Até agora, só li e ouvi o senador fazendo críticas à política econômica do governo e apresentando propostas de alternativas para equilibrar as contas públicas. Nunca li ou ouvi nenhuma agressão ao ministro Levy, nem exagerada, nem moderada.
Quem dera que as "genis" fossem tratadas como Joaquim Levy tem sido tratado pelo senador Lindbergh, com a cordialidade e o respeito que todo ser humano merece. Geni é um personagem vítima de preconceito e as críticas do senador Lindbergh não têm nada de preconceituosas. São, ao contrário, muito bem fundamentadas, baseadas em dados oficiais e desenvolvidas dentro da mais perfeita lógica.
As manifestações de Lindbergh que eu tenho visto são todas do mais alto nível de racionalidade e civilidade que um debate político pode ter. Pena que haja só um petista fazendo o papel que ele tem desempenhado. Porque Lindbergh tem sido o único motivo de orgulho da militância petista, nestes dias em que o PT parece inteiramente dominado pelo cinismo e pela pusilanimidade
O que ajuda à oposição não é a crítica que se faz à política econômica do governo e sim o divórcio entre a presidenta Dilma e seus eleitores, provocado exatamente por esta política, cujos efeitos o povo sente na pele, não precisa de ninguém para apontar.
A baixa popularidade da presidenta não decorre apenas do noticiário negativo da imprensa de oposição. Se fosse assim, Lula não teria ascendido nas pesquisas de avaliação do seu governo no segundo semestre de 2005, em plena crise do mensalão.
O que críticos como Lindbergh fazem, é apontar os erros do governo para que estes erros, que tanto prejuízo já tem trazido para os trabalhadores e para o próprio governo, sejam corrigidos,.
O foco em Levy é uma tentativa, a meu ver, inócua de preservar a imagem de Dilma. Levy, na verdade, é apenas o executor e, portanto, símbolo da política econômica de Dilma. Dizer "fora Levy" é o mesmo que dizer "abaixo à atual política econômica". Para mim, e tenho certeza de que para todos os críticos, inclusive o Lindbergh, o Levy pode até ficar. O que tem que mudar é a política econômica. O mesmo pode-se dizer do Tomboni, em relação à política monetária.
E sobre a improdutividade, Marat, penso que a coisa mais improdutiva que pode existir na política é a inibição ou interdição da reflexão crítica e do debate de ideias, seja pelo motivo que for.
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Texto de Marat Calado a que meu comentário acima se refere:
"Tenho minhas dúvidas sobre a agressões exageradas do Lindbergh. Atitudes raivosas contra Levy, só ajudam a oposição. Por que isso? O Tombini faz parte do governo e serviu até bem pouco tempo. Não é civilizado transformar todos em 'Geni. Para mim, não é nada produtivo."
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