo o PMDB em sua base de apoio. 

Quem é que perderia com isso? 

Só o PT? 

Não. 

Perderia a classe trabalhadora, que veria todos os avanços obtidos pelo PT, com o apoio do PMDB, na última década, irem pelo ralo."
Mais adiante, você diz:
"É um equívoco colossal o PT rifar estados como parte da negociação, que deveria se dar em termos nacionais (nos estados em que houver afinidade, ótimo, pode espelhar a coalizão nacional, mas onde não houver, que estejam de lados opostos, oras!)." (Guilherme Simões Reis)
O que determina os termos de qualquer acordo é o poder de barganha de cada negociador. O PT tem a presidência da república, mas um presidente não governa se não tiver o apoio da maioria do parlamento.

O parlamento é fragmentado em várias bancadas proporcionalmente pequenas. A maior é a do PT, com 17% dos deputados. A segunda maior é a do PMDB, com 14%. Os dois partidos formam o núcleo de uma maioria que inclui uma série de outras bancadas de legendas ainda menores.

PT e PMDB sabem que o governo petista não sobrevive a um ano de gestão com minoria no Congresso. Sabem que a ajuda do PMDB é importante e eu diria até vital, dado o tamanho modestíssimo de nossa bancada, não obstante ser ela a maior.

Em termos de representação política no Parlamento, PT e PMDB se equivalem, não dá pro PT agir numa negociação como se tivesse capital político muito maior, porque não tem, e ia acabar dando com os burros n'água. Ninguém faz acordos bons superestimando a própria condição e subestimando o que o interlocutor pode oferecer.


Ricardo Quiroga Vinhas


Aqui, ao contrário de você, ninguém desqualifica o outro por defender a aliança.

O que criticamos claramente é o aliancismo cego e um governismo pitbull que manipula falas e traz um maniqueísmo digno do "Brasil: ame-o ou deixe-o".

Pmdb virou um partido heróico, necessário, aliado de classe.

As políticas boas desse governo são nossas! !

O fato de o pmdb apoiar ou não se opor nao as torna dele.

Quando o interesse dele foi afetado, fomos derrotados.

Eu vejo aqui se falar tanto nos presos da AP 470 e nenhuma solidariedade do pmdb.

Pelo contrário, Henrique Alves ajudou a enterrar genoino.

Tem mais: cem atos de bondade não escondem um crime.

Vejo que se foge do debate da corrupção e exterminio praticados por cabral e sarney.

Essas políticas destroem aquilo que construímos.

Ou seja a aliança nesses estados é contraproducente inclusive nacionalmente.

Tem gente que se sente confortável ao lado de assassinos, torturadores e ladrões. Eu não.



14/1/2014


Eu


Primeiro, Ricardo Quiroga Vinhas, eu não desqualifiquei ninguém. Segundo, defendo a aliança com o PMDB com argumentos lógicos, baseados em premissas factuais que você em nenhum momento contestou. Aliás, nenhum dos meus argumentos foi analisado por você. Ao invés de criticá-los, como seria natural num debate de ideias, você me critica, como se isso fosse abalar o valor do que tenho dito. Você finge, por conveniência, não ouvir o que eu digo. Mas eu não vou ter contigo essa desconsideração. Vamos lá.

Eu nunca disse que o PMDB é um partido heroico e um aliado de classe. Desafio você a mostrar onde isso está escrito. Mas eu disse, sim, que a aliança com o PMDB é necessária, e isso os números da composição do Congresso provam.

As políticas boas desse governo são de fato nossas. Mas nós não temos votos suficientes para sozinhos, ou contando apenas com os aliados de esquerda, aprová-las no parlamento. Aliás, nós não teríamos sequer chance de dar entrada com esses projetos na Câmara, se Lula tivesse sofrido o impeachment em seu primeiro mandato.

Não sei se você lembra, mas em 2005, quando até dentro do PT Lula apanhava, e já faziam no Congresso, campanha pelo seu impeachment, Sarney foi à tribuna do senado e fez uma defesa enfática do mandato do presidente, afirmando a convicção que tinha de sua inocência.

Eu acho que preciso lembrar a você, Quiroga, que o vice-presidente da república é do PMDB. Isto significa que, queira você ou não admitir, o governo do PT é também do PMDB. Do PMDB e de todos os demais partidos que fazem parte da coalizão governista.

É lógico que o PMDB não vota tudo conosco. É evidente que em muitos casos nossos interesses são conflitantes, quem disse o contrário? Mas nem sempre há conflito de interesses. E é esse mesmo o espírito dos governos de coalizão. Unir partidos diferentes para a realização de um programa de governo composto por projetos que sejam do interesse de todos.

Não sei se você sabe, mas, ainda em 2003, foi aprovada no Senado a Lei do Bolsa Família. E você sabe quem era o relator do projeto de lei? Renan Calheiros. E olha que nessa época o PMDB ainda estava fora do governo, divido entre uma ala governista e uma ala oposicionista. Calheiros já era governista, e ajudou a aprovar um projeto pelo qual se entusiasmou e que se tornou uma das maiores marcas do governo petista.

