Gilmar Mendes deveria ser processado por danos morais ao STF.
Silvio Melgarejo
29/09/2015
https://www.facebook.com/notes/silvio-melgarejo/juiz-politiqueiro/1138317702848294
terça-feira, 29 de setembro de 2015
Enigma.
Se a essência de um governo é a sua política econômica, como combater uma política econômica e ao mesmo tempo apoiar o governo que a concebe e implementa?
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Enigma.
Se a essência de um governo é a sua política econômica, como combater uma política econômica e ao mesmo tempo apoiar o governo que a concebe e implementa?
Silvio Melgarejo
29/09/2015
https://www.facebook.com/notes/silvio-melgarejo/enigma/1138311746182223
Silvio Melgarejo
29/09/2015
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segunda-feira, 28 de setembro de 2015
Divórcio condenado e traições consentidas.
Essa fúria toda, que tenho visto, contra o deputado Molon, vindo de tanta gente que silenciou ante o apoio do PT do Rio à concessão da Medalha Tiradentes a Eduard0 Cunha, e ante o estarrecedor anúncio, pelo presidente do diretório regional do partido, Washington Quaquá, de que o PT apoiará o candidato do PMDB, Pedro Paulo, na eleição para prefeito do Rio, me parece absolutamente desproporcional e incoerente.
E mais desproporcional e incoerente, ainda, me parece, quando lembro que o próprio Molon não sofreu a menor crítica quando, equivocadamente, votou, junto com a quase totalidade da bancada petista na Câmara Federal, a favor das MPs 664 e 665, do ajuste fiscal de Dilma, que eram desaprovadas pelo conjunto das centrais sindicais e movimentos populares. É esta a ajuda que esperavam que o deputado continuasse dando à presidenta?
Dizem que Molon foi para um partido de direita, por isso é um traidor. Mas que diferença há entre servir ao neoliberalismo de Marina - como supõem, os críticos, que Molon fará - e servir ao neoliberalismo de Dilma - como o deputado já vinha fazendo, com a aprovação da maioria destes que agora o condenam? Marina, pelo menos, não enganou ninguém, disse na campanha que faria o que Dilma hoje faz, tendo jurado que não faria. E, no entanto, Dilma é que é boa, traíra é Marina?
Ora, meus amigos, vamos ser razoáveis. Ajudar Marina, hoje, não é pior do que ajudar Dilma, porque há uma enorme semelhança entre a política implementada pela presidenta e a política defendida por sua adversária na campanha. Mais que isso, há uma enorme semelhança também entre as políticas de ambas e a então defendida pelo concorrente tucano, Aécio Neves. Tanto que a própria direita neoliberal - Globo à frente - tem cobrado coerência de Aécio e do PSDB, quando eles tentam sabotar o governo Dilma, na aplicação de sua política econômica.
Chamo atenção para o fato de que os dois concorrentes de Dilma na eleição presidencial, anunciaram ainda durante a campanha, os nomes dos seus ministros da fazenda, caso fossem eleitos. O de Aécio Neves, era Armínio Fraga. O de Marina Silva, André Lara Resende. E o de Dilma? O de Dilma ninguém soube, porque a presidenta omitiu, tendo anunciado apenas depois de reeleita, que seria Joaquim Levy. E que diferença há entre os economistas Levy, Lara Resende e Fraga? Nenhuma. Por isso o nome de Levy foi ocultado por Dilma dos seus eleitores. Não era conveniente que eles soubessem. O que dizer desse tipo de manobra?
Dizem os críticos de Molon que, assim como Marta Suplicy, ele desrespeitou a vontade dos seus eleitores, levando o mandato conquistado para outra legenda. Mas a verdade é que Dilma também desrespeita a vontade dos seus eleitores, quando governa com o programa de Aécio e Marina; que a bancada petista na Câmara Federal desrespeitou a vontade dos seus eleitores, quando votou a favor das MPs 664 e 665, do ajuste fiscal; que a bancada petista na Alerj também desrespeitou a vontade dos seus eleitores, quando votou a favor de uma homenagem especial a Eduardo Cunha; e que Washington Quaquá, presidente do diretório regional, desrespeita a base de filiados do PT do Rio, quando decreta que o partido apoiará o candidato do PMDB à prefeitura, na eleição do ano que vem. E quanto a isso tudo, todos estes críticos de Molon se calam.
Não consigo ver traição maior na mudança inesperada de partido do deputado Molon, do que na também inesperada mudança de política econômica de Dilma e nas posições mencionadas, do diretório regional do PT do Rio e das bancadas do partido na Alerj e na Câmara Federal. A ida de Molon para a Rede me parece menos absurda e menos prejudicial ao PT e aos trabalhadores do que estes outros fatos, contra os quais não se levanta uma voz sequer, destas tantas que ora se mostram indignadas. “Por que será?”, me pergunto. “Por que será?”, lhes pergunto.
Onde a coerência dos críticos de Molon? Por que combatem com tanto vigor a suposta traição do deputado - afinal, divórcio não é traição - e ao mesmo tempo convivem pacificamente com tantas inequívocas traições, sem esboçar a menor reação e, em alguns casos, até premiando o adultério com homenagens e expressões de incondicional apoio? Me perdoem, mas penso que falha o discernimento dos que assim procedem. Protestar contra um filiado que se desliga e contra os erros dos outros partidos e fazer, ao mesmo tempo, vista grossa para os erros do próprio PT, que provocam a maioria das defecções que ele sofre, não vai fazer do PT um partido melhor do que os outros, aos olhos da classe trabalhadora.
Erros, não se corrige sem críticas. Molon pode até ter errado, mas não foi o único e agora está fora do PT. Críticas a ele, não mais contribuem para a identificação e correção dos erros do partido e seu governo. Há traições, inúmeras, que tem sido consentidas pela maioria da militância petista, que podem custar muito mais caro ao PT e à classe trabalhadora do que esta suposta traição do deputado, que tanta revolta, inexplicavelmente, tem gerado.
Os atos de Molon, desde que saiu do partido, já não dizem mais respeito à militância petista. Já os atos do PT e do governo Dilma, estes sim é que nos dizem respeito e é com eles que devemos nos ocupar, exercitando a nossa aptidão crítica, para aperfeiçoar o desempenho de ambos. A omissão fará desta militância cúmplice de todas as traições cometidas contra a classe trabalhadora pelos dirigentes, parlamentares e governantes do PT, inclusive Dilma. Não nos omitamos, portanto, companheiros. Reajamos. Molon poderia até ser considerado parte do nosso problema quando estava no partido. Mas ele já saiu e os problemas continuam, tão graves quanto antes. Tratemos, então, de resolve-los que isto, sim, é que pode tornar o PT mais forte e mais capacitado para atingir os seus reais objetivos, que espero não terem sido esquecidos pela militância petista.
