segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Banqueiro não quer que problemas políticos comprometam seus interesses econômicos.

Trecho da entrevista de Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, ao O Globo

8-8-2015

O GLOBO - Os bancos estariam propensos a se manifestar publicamente pela união do país, como Fiesp e Firjan?

LUIZ CARLOS TRABUCO, PRESIDENTE DO BRADESCO - "O que o sistema bancário mais deseja é que o país e a economia funcionem dentro de bases sustentáveis para construirmos o longo prazo.

É evidente que a curto prazo há dificuldades, e não vamos comemorar esse PIB em recessão.

O que temos de fazer é criar as pontes necessárias entre o Estado e a sociedade para que se construa uma avenida de crescimento.

E o apoio para a convergência a uma serenidade no trato disso é muito importante.

Os problemas econômicos se resolvem, porque são matematização de certas variáveis que podem ser consertadas.

Mas os problemas políticos, não.

Eles são de ideias, de ideologia, de postura.

É uma energia usada para provocar calor, e hoje o país precisa de energia para provocar luz."

(...)

O GLOBO -  Como o senhor avalia a gestão do ministro Joaquim Levy?

LUIZ CARLOS TRABUCO, PRESIDENTE DO BRADESCO - "Em momentos de políticas de ajuste, ninguém pode ter a pretensão de ser amado, mas pode ter a pretensão de ser compreendido.

Então a compreensão é necessária.

Claro que, quando o PIB não ajuda e o ambiente político fica muito acalorado, há menor tolerância para coisas racionais que devem ser feitas.

Nesse ambiente, há uma incompreensão dos motivos que ele apresenta, que são corretos, da busca do equilíbrios dos gastos versus receitas."

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