Acho que você também ainda não entendeu é que uma coalizão de governo é feita prá governar, não prá tratar de temas que são alheios ao governo. A batalha pela anulação do julgamento da AP-470 não se dá no parlamento, se dá no judiciário. O acordo do PT com o PMDB é pra eleger Dilma e dar suporte ao seu governo. Apenas isso. Governos estaduais excepcionalmente, são incluídos na negociação. Mas não há nenhuma previsão de que eles tenham que prestar socorro a lideranças nossas que estejam com problemas que não tenham relação com o nosso pacto pela governabilidade.

Em 2005, quando começou uma campanha no Congresso pelo impeachment de Lula, Sarney e Calheiros se posicionaram firmemente a favor do presidente. Isso não é conto. É História.

Eu não fujo do debate sobre a corrupção. Mas se tem alguma coisa que aprendi na política é que o debate sobre a corrupção costuma ser o refúgio predileto de quem não quer se comprometer enfrentando outros debates. O discurso moralista e de criminalização de adversários, é um discurso fácil, de apelo quase sempre emocional, que não exige muita reflexão nem de quem fala, nem de quem ouve.

Lamento se você se sente desconfortável apoiando Dilma, Ricardo, já que segundo você ela e Lula andam cercados de criminosos. Lamento, mas eu estou mais preocupado com o conforto dos milhões de brasileiros que precisam e têm, cada vez mais, podido contar com o nosso governo para verem reconhecidos e garantidos os seus direitos. Se você se envergonha dos governos Lula e Dilma, é porque não compreende a importância do que eles realizaram para o povo brasileiro, especialmente para os milhões de trabalhadores que até pouco tempo viviam na miséria. Eu tenho orgulho dos nossos governos, porque percebo e vejo o mundo todo também reconhecer o bem que eles fizeram pelo Brasil.

Nós não vivemos num mundo de santos. O PT não é um partido de santos. Não me julgo superior aos criminosos, nem duvido da existência do germe do bem e do amor no coração de todos eles. Nenhum criminoso é incapaz de fazer coisas boas. Se há na política ladrões e homicidas que não foram julgados e condenados pela justiça; se eles querem ajudar um governo a proporcionar uma vida melhor ao seu povo; e se essa ajuda é necessária para vencer a resistência das forças do egoísmo e do conservadorismo na sociedade; porque devemos negá-la, renunciando à possibilidade de realizar o nosso justo desejo de levar democracia e justiça social a cada canto desse imenso país? Nós já temos feito tanta coisa, contando com gente de todo tipo. Vamos dar valor ao que já conquistamos, Ricardo, e deixemos de farisaísmo.


Marcos Zarahi


Bravo, Quiroga !!


Ricardo Quiroga Vinhas


Aliança é reciprocidade. Cedemos e cedem. Damos apoio e dão apoio.

Entretanto, cada vez se vê mais o ataque ao PT, ao governo, chantagens e picaretagens e nós temos que responder por elas.

Quem enterrou a bandeira mais cara do PT dos últimos tempos?

Quem sabota as votações do governo na Câmara?

Quem ajudou a enterrar Genoino?

Quem está construindo a oposição na Bahia?

O que vemos é que quando são projetos ideológicos nossos, o outro lado não cede.

Isso não é aliança, é submissão.

O tal apoio do SArney foi retribuído ao longo dos últimos anos a ponto de anular o PT do Maranhão.

Já foi pago com juros estratosféricos.

Agora, como foi dito o que importa é a estratégia nacional.

E ela depende de palanques fortes nos estados e deixar para trás as bolas de ferro que nos prendem.

Eu vejo da parte dos aliancistas cegos, uma intolerância sectária em relação a críticas muitas vezes pertinentes dentro do PT a posições do partido e do governo.

Mas quando somos criticados da mesma forma ou até de modo mais duro e injusto por aliados, principalmente do PMDB, é um silêncio estrondoso!

É a crítica que não ousa dizer seu nome!

Não pode falar mal.

Não pode propor alternativas e lutar por elas.

É o silêncio em nome da aliança nacional.

Fecha-se os olhos, pensa-se em como o Sarney é um homem histórico e Cabral é um grande aliado e assim esquecemos os decapitados, os Amarildos, as filas dos hospitais, a miséria e o analfabetismo funcional frutos das políticas dos grupos políticos que compõem acritica e impunemente nossa coalizão.


Eu


Cego eu não sou. Leio tudo o que você escreve e sobre isso respondo. Quem parece estar mal da vista é você que não comenta uma linha do que eu escrevo, quanto mais um parágrafo.

Aliás no primeiro parágrafo do meu comentário, dois posts acima, eu falei sobre esse negócio de me chamar de "aliancista cego". Reproduzo abaixo:
"(...) defendo a aliança com o PMDB com argumentos lógicos, baseados em premissas factuais que você em nenhum momento contestou. Aliás, nenhum dos meus argumentos foi analisado por você. Ao invés de criticá-los, como seria natural num debate de ideias, você me critica, como se isso fosse abalar o valor do que tenho dito. Você finge, por conveniência, não ouvir o que eu digo."
Ontem, eu já havia comentado este mesmo tema. Disse então:
"Se o PMDB não estivesse conosco, o nosso governo já teria caído há muito tempo. A aliança não é às cegas, muito pelo contrário, todos os que a apoiam sabem muito bem o que está em jogo e o que pretendem com ela."
Mas você não comentou o que eu disse. Suponho que não tenha visto. Será cegueira?