Silvio Melgarejo
28/09/2015
https://www.facebook.com/notes/silvio-melgarejo/div%C3%B3rcio-condenado-e-trai%C3%A7%C3%B5es-consentidas/1137463612933703
E mais desproporcional e incoerente, ainda, me parece, quando lembro que o próprio Molon não sofreu a menor crítica quando, equivocadamente, votou, junto com a quase totalidade da bancada petista na Câmara Federal, a favor das MPs 664 e 665, do ajuste fiscal de Dilma, que eram desaprovadas pelo conjunto das centrais sindicais e movimentos populares. É esta a ajuda que esperavam que o deputado continuasse dando à presidenta?
Dizem que Molon foi para um partido de direita, por isso é um traidor. Mas que diferença há entre servir ao neoliberalismo de Marina - como supõem, os críticos, que Molon fará - e servir ao neoliberalismo de Dilma - como o deputado já vinha fazendo, com a aprovação da maioria destes que agora o condenam? Marina, pelo menos, não enganou ninguém, disse na campanha que faria o que Dilma hoje faz, tendo jurado que não faria. E, no entanto, Dilma é que é boa, traíra é Marina?
Ora, meus amigos, vamos ser razoáveis. Ajudar Marina, hoje, não é pior do que ajudar Dilma, porque há uma enorme semelhança entre a política implementada pela presidenta e a política defendida por sua adversária na campanha. Mais que isso, há uma enorme semelhança também entre as políticas de ambas e a então defendida pelo concorrente tucano, Aécio Neves. Tanto que a própria direita neoliberal - Globo à frente - tem cobrado coerência de Aécio e do PSDB, quando eles tentam sabotar o governo Dilma, na aplicação de sua política econômica.
Chamo atenção para o fato de que os dois concorrentes de Dilma na eleição presidencial, anunciaram ainda durante a campanha, os nomes dos seus ministros da fazenda, caso fossem eleitos. O de Aécio Neves, era Armínio Fraga. O de Marina Silva, André Lara Resende. E o de Dilma? O de Dilma ninguém soube, porque a presidenta omitiu, tendo anunciado apenas depois de reeleita, que seria Joaquim Levy. E que diferença há entre os economistas Levy, Lara Resende e Fraga? Nenhuma. Por isso o nome de Levy foi ocultado por Dilma dos seus eleitores. Não era conveniente que eles soubessem. O que dizer desse tipo de manobra?
Dizem os críticos de Molon que, assim como Marta Suplicy, ele desrespeitou a vontade dos seus eleitores, levando o mandato conquistado para outra legenda. Mas a verdade é que Dilma também desrespeita a vontade dos seus eleitores, quando governa com o programa de Aécio e Marina; que a bancada petista na Câmara Federal desrespeitou a vontade dos seus eleitores, quando votou a favor das MPs 664 e 665, do ajuste fiscal; que a bancada petista na Alerj também desrespeitou a vontade dos seus eleitores, quando votou a favor de uma homenagem especial a Eduardo Cunha; e que Washington Quaquá, presidente do diretório regional, desrespeita a base de filiados do PT do Rio, quando decreta que o partido apoiará o candidato do PMDB à prefeitura, na eleição do ano que vem. E quanto a isso tudo, todos estes críticos de Molon se calam.
Não consigo ver traição maior na mudança inesperada de partido do deputado Molon, do que na também inesperada mudança de política econômica de Dilma e nas posições mencionadas, do diretório regional do PT do Rio e das bancadas do partido na Alerj e na Câmara Federal. A ida de Molon para a Rede me parece menos absurda e menos prejudicial ao PT e aos trabalhadores do que estes outros fatos, contra os quais não se levanta uma voz sequer, destas tantas que ora se mostram indignadas. “Por que será?”, me pergunto. “Por que será?”, lhes pergunto.
Onde a coerência dos críticos de Molon? Por que combatem com tanto vigor a suposta traição do deputado - afinal, divórcio não é traição - e ao mesmo tempo convivem pacificamente com tantas inequívocas traições, sem esboçar a menor reação e, em alguns casos, até premiando o adultério com homenagens e expressões de incondicional apoio? Me perdoem, mas penso que falha o discernimento dos que assim procedem. Protestar contra um filiado que se desliga e contra os erros dos outros partidos e fazer, ao mesmo tempo, vista grossa para os erros do próprio PT, que provocam a maioria das defecções que ele sofre, não vai fazer do PT um partido melhor do que os outros, aos olhos da classe trabalhadora.
Erros, não se corrige sem críticas. Molon pode até ter errado, mas não foi o único e agora está fora do PT. Críticas a ele, não mais contribuem para a identificação e correção dos erros do partido e seu governo. Há traições, inúmeras, que tem sido consentidas pela maioria da militância petista, que podem custar muito mais caro ao PT e à classe trabalhadora do que esta suposta traição do deputado, que tanta revolta, inexplicavelmente, tem gerado.
Os atos de Molon, desde que saiu do partido, já não dizem mais respeito à militância petista. Já os atos do PT e do governo Dilma, estes sim é que nos dizem respeito e é com eles que devemos nos ocupar, exercitando a nossa aptidão crítica, para aperfeiçoar o desempenho de ambos. A omissão fará desta militância cúmplice de todas as traições cometidas contra a classe trabalhadora pelos dirigentes, parlamentares e governantes do PT, inclusive Dilma. Não nos omitamos, portanto, companheiros. Reajamos. Molon poderia até ser considerado parte do nosso problema quando estava no partido. Mas ele já saiu e os problemas continuam, tão graves quanto antes. Tratemos, então, de resolve-los que isto, sim, é que pode tornar o PT mais forte e mais capacitado para atingir os seus reais objetivos, que espero não terem sido esquecidos pela militância petista.
Silvio Melgarejo
28/09/2015
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domingo, 27 de setembro de 2015
Permanência do PT no governo enfraquece Lula, o partido e a frente de esquerda.
A permanência do PT no governo Dilma enfraquece Lula e o partido e impede que eles contribuam para a formação de uma frente de esquerda realmente forte. Romper com o governo é preciso. Sei que é uma decisão difícil, porque trata-se de um movimento radical não isento de riscos. Mas o risco maior me parece que seja deixar a classe trabalhadora como está, sem uma alternativa viável no campo da esquerda e sendo assediada permanentemente pela direita golpista.
A dubiedade e tibieza do único partido de esquerda de massas e do maior líder popular do país desmobilizam a própria base social da esquerda governista e geram desconfianças imensas e justificadas nas bases sociais e entre as lideranças da esquerda oposicionista e dos movimentos sindical e popular, o que inviabiliza a unidade de ação, em torno de uma pauta comum, para a realização de mobilizações de grande envergadura.
