Falta ao PT uma direção partidária disposta a lutar.
Lula e Dilma são as duas maiores referências dos petistas, que neles depositam enorme confiança.
Mas são dois líderes que usam sua influência para manter a desmobilização da militância petista e patrocinar a rendição, sem resistência, do PT à política econômica que a burguesia financeira tem imposto ao governo.
Só vai ser possível mobilizar a militância do PT para lutar contra esta política econômica e contra qualquer tentativa de golpe, se a militância conseguir vencer a influência desmobilizadora que sofre de Lula e Dilma.
Mas para isto é preciso que haja outros líderes partidários, uma alternativa de direção para o PT que goze de confiança igual ou maior que a depositada pelos petistas em Lula e Dilma, que os confronte, que mostre os seus erros e aponte um rumo novo para o partido, animando a militância a lutar.
Nós ainda não temos esta alternativa de direção.
Mas se dela tanto precisamos, é preciso que se construam, urgentemente, as condições para a sua gestação e emergência,
E a proposta que melhor atende a esta necessidade é a que está sendo feita pela tendência Articulação de Esquerda, de realização, ainda este ano, de um Encontro Nacional Extraordinário do PT, para a eleição de um novo Diretório Nacional.
A atual direção do PT responde ao comando desmobilizador e capitulacionista de Lula e Dilma.
O PT precisa de uma nova direção que seja independente dos dois e que seja capaz de preparar e conduzir o partido no duro combate político que hoje se faz necessário.
Lula e Dilma são os líderes da conciliação e da rendição.
O PT precisa de líderes de confronto e resistência.
Enquanto não admitirmos isto, vamos continuar batendo cabeça aqui na base, sem achar uma saída para o impasse angustiante em que nos encontramos.
Queremos lutar, mas não temos um líder.
E aí não lutamos.
A realização de um Encontro Nacional Extraordinário é a única medida capaz de permitir a emergência de uma nova direção partidária, que resgate a soberania do PT como partido socialista dos trabalhadores perante o governo Dilma, e o prepare para assumir o papel de dirigente da luta das massas contra a atual política econômica, única forma de acuar as forças golpistas e terroristas da extrema direita e inibir o seu avanço.
A atual direção do PT não está sendo capaz de responder aos desafios impostos ao partido na presente conjuntura. Por isso é preciso mudar. E a mudança só será possível com a realização de um Encontro Nacional Extraordinário.
Saudações petistas.
Silvio Melgarejo
5-8-2015
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