Eu 

"Eu vejo da parte dos aliancistas cegos, uma intolerância sectária em relação a críticas muitas vezes pertinentes dentro do PT a posições do partido e do governo. Mas quando somos criticados da mesma forma ou até de modo mais duro e injusto por aliados, principalmente do PMDB, é um silêncio estrondoso!" (Ricardo Quiroga Vinhas)
Não sou intolerante a críticas ao governo e ao partido.

Sou intolerante a campanhas oposicionistas ao governo e ao partido, dentro do partido.

Não vá me dizer que você não sabe a diferença?

Se tivesse gente do PMDB aqui fazendo campanha contra o PT, Lula e Dilma, eu responderia.

Mas aqui eu presumo que só haja petistas.

Às vezes até desconfio que um ou outro não seja.

Mas aí é outra conversa.

Agora, não resta a menor dúvida, de que é mais natural um cara filiado ao PMDB fazer campanha contra Lula, Dilma e o PT, do que um cara filiado ao PT fazer campanha contra Lula, Dilma e o PT.

Prá mim, quem faz campanha contra o PT não é petista.


Ricardo Quiroga Vinhas


Para mim quem tolera e justifica o pmdb tampouco é petista.

Como eu disse não vejo uma linha sua discutindo os problemas da aliança e defendendo o partido e o governo dos ataques grotescos do pmdb.

Aliás, você é mais realista que o rei.

O próprio Lula faz autocríticas mais duras.

Portanto, há um aliancismo cego.

E não me venha com a tática vejiana de ignorar o que falamos.

Seus argumentos são rebatidos claramente.

A questão é que você não concorda, o que é seu direito.

Entretanto, desqualifica as discordâncias e tenta autoritariamente interditar o debate com a acusação ridícula de que quem diverge da sua linha é oposição ao governo e ao PT.

Não vejo qualquer autoridade ou legitimidade em você para fazer uma afirmação leviana desse tipo.

Esse é um partido de massas e tendências que historicamente tem altas divergências internas.

Quem participou do PED e está no dia a dia do partido vê isso.

Se quer um partido com pensamento único então funde o seu próprio, porque essa não é a tradição da esquerda.


Eu


Eu não justifico nada, Ricardo Quiroga Vinhas. As justificativas para a manutenção da aliança do PT com o PMDB, falam por si mesmas, e não são nada além do que os resultados alcançados, com ela, pelos governos Lula e Dilma.

Se há gente no PT que desaprova esses nossos governos, a maioria do povo brasileiro e a maioria dos filiados do PT aprova, tanto que Dilma é favorita à reeleição e há um grande entusiasmo dentro do partido para fazer sua campanha.

Vamos fazer algumas definições prá tentar deixar a coisa clara.

O petista de verdade tem concordância com a essência e com a maior parte das ações do partido. Suas críticas são pontuais.

O falso petista, ao contrário, discorda da essência e da maior parte das ações do partido. Suas críticas são totais.

O que eu mais vejo por aqui, não são críticas pontuais, são críticas totais às ações do PT e do seu governo. E críticas que são feitas com uma frequência e uma intensidade tais, que acabam, no fim das contas, assumindo o claro sentido de uma verdadeira campanha oposicionista. É contra isso que me oponho.

Me parece estranho que na comunidade oficial de uma partido político, haja um empenho e uma dedicação maior em mostrar aos visitantes o que o partido, supostamente, faz de errado, do que o que o partido, comprovadamente, faz de certo. Ao invés de preparar esses visitantes para serem defensores do partido na sociedade, investe-se na preparação de militantes oposicionistas ao próprio PT e ao seu governo.

A atmosfera oposicionista aqui é tão grande, que alguns infiltrados sentem-se à vontade até para fazer campanha aberta para o PSDB. E quando se vê que um dos adeptos da crítica total é um ex-presidente de zonal e membro em exercício de um diretório municipal do partido, aí é que a coisa fica mais estranha ainda.



15/1/2014


Ricardo Quiroga Vinhas


Estranho é um tão ardoroso militante internético jamais combater a direita publicamente, nem aqui no mundo virtual nem no mundo real. Não participar de qualquer fórum do PT seja virtual (além deste aqui), seja real. Não estar nas ruas, nas atividades partidárias, nada. Sua única atividade é ser mais aliancista e mais acrítico que o próprio Lula que ano passado foi duro com o partido. E quero que aponte quem faz campanha do PSDB e é adepto da crítica total. E o faça com muito cuidado, porque acusações levianas e mentirosas terão as respostas políticas à altura.