A essência de um governo é a sua política econômica. Por isso não é possível combater uma política econômica e ao mesmo tempo apoiar o governo que a concebe e implementa. O compromisso de Lula e do PT com o governo Dilma representa, na prática, um compromisso com a política econômica do governo Dilma.
A unidade de ação das esquerdas inviabiliza-se pelo justificado receio de amplos setores da vanguarda de partidos e movimentos de que a luta contra o golpe acabe sendo instrumentalizada para servir ao governismo, com a defesa do mandato da presidenta Dilma transformando-se numa defesa do governo Dilma, a despeito de sua política econômica. Isto não aconteceria se Lula e o PT estivessem na oposição. Hoje perguntam, com razão, muitos lutadores:
O PT não pode mais servir a um governo que serve incondicionalmente aos banqueiros, impondo sacrifícios injustificados aos trabalhadores. Se quiser recuperar a confiança das massas e animá-las a lutar contra o golpe, tem que romper com o governo Dilma e combater implacavelmente a sua política econômica, enquanto denuncia as intenções ocultas do golpismo. Só assim será possível construir uma frente de esquerda ampla e sólida, com força suficiente para influenciar decisivamente o processo político do país.
Lutar contra o governo neoliberal não favorecerá à conspiração golpista, e lutar contra a conspiração golpista não favorecerá ao governo neoliberal, se ambos forem combatidos com igual vigor por uma esquerda unida e independente de compromissos com os agentes dos dois males. Sem vínculos com o golpismo e sem vínculos com o governo, Lula e o PT se credenciarão para liderar uma esquerda revigorada pela unidade e livre das vacilações, recuos e dubiedades que geram desconfiança, desagregam e desmobilizam. Ousadia e coragem é o que se espera do PT e de Lula, para mostrarem aos trabalhadores hoje que outro caminho é possível e que, com luta, é possível ter dias melhores.
Silvio Melgarejo
27/09/2015
https://www.facebook.com/notes/silvio-melgarejo/perman%C3%AAncia-do-pt-no-governo-enfraquece-lula-o-partido-e-a-frente-de-esquerda/1137365299610201
A dubiedade e tibieza do único partido de esquerda de massas e do maior líder popular do país desmobilizam a própria base social da esquerda governista e geram desconfianças imensas e justificadas nas bases sociais e entre as lideranças da esquerda oposicionista e dos movimentos sindical e popular, o que inviabiliza a unidade de ação, em torno de uma pauta comum, para a realização de mobilizações de grande envergadura.
A essência de um governo é a sua política econômica. Por isso não é possível combater uma política econômica e ao mesmo tempo apoiar o governo que a concebe e implementa. O compromisso de Lula e do PT com o governo Dilma representa, na prática, um compromisso com a política econômica do governo Dilma.
A unidade de ação das esquerdas inviabiliza-se pelo justificado receio de amplos setores da vanguarda de partidos e movimentos de que a luta contra o golpe acabe sendo instrumentalizada para servir ao governismo, com a defesa do mandato da presidenta Dilma transformando-se numa defesa do governo Dilma, a despeito de sua política econômica. Isto não aconteceria se Lula e o PT estivessem na oposição. Hoje perguntam, com razão, muitos lutadores:
- “Como confiar em Lula e no PT, se eles estão formal e efetivamente comprometidos com o governo executor da política econômica que combatemos? O que farão, Lula e o PT, se Dilma se mantiver intransigente? Continuarão no governo, fieis à presidenta e dando-lhe suporte para implementar sua política antipopular?”Lula e o PT no governo se enfraquecem, portanto, e com isso enfraquecem à esquerda em seu conjunto. Por isso defendo que rompam com Dilma e passem a atuar com independência na oposição. Desta forma, acredito que poderão contribuir muito melhor e mais efetivamente, tanto com a resistência democrática ao golpismo, quanto com a resistência popular ao neoliberalismo. O futuro da democracia e da esquerda no Brasil dependerá deste reposicionamento do PT em relação ao governo. Ou o PT se apresenta, doravante, como parte integrante de um projeto alternativo democrático e de esquerda ou deixará a classe trabalhadora sem perspectivas, no meio do fogo cruzado entre a conspiração golpista e o governo neoliberal.
O PT não pode mais servir a um governo que serve incondicionalmente aos banqueiros, impondo sacrifícios injustificados aos trabalhadores. Se quiser recuperar a confiança das massas e animá-las a lutar contra o golpe, tem que romper com o governo Dilma e combater implacavelmente a sua política econômica, enquanto denuncia as intenções ocultas do golpismo. Só assim será possível construir uma frente de esquerda ampla e sólida, com força suficiente para influenciar decisivamente o processo político do país.
Lutar contra o governo neoliberal não favorecerá à conspiração golpista, e lutar contra a conspiração golpista não favorecerá ao governo neoliberal, se ambos forem combatidos com igual vigor por uma esquerda unida e independente de compromissos com os agentes dos dois males. Sem vínculos com o golpismo e sem vínculos com o governo, Lula e o PT se credenciarão para liderar uma esquerda revigorada pela unidade e livre das vacilações, recuos e dubiedades que geram desconfiança, desagregam e desmobilizam. Ousadia e coragem é o que se espera do PT e de Lula, para mostrarem aos trabalhadores hoje que outro caminho é possível e que, com luta, é possível ter dias melhores.
Silvio Melgarejo
27/09/2015
https://www.facebook.com/notes/silvio-melgarejo/perman%C3%AAncia-do-pt-no-governo-enfraquece-lula-o-partido-e-a-frente-de-esquerda/1137365299610201
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sexta-feira, 25 de setembro de 2015
PT/RJ: Sobre a desfiliação de Alessandro Molon.
"Nós temos que definirQuem sai do PT é porque chega à conclusão que é dar murro em ponta de faca tentar mudar o partido. É absurda esta conclusão? Creio que não. Pois se o próprio Lula já disse para dirigentes, burocratas e parlamentares do PT, que superar o apego que eles têm aos seus mandatos, cargos e empregos, é uma condição fundamental para se conseguir salvar o projeto petista, vê-se bem que as ameaças a este projeto são mais internas do que externas e muito difíceis de serem vencidas.se nós queremos salvar a nossa pele e os nossos cargosou queremos salvar o nosso projeto"(Lula, 23-6-2015)
Partido político não é seita religiosa, ninguém é obrigado a dar demonstrações de fé inabalável, como se isto fosse uma virtude. O partido tem que servir aos objetivos que justificaram a sua criação e a adesão dos seus filiados. As pessoas se filiam quando se identificam com a causa do partido. Se as pessoas mudam ou o partido muda e esta identificação acaba, é natural que haja o desligamento.
