terça-feira, 24 de março de 2015

O PT e a frente de esquerda.

(Mensagem publicada na lista de e-mails do 1º Diretório Zonal, no tópico "Por que o 1º Diretório Zonal não funciona?", tratando de artigo do jornalista Rodrigo Viana intitulado "Boulos, PSOL e petistas defendem Frente Popular para barrar avanço conservador")

Companheiro O..

Uma frente política é uma construção e construções são feitas de tijolos e argamassa. Os tijolos de uma frente são as organizações (partidos e entidades) e a argamassa é o programa que as une. Por isso é importante mesmo definir o programa, como argamassa, mas é preciso não esquecer de forjar os tijolos, que são as organizações.

O debate promovido pelo PSOL tratou da necessidade da construção da frente de esquerda e do programa que unificaria os seus componentes, que, como se sabe, diferem entre si em suas substâncias, dimensões e pesos políticos.

Uma frente de organizações fracas será, inevitavelmente, uma frente fraca, por melhor que seja o seu programa.

Por isso, não há como pensar em se fazer uma frente de esquerda, capaz de vencer a crescente onda conservadora e golpista, sem a participação do PT, que é o único partido de massas do país no campo da esquerda.

Não do PT do modo que está, com 1,5 milhão de filiados dispersos e desconectados.

Mas de um PT que tenha organização, comando e disciplina para dar impulso, coesão e coordenação a estes seus 1,5 milhão de filiados, para que eles sejam uma força indutora, organizadora e dirigente das mobilizações de outros milhões de trabalhadores.

Se queremos uma frente de esquerda forte, temos que forjar um PT forte nas ruas.

Cuidemos, portanto, da frente. Mas não esqueçamos da construção do PT como seu elemento fundamental. Este é, no momento, o maior e mais importante desafio para os petistas, a sua maior responsabilidade como militantes de esquerda.

Silvio Melgarejo

24/03/2015

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