Eu


Nossa, que medo!!! (rsrsrs)

Olha, dizer que Lula e Dilma não fizeram nada em seus governos, que tudo de bom que existe hoje no país é obra de FHC, prá mim, é campanha tucana. E isso é o que tem dito Marcos Zarahi.

Sobre você, eu nunca vi uma postagem sua aqui com um conteúdo que não fosse de crítica ao PT e ao nosso governo. Se houve, foi exceção. E se achar que eu estou errado, por favor, mostre postagens suas falando de algo positivo do PT e dos governos Lula e Dilma. Eu agradeceria muito se me corrigisse, caso eu esteja realmente com uma percepção errada.

Não vou responder às suas observações sobre mim, porque sei que são uma forma de tentar mudar o foco da discussão. Não caio nessa. Se quiser abrimos um tópico prá falar de formas de militância política e um outro prá fazer um balanço da situação do 1º Diretório Zonal, ao fim da sua gestão.

Mas aqui o tema é outro, e eu até entendo a sua tentativa de mudar de assunto. Parece que você está, mesmo, com alguma dificuldade prá sustentar a sua tese. Calma, não se desespere. Mudar de opinião pode ser a saída e não mata ninguém. É só ter um pouco de humildade que não dói nenhum pouco.


Ricardo Quiroga Vinhas


Já entendi, aqui só cabe discutir a militância de todos menos a sua. Isso sim é tergiversar, como tem feito quando demonstramos a política nefasta do PMDB. Mas para você, os decapitados do Maranhão e os Amarildos do Rio são um detalhe menor. Tanto é que foge do tema como o diabo da cruz. Não tenho nada a ver com Zarahi, mas estou curioso para ver onde ele diz que o que temos de bom herdamos do FHC. E também estou para ver seu debate defendendo o PT em outras esferas que não aqui.


Ricardo Quiroga Vinhas


Quanto ao que eu posto, porque você não checa minha página pessoal, onde debato publicamente, não escondido no fórum apenas da Zonal. É mole dizer que defende o PT por aqui. Talvez para não se queimar com amigos coxinhas ou potenciais empregadores, sei lá né. Como eu disse, eu atuo na rua desde 1989, defendendo o partido. Com maior envolvimento partidário desde 1998 e com bastante força em 2002, 2004, 2006, 2008, 2010 e 2012. São embates violentos com a direita e a dita extrema-esquerda. Nunca vi você em qualquer lugar. Aliás, não é à toa que nenhum militante desta área conhece você. E não adianta falar de rede ou que quer que seja. Aqui todos conhecemos os blogueros sujos, militantes virtuais que defendem abertamente o PT. E nenhum deles conhece você.


Ricardo Quiroga Vinhas


Por outro lado, minhas últimas postagens foram criticando o PMDB e a submissão a este, que você defende com afinco. Como eu disse, o governismo cego e virtual é tão absurdo que não permite criticar o "aliado" que nos sabota.


Eu


O que eu disse:
"O Minha Casa, Minha Vida só existe porque o PT teve a ajuda do PMDB para realizá-lo. Seríamos mais "esquerda" se tivéssemos deixado de dar moradia a mais de 7 milhões de trabalhadores?"
O que respondeu Marcos Zarahi:
"Portanto, com ou sem o PMDB tudo isso estava na pauta de realizações deste decênio, qualquer que fosse o governo".
E, mais adiante:
"Silvio, veja bem, quando afirmo que algumas questões estavam pra ser realizadas é porque o pensamento que o CNB tem sobre políticas públicas e suas idéias neodesenvolvimentistas de direita são as mesmas do PSDB.

Quando afirmo que os govs. Lula e Dilma são continuidades do modelo FHC, falo muito sério.

O PT, controlado pelo CNB, é a outra face da mesma moeda que é o modelo neoliberal estruturado pelo FHC... Tem mais linhas de continuidades do que rupturas e inovações.

Pra dizer ainda mais a verdade, o Bolsa Família é do FHC..."
Ou seja, desde 2003 o Brasil vive o melhor momento de sua história no campo econômico e social, e isto não tem nada a haver com o PT, aconteceria de qualquer maneira, com qualquer um que entrasse no governo, porque tudo foi deixado pronto e encaminhado pelo FHC.

Ora, esse é o discurso tucano há muitos anos, desde que as pesquisas de opinião começaram a apresentar altos índices de aprovação ao governo Lula e desde que o PT começou a conseguir uma reeleição atrás da outra. E esse é o discurso do Marcos Zarahi.

E quais são as únicas conclusões lógicas que se pode extrair desse discurso? Simples. Não precisava eleger Lula e Dilma. Serra e Alckmin fariam o mesmo que eles fizeram e até melhor, já que os tucanos foram os verdadeiros autores da obra. Seria mais justo, por isso mesmo, que eles mesmos colhessem os frutos do que plantaram.

É isso que estamos vendo ser pregado na comunidade oficial do 1º Diretório Zonal do PT. Uma tese tucana.