Saiu ontem o Molon. Amanhã ou depois pode ser o Paulo Paim. Mudaram os dois? Ou foi o PT que mudou tanto que estabeleceu-se uma incompatibilidade? Saem do PT os que não acreditam mais que o PT seja capaz de servir às suas causas originais. E será que não há motivos para descrer? Segundo Luís Nassif, o PT é hoje uma militância sem partido. E, para Lula, mandatos, cargos e empregos são as novas causas da maioria dos dirigentes, funcionários, parlamentares e seus assessores.
Manter-se fiel a convicções e compromissos, ser coerente dentro de uma estrutura assim tão contaminada, deve ser muito mais difícil do que atuar apenas na base do partido, sem sofrer as imensas pressões que suponho haver por lá. Por isso não condeno Molon por ter se desfiliado, assim como não condenarei Paim, se ele o fizer. Se já é grande a cobrança dos trabalhadores sobre militantes de base do PT, imagino quanto seja maior sobre os parlamentares.
Enfim, o PT do Rio que, politicamente, já é quase um indigente, amanheceu ainda mais pobre, nesta sexta-feira, 25 de setembro, com a saída do deputado Alessandro Molon. Quem desdenha dos que partem, veja os que ficam, compare e tire suas conclusões.
Silvio Melgarejo
25/09/2015
https://www.facebook.com/notes/silvio-melgarejo/ptrj-sobre-a-desfilia%C3%A7%C3%A3o-de-alessandro-molon/1136364346376963
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Força para impedir o golpe e impulsionar reformas estruturais, o PT só conseguirá rompendo com Dilma e atuando na oposição.
Se Lula e o PT não tiverem a coragem de assumir uma posição firme em relação ao governo Dilma, colocando inclusive em perspectiva a possibilidade de uma ruptura, a esquerda do país vai continuar sem alternativa de direção e completamente desmoralizada, desmotivada, dispersa e desmobilizada, como se tem visto.
Do jeito que estamos, as chances de êxito de um golpe de Estado se tornam grandes, porque o próprio governo, com sua política, tem sabotado todos os esforços dos movimentos sociais que tentam organizar a resistência democrática. Mesmo assim, é preciso reconhecer que estes movimentos não são capazes de cumprir o papel que pode desempenhar um partido político de massas, e que o único partido de esquerda de massas, que tem em seus quadros uma liderança nacional de grande peso, é o Partido dos Trabalhadores.
Um povo muito insatisfeito com seu governo, logo procura alternativas políticas. O povo brasileiro está, como todos sabem, muito insatisfeito com o atual governo. E que alternativas encontra quando olha o quadro político? Alguma de esquerda, que seja viável? Não, nenhuma. E é exatamente isto que me leva a crer que se Lula e o PT não se apresentarem, desde já, como alternativas a Dilma Rousseff, é a oposição de direita quem vai capitalizar a insatisfação popular.
A resistência ao golpe de Estado e à ofensiva conservadora e obscurantista será insuficiente se não puder contar com a força do maior partido de esquerda e do maior líder popular do país. Ocorre que, amarrados, como estão, à política neoliberal de Dilma e à política corrupta e reacionária do PMDB, Lula e o PT se fragilizam, porque se desmoralizam, cada vez mais, e perdem a confiança e o apoio dos trabalhadores. O governo Dilma hoje sangra, mas sangram muito mais o PT e o próprio Lula, seus maiores fiadores.
Já não há mais, na prática, governo petista. Há um governo de coalizão onde o PT não tem a menor influência, porque a presidenta, sua filiada, resolveu dar as costas para os trabalhadores e governar com o mercado financeiro. Donde é justo e necessário que se pergunte: O que faz Dilma ainda no PT? E o que faz o PT ainda no governo Dilma?
Avança no Brasil a conspiração golpista, sem encontrar resistência relevante, porque o único partido de esquerda de massas e a maior liderança popular do país estão inteiramente comprometidos com este governo, que ajudaram a eleger, mas cuja legitimidade, perante as massas, se esvai a cada compromisso eleitoral traído.
Os trabalhadores não lutarão por uma democracia em que não vejam lideranças e partidos que se mostrem dignos da sua confiança, capazes de representar com fidelidade e desassombro os seus anseios, nas ruas e nas instituições do Estado. Se Dilma faz-se antagonista dos trabalhadores e Lula e o PT insistem em apoiar o seu governo, mantendo-se a ele vinculados, onde, na esquerda, achará o povo alternativas? Nos pequeninos partidos, de lideranças inexpressivas? E se não achar nada à esquerda, muito menos à direita? Não será natural que o povo dê de ombros e deixe a banda golpista passar, apeando do Planalto a presidenta que traiu seus votos?
É preciso que se diga hoje com todas as letras uma verdade que muito petista já deve intuir, sem ter coragem de admitir, com medo de favorecer à conspiração:
Força para impedir o golpe e impulsionar as reformas estruturais necessárias para o avanço do seu projeto, o PT só terá se estiver na oposição. Na oposição, Lula e o PT poderão recuperar a confiança das massas e mostrar que uma democracia onde elas tenham voz ainda é possível, porque o PT não desistiu de ser essa voz.
Ninguém pode servir a dois senhores. Ou o PT continua servindo à burguesia financeira, com o apoio incondicional que tem dado ao governo Dilma, ou volta a servir aos trabalhadores, desligando-se do governo para construir uma alternativa democrática de esquerda, em frente com outros partidos e organizações sociais, para lutar simultaneamente contra o golpismo da direita e contra o neoliberalismo do governo.
Lula e o PT têm que deixar de ser parte do problema dos trabalhadores, para serem parte da solução. Ou então não poderão ter outro destino senão a famosa "lata de lixo da História", onde foram parar tantas lideranças e partidos socialistas promissores.
Lula e o PT no governo deixam, de fato, a classe trabalhadora sem uma alternativa democrática de esquerda, sob o assédio intenso e permanente da direitia golpista. Como esperar que uma situação como esta não tenha o pior desfecho possível para a democracia?
Lula o PT na oposição serão a alternativa de esquerda que os trabalhadores precisam para dar sentido à sua mobilização pela democracia, contra o golpe e por uma nova política econômica.
Posições dúbias não inspiram confiança. O PT não pode ignorar a natureza antipopular do governo Dilma e precisa se posicionar claramente sobre ele perante os trabalhadores. Não dá mais prá continuar acendendo uma vela prá Deus, outra pro diabo e achar que os dois lados vão ficar satisfeitos. Já não estão. Por isso tanto o governo, quanto o próprio PT estão perdendo cada vez mais apoio na sociedade. Daqui a pouco, a direita não vai precisar mais de golpe, o governo cai de maduro.
Como eu já disse em outra nota, ninguém pode obrigar Dilma a salvar seu governo. Mas também não se pode exigir do PT que morra com Dilma, num abraço de afogados. É preciso salvar o projeto petista, que é muito mais do que o governo Dilma. O partido pode ou não sobreviver ao desvirtuamento e fracasso do governo. Mas isto dependerá da posição que ele assuma em relação ao governo, perante os trabalhadores. É isso que precisa ser considerado pela militância petista.
