Se houvesse um golpe hoje, não haveria reação capaz de detê-lo, porque a esquerda e as massas estão, como em 64, inteiramente desorganizadas.
Jango tinha 70% de aprovação ao seu governo quando foi deposto, muito mais do que tem Dilma hoje.
O povo não queria o golpe, mas não teve força para evitá-lo porque faltava organização que permitisse a implementação de qualquer ação coletiva realmente significativa de resistência.
A esquerda brasileira não aprendeu com seus erros do passado e, graças a isto, caminha a passos largos para mais uma derrota histórica.
Ou o golpe virá ou Dilma sangrará junto com o PT até 2018.
A não ser, é claro, que a direção do PT e sua vanguarda acordem já para a necessidade da organização e da disciplina partidária como condições para que o PT possa assumir definitivamente o papel fundamental de indutor, organizador e dirigente das mobilizações populares contra o avanço dos golpistas. Porque se esta consciência continuar nos faltando como agora, a derrota será praticamente inevitável, como foi inevitável em 64.
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