Eu 

"Já entendi, aqui só cabe discutir a militância de todos menos a sua. Isso sim é tergiversar, como tem feito quando demonstramos a política nefasta do PMDB." ( Ricardo Quiroga Vinhas)
De todos, não. Dos dirigentes. Se você conhecesse o estatuto do PT saberia que dirigentes e não-dirigentes têm atribuições e níveis de responsabilidade diferente. Como em qualquer organização, aliás.

O dirigente partidário não tem que cumprir só com os deveres dos filados em geral, constantes do estatuto. É responsável também pelo cumprimento das atribuições do diretório do qual é membro, perante as instâncias superiores e, principalmente, perante os filiados de sua base, já que muitas dessas atribuições dizem respeito à garantia de direitos deles, previstos no estatuto.

Já os filiados de base, que não são dirigentes, têm, de fato, como um dos deveres, "participar das atividades do Partido". Mas, ao lado disso, têm, como direito, "ser tratado de forma respeitosa, sem distinção do grau de disponibilidade militante".

Você foi presidente do 1º Diretório Zonal, é membro agora do Diretório Municipal, mas demonstra que ignora tudo isso. Tá precisando ler o Estatuto.

Passando ao outro ponto. O que vejo ser apontada, aqui, como nefasta, não é a política do PMDB, é a política de alianças do PT, não vamos distorcer as coisas.

O que o PMDB representa na política brasileira, todos sabem. Falar sobre isso, ainda mais aqui, numa comunidade petista, é chover no molhado. Por isso não me dedico a isso. Acho que é subestimar demais a inteligência das pessoas.

Além disso, já tem gente fazendo esse trabalho, prefiro me ocupar com outros, como o debate sobre a política de alianças do PT, este sim, carente de um tratamento mais racional do que tem tido na maioria das postagens que vejo.

Tenho um ponto de vista diverso do que tem sido defendido aqui, na maioria dos posts, e tento, na medida do possível, contribuir para enriquecer a reflexão dos que nos leem.


Eu


Ricardo Quiroga Vinhas. Você continua sem entender a importância da internet para a atividade política, nos dias de hoje.

Como presidente do 1º Diretório Zonal, você nunca tomou a iniciativa de criar uma página do diretório no Facebook.

Quando eu criei esta, você desaprovou dizendo que precisava passar por um processo de discussão que só podia ser feito presencialmente.

Eu disse que você estava complicando e, ante a sua intransigência, decidi e declarei que ia manter esta página como uma comunidade de base, sem vínculo o diretório, e que iria lutar até à ultima instância do partido, para fazer valer o meu direito, enquanto filiado de base, de me comunicar com outros filiados através da internet.

Só depois houve uma reunião presencial do diretório, em que se discutiu essa questão, em que foi votada e aprovada a proposta de transformação da minha comunidade de base, em comunidade oficial do 1º Diretório Zonal, no Facebook.

Você, parece que foi voto vencido, acatou a decisão tomada, mas só formalmente, porque nunca investiu de fato na transformação desta página num instrumento de trabalho político do diretório junto a sua base de filiados.

Aliás, quanto mais você fala, mais eu me convenço de que você não tem a menor ideia do que seja trabalho de base num partido político.

Parece que você acha que é só participar de uma reunião do diretório por mês e de campanhas políticas eleitorais e gerais.

Procurar os filiados da base do partido, nem pensar.

Um balanço da situação da zonal no final da sua gestão, poderia mostrar o resultado desse seu conceito de trabalho de base.

Eu não me escondo aqui, Ricardo.

Eu privilegio o trabalho político com este grupo de pessoas que está aqui, que, em tese, é filiado ao PT e reside nos bairros das zonas centro e sul do Rio, que é o espaço geográfico correspondente ao 1º Diretório Zonal.

Entenda uma coisa. Eu quero organizar e mobilizar a base do partido - disse isso a você desde a primeira vez que conversamos - e tenho a internet como o mais importante instrumento para fazer isso.

Aliás a internet é o melhor meio que existe para um diretório zonal cumprir parte significativa de suas atribuições, como por exemplo o provimento de informação e formação política aos filiados. É uma pena que você, sendo dirigente do partido, não compreenda isso.

Você expôs um currículo seu como militante de base, e eu o parabenizo por ele, embora você mesmo destaque que atuou mais nas ruas durante as campanhas eleitorais. Para um militante de base está muito bom. Mas, para um dirigente é pouco.

Não se constrói um partido só participando de campanhas eleitorais ou mesmo de reuniões presenciais mensais de diretório, que a maioria dos filiados não sabe que existem, nem prá que servem.

Eu cheguei na zonal perguntando se você tinha uma listagem com dados para contato com os filiados da zonal, lembra disso? E você me surpreendeu dizendo que não tinha. Me surpreendeu, não, me assustou.

Eu queria ir com você, e com outros companheiros, à casa de cada um dos filiados da lista, prá confirmar endereço, pegar telefone, email, Facebook, Twitter, tudo que pudesse servir para criar uma rede interna de comunicação no diretório. Mas, como fazer isso, se o presidente do diretório não tem uma lista com pelo menos o endereço de cada filiado? Na época, eu pensei comigo: "como ele faz trabalho de base?". E logo concluí o óbvio: não faz.