O que está em jogo hoje não é só o governo Dilma. É o futuro do projeto petista, que depende, antes de tudo, da relação que o PT consiga construir e manter com a classe trabalhadora. Ficar no governo Dilma ajuda ou dificulta esta relação?
Pois, eu não tenho a menor dúvida de que o compromisso histórico que o PT tem com os trabalhadores não deixa ao partido outra alternativa, senão romper com o governo Dilma, para atuar na oposição, com independência em relação à burguesia.
O PT já perdeu o governo Dilma. É hora de virar a página e começar a escrever novo capítulo.
Silvio Melgarejo
25/09/2015
https://www.facebook.com/notes/silvio-melgarejo/for%C3%A7a-para-impedir-o-golpe-e-impulsionar-reformas-estruturais-o-pt-s%C3%B3-conseguir%C3%A1/1136244733055591
Do jeito que estamos, as chances de êxito de um golpe de Estado se tornam grandes, porque o próprio governo, com sua política, tem sabotado todos os esforços dos movimentos sociais que tentam organizar a resistência democrática. Mesmo assim, é preciso reconhecer que estes movimentos não são capazes de cumprir o papel que pode desempenhar um partido político de massas, e que o único partido de esquerda de massas, que tem em seus quadros uma liderança nacional de grande peso, é o Partido dos Trabalhadores.
Um povo muito insatisfeito com seu governo, logo procura alternativas políticas. O povo brasileiro está, como todos sabem, muito insatisfeito com o atual governo. E que alternativas encontra quando olha o quadro político? Alguma de esquerda, que seja viável? Não, nenhuma. E é exatamente isto que me leva a crer que se Lula e o PT não se apresentarem, desde já, como alternativas a Dilma Rousseff, é a oposição de direita quem vai capitalizar a insatisfação popular.
A resistência ao golpe de Estado e à ofensiva conservadora e obscurantista será insuficiente se não puder contar com a força do maior partido de esquerda e do maior líder popular do país. Ocorre que, amarrados, como estão, à política neoliberal de Dilma e à política corrupta e reacionária do PMDB, Lula e o PT se fragilizam, porque se desmoralizam, cada vez mais, e perdem a confiança e o apoio dos trabalhadores. O governo Dilma hoje sangra, mas sangram muito mais o PT e o próprio Lula, seus maiores fiadores.
Já não há mais, na prática, governo petista. Há um governo de coalizão onde o PT não tem a menor influência, porque a presidenta, sua filiada, resolveu dar as costas para os trabalhadores e governar com o mercado financeiro. Donde é justo e necessário que se pergunte: O que faz Dilma ainda no PT? E o que faz o PT ainda no governo Dilma?
Avança no Brasil a conspiração golpista, sem encontrar resistência relevante, porque o único partido de esquerda de massas e a maior liderança popular do país estão inteiramente comprometidos com este governo, que ajudaram a eleger, mas cuja legitimidade, perante as massas, se esvai a cada compromisso eleitoral traído.
Os trabalhadores não lutarão por uma democracia em que não vejam lideranças e partidos que se mostrem dignos da sua confiança, capazes de representar com fidelidade e desassombro os seus anseios, nas ruas e nas instituições do Estado. Se Dilma faz-se antagonista dos trabalhadores e Lula e o PT insistem em apoiar o seu governo, mantendo-se a ele vinculados, onde, na esquerda, achará o povo alternativas? Nos pequeninos partidos, de lideranças inexpressivas? E se não achar nada à esquerda, muito menos à direita? Não será natural que o povo dê de ombros e deixe a banda golpista passar, apeando do Planalto a presidenta que traiu seus votos?
É preciso que se diga hoje com todas as letras uma verdade que muito petista já deve intuir, sem ter coragem de admitir, com medo de favorecer à conspiração:
Força para impedir o golpe e impulsionar as reformas estruturais necessárias para o avanço do seu projeto, o PT só terá se estiver na oposição. Na oposição, Lula e o PT poderão recuperar a confiança das massas e mostrar que uma democracia onde elas tenham voz ainda é possível, porque o PT não desistiu de ser essa voz.
Ninguém pode servir a dois senhores. Ou o PT continua servindo à burguesia financeira, com o apoio incondicional que tem dado ao governo Dilma, ou volta a servir aos trabalhadores, desligando-se do governo para construir uma alternativa democrática de esquerda, em frente com outros partidos e organizações sociais, para lutar simultaneamente contra o golpismo da direita e contra o neoliberalismo do governo.
Lula e o PT têm que deixar de ser parte do problema dos trabalhadores, para serem parte da solução. Ou então não poderão ter outro destino senão a famosa "lata de lixo da História", onde foram parar tantas lideranças e partidos socialistas promissores.
Lula e o PT no governo deixam, de fato, a classe trabalhadora sem uma alternativa democrática de esquerda, sob o assédio intenso e permanente da direitia golpista. Como esperar que uma situação como esta não tenha o pior desfecho possível para a democracia?
Lula o PT na oposição serão a alternativa de esquerda que os trabalhadores precisam para dar sentido à sua mobilização pela democracia, contra o golpe e por uma nova política econômica.
Posições dúbias não inspiram confiança. O PT não pode ignorar a natureza antipopular do governo Dilma e precisa se posicionar claramente sobre ele perante os trabalhadores. Não dá mais prá continuar acendendo uma vela prá Deus, outra pro diabo e achar que os dois lados vão ficar satisfeitos. Já não estão. Por isso tanto o governo, quanto o próprio PT estão perdendo cada vez mais apoio na sociedade. Daqui a pouco, a direita não vai precisar mais de golpe, o governo cai de maduro.
Como eu já disse em outra nota, ninguém pode obrigar Dilma a salvar seu governo. Mas também não se pode exigir do PT que morra com Dilma, num abraço de afogados. É preciso salvar o projeto petista, que é muito mais do que o governo Dilma. O partido pode ou não sobreviver ao desvirtuamento e fracasso do governo. Mas isto dependerá da posição que ele assuma em relação ao governo, perante os trabalhadores. É isso que precisa ser considerado pela militância petista.
O que está em jogo hoje não é só o governo Dilma. É o futuro do projeto petista, que depende, antes de tudo, da relação que o PT consiga construir e manter com a classe trabalhadora. Ficar no governo Dilma ajuda ou dificulta esta relação?
Pois, eu não tenho a menor dúvida de que o compromisso histórico que o PT tem com os trabalhadores não deixa ao partido outra alternativa, senão romper com o governo Dilma, para atuar na oposição, com independência em relação à burguesia.
O PT já perdeu o governo Dilma. É hora de virar a página e começar a escrever novo capítulo.
Silvio Melgarejo
25/09/2015
https://www.facebook.com/notes/silvio-melgarejo/for%C3%A7a-para-impedir-o-golpe-e-impulsionar-reformas-estruturais-o-pt-s%C3%B3-conseguir%C3%A1/1136244733055591
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segunda-feira, 21 de setembro de 2015
Força do PT na RESISTÊNCIA AO GOLPE dependerá da DISCIPLINA dos seus DIRIGENTES.
A resistência ao golpe de Estado, que agora se afigura iminente, exige que o Diretório Nacional do PT use o estatuto do partido para estabelecer, urgentemente, a disciplina necessária para o combate, em toda a sua cadeia de comando. Os dirigentes do PT, de todos os níveis, devem ser convocados, imediatamente, a assumirem seus postos e suas responsabilidades, neste momento de gravíssima ameaça à democracia e aos avanços sociais da última década. O não atendimento a esta convocação deve ser punido com a aplicação das sanções previstas no Estatuto, que podem chegar até à destituição do cargo ocupado.
O PT tem hoje mais de 1,7 milhão de filiados que precisam ser, urgentemente, chamados e preparados para o confronto com as forças golpistas. E isto só será possível se os diretórios do partido, efetivamente, funcionarem, assumindo as funções que o Estatuto lhes atribui, de organizadores e dirigentes de suas respectivas bases de filiados.
Os diretórios do PT são as unidades combatentes do partido. Se eles não funcionam ou se funcionam precariamente, fica o partido limitado em seu poder de ação, como um exército impossibilitado de mobilizar a maior parte do seu contingente.
A cadeia de comando do PT, formada pelos diretórios Nacional, regionais, municipais e zonais, precisa funcionar adequadamente para impulsionar e coordenar as ações dos filiados da base. Se a cadeia de comando do partido não funciona, a base se mantém desmobilizada e dispersa, incapaz de realizar as ações planejadas pelo Diretório Nacional. Por isso, sejam quais forem as ações pretendidas por esta instância, é preciso providenciar, o quanto antes, a superação do elevadíssimo déficit de controle e disciplina das instâncias intermediárias e inferiores do partido, para que elas garantam, efetivamente, a realização das missões que lhes forem atribuídas.
Sem dirigentes disciplinados é absolutamente inviável qualquer ação envolvendo grandes contingentes de filiados. E é deste tipo de ação que hoje mais se precisa. Por isso, não pode mais, o PT, prescindir da disciplina dos seus dirigentes. Por isso, deve usar os meios que seu estatuto contém, para impor disciplina aos membros dos diretórios e constituir uma cadeia de comando que cumpra, realmente, o papel que lhe cabe, nesta verdadeira guerra que temos que enfrentar e vencer.
O golpismo avança e é preciso reconhecer que o PT não está preparado para o confronto. A negligência contumaz dos seus dirigentes, favorecida pela ausência de qualquer controle, manteve inteiramente desorganizada a ampla base de filiados do partido. Trata-se agora de fazer o que jamais foi feito, nestes 35 anos de vida do Partido dos Trabalhadores: controlar o desempenho dos diretórios e impor disciplina aos seus dirigentes, para que eles cumpram o dever de organizar suas respectivas bases, fazendo do PT uma verdadeira máquina de mobilização social para o combate político. É este o desafio que está colocado para os "generais" do nosso Diretório Nacional, como condição para o PT ser capaz de vencer o golpismo e conquistar o controle do governo Dilma ou fazer-lhe oposição democrática, com o programa vitorioso, logo abandonado pela presidenta, para surpresa e frustração dos seus eleitores.
O PT tem hoje mais de 1,7 milhão de filiados que precisam ser, urgentemente, chamados e preparados para o confronto com as forças golpistas. E isto só será possível se os diretórios do partido, efetivamente, funcionarem, assumindo as funções que o Estatuto lhes atribui, de organizadores e dirigentes de suas respectivas bases de filiados.
Os diretórios do PT são as unidades combatentes do partido. Se eles não funcionam ou se funcionam precariamente, fica o partido limitado em seu poder de ação, como um exército impossibilitado de mobilizar a maior parte do seu contingente.
A cadeia de comando do PT, formada pelos diretórios Nacional, regionais, municipais e zonais, precisa funcionar adequadamente para impulsionar e coordenar as ações dos filiados da base. Se a cadeia de comando do partido não funciona, a base se mantém desmobilizada e dispersa, incapaz de realizar as ações planejadas pelo Diretório Nacional. Por isso, sejam quais forem as ações pretendidas por esta instância, é preciso providenciar, o quanto antes, a superação do elevadíssimo déficit de controle e disciplina das instâncias intermediárias e inferiores do partido, para que elas garantam, efetivamente, a realização das missões que lhes forem atribuídas.
Sem dirigentes disciplinados é absolutamente inviável qualquer ação envolvendo grandes contingentes de filiados. E é deste tipo de ação que hoje mais se precisa. Por isso, não pode mais, o PT, prescindir da disciplina dos seus dirigentes. Por isso, deve usar os meios que seu estatuto contém, para impor disciplina aos membros dos diretórios e constituir uma cadeia de comando que cumpra, realmente, o papel que lhe cabe, nesta verdadeira guerra que temos que enfrentar e vencer.
O golpismo avança e é preciso reconhecer que o PT não está preparado para o confronto. A negligência contumaz dos seus dirigentes, favorecida pela ausência de qualquer controle, manteve inteiramente desorganizada a ampla base de filiados do partido. Trata-se agora de fazer o que jamais foi feito, nestes 35 anos de vida do Partido dos Trabalhadores: controlar o desempenho dos diretórios e impor disciplina aos seus dirigentes, para que eles cumpram o dever de organizar suas respectivas bases, fazendo do PT uma verdadeira máquina de mobilização social para o combate político. É este o desafio que está colocado para os "generais" do nosso Diretório Nacional, como condição para o PT ser capaz de vencer o golpismo e conquistar o controle do governo Dilma ou fazer-lhe oposição democrática, com o programa vitorioso, logo abandonado pela presidenta, para surpresa e frustração dos seus eleitores.
Silvio Melgarejo
21/09/2015
https://www.facebook.com/notes/silvio-melgarejo/for%C3%A7a-do-pt-na-resist%C3%AAncia-ao-golpe-depender%C3%A1-da-disciplina-dos-seus-dirigentes/1134286329918098
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quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Diálogo com Marat Calado sobre as críticas de Lindbergh a Joaquim Levy.
(texto publicado no Facebook, em resposta ao comentário do companheiro Marat Calado, que reproduzo ao fim deste post)
Até agora, só li e ouvi o senador fazendo críticas à política econômica do governo e apresentando propostas de alternativas para equilibrar as contas públicas. Nunca li ou ouvi nenhuma agressão ao ministro Levy, nem exagerada, nem moderada.