Tem muito filiado fora da zonal porque nunca foi procurado por você, nem por ninguém do 1º Diretório Zonal. Não houve na sua gestão trabalho de base organizativo nenhum. Uma das atribuições do diretório zonal é manter atualizado o cadastro de filiados, e isso nunca foi feito, o cadastro da zonal tá uma zona.

Quanto ao fato de as pessoas não me conhecerem, digamos presencialmente, acho que você não deveria se afligir tanto com isso, porque isso não é importante. Eu não sou candidato a nada. Por ora contribuo com o partido, com minhas reflexões e propostas, apresentadas por escrito, que é a maneira em que me expresso melhor e é também, sem dúvida nenhuma, o melhor modo de fazer um registro permanente dessas ideias, facilitando o acesso do maior número possível de pessoas a elas e dificultando ao mesmo tempo distorções, supressões ou acréscimos indevidos.

Mas estou pronto prá ajudar também no trabalho de base, que tenho proposto - até agora, sem nenhum retorno. Tenho esperança de que a Claudia Le Cocq Beatriz adote um modelo de gestão do diretório que rompa a inércia da paralisia que o domina hoje, evoluindo da espera passiva pelo filiado de base para a ida constante ao seu encontro, onde ele estiver. Essa é a atitude que caracteriza um diretório realmente militante. E, nesse trabalho, espero poder também ser útil ao partido, enquanto conheço, presencialmente, muitas companheiras e muitos companheiros.


Ricardo Quiroga Vinhas


Repete o mesmo blablabla de quem desconhece a realidade do partido, se esconde atrás do biombo, fala do que não sabe e em nada contribui para o partido. Eu sei o que atinge sua vaidade. É que o que você diz não tem a menor repercussão. É olimpicamente ignorado. E não porque esteja certo ou errado, mas porque é de uma arrogância ímpar ao tratar os demais. Mente, manipula a fala alheia, desrespeita os demais. Trata tudo de modo maniqueísta e, o pior, é tão autoritário que tenta impor suas idéias, interditar o debate e censurar os demais.

Por outro lado, eu entendo porque você não quer participar de nenhuma atividade presencial, seja reunião, campanha, debate, etc. Ao vivo, não dá para ser arrogante, tem que olhar no olho dos outros e precisa de coragem e estofo para peitar a direita. Por isso, eu disse: ninguém o conhece, salvo eu, e posso dizer que, ao vivo, aconteceu exatamente do modo como descrevo: você foi bem mais humilde, educado e se propôs a ir a reuniões.

Entretanto, a distância garantida pela tela do computador e a Internet que permite escrever o que se quiser impunemente. Aí a pessoa pode ser radical virtualmente e ao vivo ser pelego, coxinha ou de direita. Quem sabe né? Afinal segundo suas palavras, ao vivo, você se afastou do partido por vários anos (daí meu currículo e questionamento), demonstrando que nesse tempo a preocupação com este e com o governo era mínima. Ou seja, na hora dos grandes embates você estava fora tanto do mundo real quanto do virtual. Seu direito obviamente, mas é bom que os demais saibam (se é que alguém vai ler tudo isso) e assim possam avaliar seu súbito governismo radical e sua crítica exacerbada a dirigentes (menos alguns da CNB ao que parece) considerando seu "curriculo militante" prévio.


Eu


Bem... o que dizer senão: que nível!!! E olha que é membro do Diretório Municipal. Eu espero que o nível dos demais seja mais alto. Pro bem do PT do Rio. Não vou responder porque estou aqui prá tratar de política, não prá revidar insultos, bater boca com gente sem educação. Isso aqui é PT, não é o boteco da esquina. É muita baixaria. Ainda bem que o 1º Diretório tem uma nova direção.


Ricardo Quiroga Vinhas


Boa fuga. A sua recusa em responder já é uma grande resposta. Sua tentativa infantil de me criticar e provocar também é reveladora.


Eu


Suas postagens acabam de receber um selo de qualidade, Ricardo Quiroga. Foram curtidas por Marcos Zarahi. Precisa dizer mais alguma coisa? Tem tudo a haver. rsrsrsrsrsrs


Ricardo Quiroga Vinhas


Essa é sua melhor resposta? Como disse, as provocações toscas e infantis apenas revelam que foge dos fatos apontados. No mundo virtual é leão que ruge. Na vida real é o gato que mia. Enfim, ficam claras as múltiplas faces e o oportunismo de quem não milita nem defende o partido e o governo na prática.


Eu


O que você faria se eu dissesse o que digo aqui a você pessoalmente? Me agrediria fisicamente? É isso? Quer dizer que é assim que você tenta ganhar as disputas política? No grito e na porrada?

Ora, Ricardo Quiroga, não seja ridículo. quanto mais fala é você que está se revelando. E o que se vê, cada vez mais, é que você é um dirigente que não está mesmo à altura do PT.

Eu nunca tentei me impor, aqui e em nenhum lugar, no grito, pela cara feia, pela força da voz ou pela força dos punhos. Não rebaixo a política recorrendo a estes meios. Valho-me apenas da força da razão e da palavra, que são os únicos recursos legítimos numa democracia.