Quem dera que as "genis" fossem tratadas como Joaquim Levy tem sido tratado pelo senador Lindbergh, com a cordialidade e o respeito que todo ser humano merece. Geni é um personagem vítima de preconceito e as críticas do senador Lindbergh não têm nada de preconceituosas. São, ao contrário, muito bem fundamentadas, baseadas em dados oficiais e desenvolvidas dentro da mais perfeita lógica.
As manifestações de Lindbergh que eu tenho visto são todas do mais alto nível de racionalidade e civilidade que um debate político pode ter. Pena que haja só um petista fazendo o papel que ele tem desempenhado. Porque Lindbergh tem sido o único motivo de orgulho da militância petista, nestes dias em que o PT parece inteiramente dominado pelo cinismo e pela pusilanimidade
O que ajuda à oposição não é a crítica que se faz à política econômica do governo e sim o divórcio entre a presidenta Dilma e seus eleitores, provocado exatamente por esta política, cujos efeitos o povo sente na pele, não precisa de ninguém para apontar.
A baixa popularidade da presidenta não decorre apenas do noticiário negativo da imprensa de oposição. Se fosse assim, Lula não teria ascendido nas pesquisas de avaliação do seu governo no segundo semestre de 2005, em plena crise do mensalão.
O que críticos como Lindbergh fazem, é apontar os erros do governo para que estes erros, que tanto prejuízo já tem trazido para os trabalhadores e para o próprio governo, sejam corrigidos,.
O foco em Levy é uma tentativa, a meu ver, inócua de preservar a imagem de Dilma. Levy, na verdade, é apenas o executor e, portanto, símbolo da política econômica de Dilma. Dizer "fora Levy" é o mesmo que dizer "abaixo à atual política econômica". Para mim, e tenho certeza de que para todos os críticos, inclusive o Lindbergh, o Levy pode até ficar. O que tem que mudar é a política econômica. O mesmo pode-se dizer do Tomboni, em relação à política monetária.
E sobre a improdutividade, Marat, penso que a coisa mais improdutiva que pode existir na política é a inibição ou interdição da reflexão crítica e do debate de ideias, seja pelo motivo que for.
Texto de Marat Calado a que meu comentário acima se refere:
Até agora, só li e ouvi o senador fazendo críticas à política econômica do governo e apresentando propostas de alternativas para equilibrar as contas públicas. Nunca li ou ouvi nenhuma agressão ao ministro Levy, nem exagerada, nem moderada.
Quem dera que as "genis" fossem tratadas como Joaquim Levy tem sido tratado pelo senador Lindbergh, com a cordialidade e o respeito que todo ser humano merece. Geni é um personagem vítima de preconceito e as críticas do senador Lindbergh não têm nada de preconceituosas. São, ao contrário, muito bem fundamentadas, baseadas em dados oficiais e desenvolvidas dentro da mais perfeita lógica.
As manifestações de Lindbergh que eu tenho visto são todas do mais alto nível de racionalidade e civilidade que um debate político pode ter. Pena que haja só um petista fazendo o papel que ele tem desempenhado. Porque Lindbergh tem sido o único motivo de orgulho da militância petista, nestes dias em que o PT parece inteiramente dominado pelo cinismo e pela pusilanimidade
O que ajuda à oposição não é a crítica que se faz à política econômica do governo e sim o divórcio entre a presidenta Dilma e seus eleitores, provocado exatamente por esta política, cujos efeitos o povo sente na pele, não precisa de ninguém para apontar.
A baixa popularidade da presidenta não decorre apenas do noticiário negativo da imprensa de oposição. Se fosse assim, Lula não teria ascendido nas pesquisas de avaliação do seu governo no segundo semestre de 2005, em plena crise do mensalão.
O que críticos como Lindbergh fazem, é apontar os erros do governo para que estes erros, que tanto prejuízo já tem trazido para os trabalhadores e para o próprio governo, sejam corrigidos,.
O foco em Levy é uma tentativa, a meu ver, inócua de preservar a imagem de Dilma. Levy, na verdade, é apenas o executor e, portanto, símbolo da política econômica de Dilma. Dizer "fora Levy" é o mesmo que dizer "abaixo à atual política econômica". Para mim, e tenho certeza de que para todos os críticos, inclusive o Lindbergh, o Levy pode até ficar. O que tem que mudar é a política econômica. O mesmo pode-se dizer do Tomboni, em relação à política monetária.
E sobre a improdutividade, Marat, penso que a coisa mais improdutiva que pode existir na política é a inibição ou interdição da reflexão crítica e do debate de ideias, seja pelo motivo que for.
***
Texto de Marat Calado a que meu comentário acima se refere:
"Tenho minhas dúvidas sobre a agressões exageradas do Lindbergh. Atitudes raivosas contra Levy, só ajudam a oposição. Por que isso? O Tombini faz parte do governo e serviu até bem pouco tempo. Não é civilizado transformar todos em 'Geni. Para mim, não é nada produtivo."
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terça-feira, 15 de setembro de 2015
Resumo do ajuste fiscal que proponho.
A minha proposta é que se corte gastos reduzindo os juros e fazendo uma Auditoria da Dívida Pública, como determina a Constituição de 88, mas com a participação da cidadania, para anular a parte da dívida do Estado brasileiro que for resultante de atos ilegais ou simplesmente lesivos ao interesse público. Para completar, uma reforma tributária e um empenho maior do governo no combate à sonegação.
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'Não represento o PT', disse Dilma, assim que reeleita. 'Dilma não me representa', deve dizer hoje o PT.
Dilma Rousseff não é uma tola manipulável que, politicamente fragilizada, cede às pressões do neoliberalismo. Eu até preferiria que fosse. Ainda seria possível contar com alguma predisposição sua à reversão do que tem feito, a partir de uma eventual contrapressão dos movimentos sociais.
Mas, não. Parece que ela acredita, mesmo, no que está fazendo. Acredita nesta política econômica que, deliberadamente, implementa, a partir de uma decisão exclusivamente sua, sem nenhuma consulta e à revelia de todas as manifestações contrárias do seu aturdido e acovardado partido.
Dilma, de fato, não representa o PT no governo que comanda. Sei que uma afirmação destas deve chocar e até revoltar muitos petistas e lulodilmistas. Pois é bom que todos saibam que foi ela mesma quem disse isto, com todas as letras, numa entrevista coletiva que deu, logo depois de reeleita. Reproduzo abaixo o trecho da reportagem da Folha que noticia a declaração.
"'Não represento o PT', diz Dilma. (Folha, 6-11-2014)
A presidente Dilma Rousseff negou nesta quarta (5) apoiar a resolução de seu partido, o PT, que faz críticas duras ao candidato derrotado Aécio Neves (PSDB), prega um projeto de 'hegemonia' petista na sociedade e a regulação da mídia. 'Eu não represento o PT', disse.