Gosto de me expressar por escrito, exatamente prá evitar que minhas palavras sejam distorcidas, que ao meu discurso acrescentem coisas que não digo ou que suprimam o que digo.

E eu tenho a mais absoluta certeza, de que os companheiros e as companheiras que, de boa fé, nos leem, hão de ser testemunhas, de que não há uma linha sequer de minhas postagens, dirigidas a você, que não seja de natureza estritamente política.

Faço críticas à sua atuação como dirigente partidário, sim, e de forma direta, qual é o problema? Dirigente não pode ser cobrado, criticado, por sua base? Onde é que isso está escrito? Quer saber? Eu digo. Está escrito na sua cabeça e em nenhum outro lugar.

Você não admite críticas. É um dirigente extremamente imaturo e autoritário, que toma por agressão pessoal qualquer crítica que se faça ao seu desempenho. Aí eu pergunto aos que nos leem e peço que pensem: como pode haver democracia partidária com dirigentes que não admitem ser criticados?

Não posso deixar de dizer que desconfio de uma outra razão prá esses seus melindres. Já disse isso antes, aqui mesmo neste tópico. Seria, penso eu, uma forma de você fugir de um debate político em que se sente em desvantagem. A pose de valentão, seria uma forma de tentar passar à platéia a impressão de força, dissimulando a fragilidade dos seus recursos argumentativos, ou, quem sabe até, uma forma de tentar intimidar o interlocutor inconveniente.

Posso estar errado, sendo ingênuo, mas não acredito estar aqui lidando com bandidos. E não sou bandido. Tomo seus convites prá porrada por bravatas de garoto bobo ou mesmo como truque retórico primário prá fugir da discussão política. E vou seguir o trabalho que tenho feito nesta comunidade, mantendo o mesmo padrão de atuação.

Sou criticado, por você e seus aliados, porque defendo a política de alianças do PT e as realizações que ela tornou possíveis ao nosso governo. Mas sou criticado, por você e seus aliados, também, por ser crítico da sua atuação enquanto presidente do 1º Diretório Zonal. Podem me criticar, não me ofendo. Não me ofendo nem quando tentam me atingir pessoalmente, porque isso mais demonstra que estou certo. A tentativa de desqualificar o crítico, sem analisar a critica que ele faz, demonstra que a critica tem fundamento. Não sendo possível desqualificá-la, tenta-se desqualificar quem a vocaliza. Tática de evasão típica de maus debatedores.

Por fim, quero dizer que acabo de entender o porque de tanta gente ir a algumas reuniões do diretório zonal e nunca mais voltar, reduzindo-se o número de presentes a meia dúzia, se tanto, de participantes. As razões são as mesmas que afastam as pessoas das reuniões de condomínio: falta de objetividade, confusão e baixaria. E quando o síndico é o primeiro a agir como um boçal, é hora mesmo de ir prá casa e cuidar da vida. E é assim que o partido se esvazia.


Ricardo Quiroga Vinhas


Onde eu te convidei pra porrada? Você ou é um mau caráter ou um mentiroso patológico. Isso apenas demonstra que mente e manipula para impedir o debate. Tenta justificar sua omissão e ausência do partido com blablabla. Felizmente a direção atual da zonal e os militantes já perceberam quem você é. Tenho dúvidas de a quem representa. Logo lembro de 64.


Ricardo Quiroga Vinhas


E é risível dizer que chamei alguém pra porrada. Como eu disse a covardia que faz com que não participe de atividades publicas do partido faz com que desconheça as pessoas e aí acha que pode traçar perfis via Internet. Não preciso me justificar para fanfarroes, meros filiados cartoriais, sem qualquer compromisso com nosso projeto. Quem conhece e acompanha minha trajetória sabe quem sou, o que faço e minhas posições.



16/1/2014


Eu 

"Por outro lado, eu entendo porque você não quer participar de nenhuma atividade presencial, seja reunião, campanha, debate, etc. Ao vivo, não dá para ser arrogante, tem que olhar no olho dos outros e precisa de coragem e estofo para peitar a direita." (Ricardo Quiroga Vinhas)
"Sua tentativa infantil de me criticar e provocar também é reveladora." (Ricardo Quiroga Vinhas)
"No mundo virtual é leão que ruge. Na vida real é o gato que mia." (Ricardo Quiroga Vinhas)
Você acha uma infantilidade absurda e uma provocação descabida eu fazer críticas ao teu desempenho como dirigente. E diz claramente que eu não vou às reuniões do diretório porque sou um covarde que não tem coragem de te fazer pessoalmente as críticas que faço aqui.

A pegunta que eu faço é a seguinte. Do que exatamente eu deveria ter medo? De ouvir uma resposta sua verbalizada? Ora, mas isso você também pode fazer aqui e faz. Por que eu deveria ter medo de fazer críticas a você na reunião do diretório?

Perguntei no post anterior e você não respondeu. O que você faria se eu dissesse o que digo aqui a você pessoalmente? Se não for uma agressão física, o que seria, então?

Você diz que aqui eu sou um leão que ruge mas que frente a frente contigo eu devo miar. Em que mundo você vive? Que sentido você acha que uma afirmação dessas tem numa sociedade machista, senão o de um desafio para a briga física? Eu deveria ir a uma reunião do diretório e rugir na sua cara prá você me respeitar? É isso?

O seu nível é esse, Ricardo. Fraco e baixo. O PT não merece ter um dirigente como você. O que eu disse está escrito. O que você disse está escrito. Quem quiser leia e tire suas próprias conclusões. Não vou mais ajudar a prolongar o seu showzinho de mal gosto.


Ricardo Quiroga Vinhas


No seu mundo tacanho, isso significa peitar.

No meu e dos demais, significa ter que olhar a pessoa e falar as besteiras que diz aqui sem intervalos longos, .

Dizer e ouvir as respostas, tendo que atura-las, não podendo tumultuar o debate nem trollar.

Participar de um debate real, sem poder fugir e manipular.

A questão do medo quem tem que responder não sou eu mas voce: porque depois de dizer que iria às reuniões, sumiu, nunca aceitou o convite para nenhuma?

Porque não apareceu em nenhuma atividade partidaria desde então?

Não falo da Zonal, falo do partido.

Eu não disse que voce precisa miar na minha frente, eu afirmo que foi assim que que se comportou na unica vez que o vi pessoalmente: bem mais humilde, respeitoso, de tom baixo, reconhecendo sua ausencia do partido e desconhecimento deste.

Ate brincou com o tempo em que esteve afastado do partido, mencionando a Convergencia Socialista (que não existe ha pelo menos 20 anos).

Portanto, aqui vemos sua agressividade, desrespeito, ofensas, autoritarismo, tentativa de censurar.

Ao vivo, outro papo beeeem mais tranquilo.

Lembra bastante a musica Bicho Feroz do saudoso Bezerra da Silva.

Com a direita então, nem se fala.

Se dirigisse a verborragia e agressividade que vejo aqui contra a direita, seria um valoroso companheiro.

Enretanto, não se ve isso.

Alias, estranhamente não participa de nenhuma comunidade ou grupo do PT aqui no Facebook.

Agora, que os demais companheiros analisem suas palavras e praticas, sempre alertados, obviamente, que ate o inicio deste ano nunca foi visto por ninguem, não participava de nada do partido no mundo virtual, ao vivo, sequer das camapnahs para prefeito, presidencial, etc e subitamente caiu de para-quedas, se escondendo atras da tela do computador para dizer o que quer, mas sem assumir qualquer compromisso ou responsabilidade.

A mascara dos Black Blocks, criticada por varios, aqui assume o carater internetico.

Como eu disse, quando vejo gente mais realista que o rei, que entretanto foge do combate real ao verdadeiro inimigo, logo lembro de alguns marinheiros de 64.


Ricardo Quiroga Vinhas


Bem, agora espero nem continuar mais aqui, porque não se deve alimentar os trolls, especialmente porque querem tumultuar a Zonal.


Eu


Olha, tá na cara que você quer me desqualificar porque não conseguiu desqualificar as minhas ideais. Mas elas estão aí registradas e vou continuar a defendê-las goste você ou não.

Não vou descer ao seu nível baixo. Você não quer debate sério, você quer bate boca, confusão, claque fazendo barulho. Essa não é a minha.

Quanto a dizer que eu banco o radical e à insinuação de que eu devo ser um Cabo Anselmo, chega a ser constrangedor ouvir um negócio desses de um dirigente do PT. Porque são afirmações que revelam um baixíssimo grau de racionalidade e coerência.

Você me critica o tempo todo por eu defender a política moderada do PT. E agora diz que eu quero bancar o radical. Afinal o que eu sou prá você, um radical ou um moderado? Porque até agora a sua crítica tá completamente sem pé nem cabeça.

Vamos falar do Cabo Anselmo. O Cabo Anselmo se apresentou na política como um radical de esquerda, para ganhar a confiança da esquerda e servir à direita.

Eu não sou um radical, nem faço questão de aparentar isso. Tento ser um racional. O radical aqui é você, que defende a ruptura da aliança do PT com o PMDB, com o consequente isolamento político de Dilma Rousseff, e uma radicalização da postura do nosso governo em relação à burguesia, mesmo havendo evidências fartas de que não há correlação de forças favorável a isso.

Além disso, não sou eu quem vive dizendo que é valente, que participa de enfrentamentos violentíssimos com a direita. Quem conta esse tipo de vantagem aqui é você, prá tentar se valorizar.

Eu defendo ideias, não defendo a minha biografia. Trago a minha história comigo, e não sinto a necessidade de me vangloriar de nada. Exponho o que penso à crítica e se por um lado fico feliz ao perceber que meus argumentos resistem a elas, fico feliz também quando demonstram suas fragilidades e me poupam de seguir em erro, a desfilar minha ignorância.

Portanto, se tem alguém aqui cuja atitude política se assemelha à de Anselmo em 64, esse alguém não sou eu, é você mesmo, Ricardo Quiroga.

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