Dilma conversava com jornalistas de meios impressos no Palácio do Planalto na tarde desta quinta (6) e fazia a defesa do diálogo. 'Eu não estou propondo nenhum diálogo metafísico. Quero discutir propostas', afirmou Dilma quando a Folha a interpelou sobre a resolução petista, que tem tom beligerante.
'Eu não represento o PT. Eu represento a Presidência. A opinião do PT é a opinião do partido, não me influencia. Eu represento o país, não sou presidente do PT, sou presidente dos brasileiros', afirmou.
A resolução petista, aprovada pela Executiva Nacional do partido na segunda-feira (3), afirma que Aécio estimulou 'forças neoliberais' com nostalgia da ditadura militar, racismo e machismo. Para Dilma, é uma queixa partidária. 'É deles, é típico', afirmou, ressaltando que a oposição é acusada da mesma agressividade."Notem com que desdém se refere, a presidenta, ao seu partido. E na terceira pessoa do plural. "É deles, é típico", diz, como quem realmente não se sente parte, não deva satisfações, nem tenha com o PT qualquer afinidade ou compromisso, embora filiada.
Mas, mais grave do que esta infidelidade declarada e realmente consumada de Dilma ao PT é a infidelidade do PT a si mesmo e à classe trabalhadora. Dir-se-á que apoia a política antipetista da presidenta para evitar um golpe de Estado.
Mas, em 23 de junho, em palestra para a Conferência Novos Caminhos da Democracia, promovida pelo seu instituto, Lula disse algo que sugere razões bem menos nobres. Aos dirigentes, parlamentares e à burocracia do PT, disse, em tom de advertência ou ultimato:
"Nós temos que definir se nós queremos salvar a nossa pele e os nossos cargos ou queremos salvar o nosso projeto."Pois a verdade é que, de fato, o projeto do PT está sendo rapidamente empurrado para o ralo por Dilma, com a ajuda do próprio PT, e só uma interferência de Lula poderá evitar a sua completa e irreversível falência. Dilma não mudará. Quem tem que mudar é o PT em relação a ela. Não dá para continuar apoiando um governo que é a negação de tudo que o partido sempre defendeu, até mesmo durante a última campanha, através da candidata Dilma Rousseff.
A presidenta hoje está traindo os compromissos que, em nome do PT, assumiu com os trabalhadores e o PT não pode, de maneira nenhuma, admitir isto e ainda por cima fazer-se cúmplice da traição, consentindo e até endossando decisões do governo que são altamente lesivas aos interesses populares.
Se Dilma já disse e demonstra que não representa o PT, é hora de o PT deixar claro para a classe trabalhadora que não mudou de lado, como a presidenta, que Dilma não mais o representa, que ela age por conta própria, faz escolhas e toma decisões à revelia da vontade do partido; e que o PT é radicalmente contra a política econômica do governo, por ser ela austera com os pobres e com os ricos, pemissiva, uma política socialmente injusta e contrária a tudo que foi dito pela presidenta em sua campanha.
Ante à radical mudança de Dilma, o PT tem que se reposicionar na disputa política, ou será desonrosamente enterrado sob os escombros deste governo lamentável que ajudou a eleger. Manter-se como situação, dando suporte a uma gestão que é claramente antipopular, colocará o PT na condição de antagonista dos trabalhadores e o inviabilizará definitivamente como projeto de partido dirigente da luta pelo socialismo. Para sobreviver e cumprir sua missão o PT precisa mudar. E para mudar, precisa de uma nova direção.
Disse Lula na palestra de 23 de junho:
"Então, eu fico pensando se não tá na hora da gente fazer uma revolução nesse partido, uma revolução interna, e colocar gente nova, gente que pensa diferente, gente mais ousada, gente com mais coragem do que a gente."Acredito que Lula queira mesmo salvar o projeto petista. Por isso tenho esperança que ele seja coerente com o que disse e use a enorme influência que tem no PT para conseguir a convocação imediata de um Encontro Nacional Extraordinário, para aprovar o rompimento com Dilma, a ida do PT para a oposição e a eleição de uma nova direção para o partido. Parece radical demais? Sim, é radical. Mas creio que na medida exigida pela gravidade da situação. O governo Dilma está perdido, não é mais nosso, não é do povo, é dos banqueiros. E a presidenta já disse e demonstrou que não tem o menor compromisso com o PT. Trata-se agora de salvar, como disse Lula, o projeto do partido, que vai muito além do atual governo, com mudanças rápidas e radicais no PT, que representem uma verdadeira revolução interna no partido. Mudanças que o capacitem para servir melhor às lutas dos trabalhadores e vencer os graves desafios da presente conjuntura, sem perder de vista o seu objetivo estratégico, que é o socialismo.
Concluo reproduzindo os parágrafos finais de um texto que publiquei em 6 de agosto, intitulado "A economia de Dilma e sua omissão política são o adubo que fertiliza a lavoura golpista", em que já previa a necessidade de uma ruptura do PT com Dilma, caso ela se mantivesse irredutível ante os apelos dos movimentos sociais por mudanças na sua política econômica. Pois, acredito que, infelizmente, chegamos a este ponto. O que não quer dizer que devamos consentir um golpe de Estado. Resistência deve haver, sim. Mas a verdade é que o PT, fragilizado como está, muito pouco pode fazer. A força necessária para resistir a um golpe, o PT só há de haurir reconciliando-se consigo mesmo e com a classe trabalhadora, mediante a superação da contradição radical que o partido tem vivido entre os seus compromissos históricos e o papel que ele tem desempenhado. E esta contradição só poderá ser superada se o PT romper com Dilma e for para a oposição. Não há outro jeito.
Seguem os parágrafos finais do texto "A economia de Dilma e sua omissão política são o adubo que fertiliza a lavoura golpista", de 6 de agosto.
"Só o fim da atual política econômica e a adoção de uma outra, que garanta a manutenção do emprego, a elevação dos salários e a integridade dos direitos dos trabalhadores, permitiria à presidenta Dilma reconquistar a confiança dos seus eleitores e recompor a sua base de apoio na sociedade, elevando a expectativa do custo e do risco de uma investida golpista contra o seu mandato.
Se além desta radical correção de rota na economia, Dilma resolver assumir um protagonismo na cena política que até hoje não teve, cumprindo a função que lhe cabe, como presidenta da república, de liderar as forças sociais e políticas que a elegeram, na luta por mais democracia e igualdade, no Estado e na sociedade, aí sim, vai ser difícil até pensar em golpe, porque a capacidade de resistência democrática será grande, o que elevará o custo econômico e político do processo, assim como o risco de insucesso.
Conclui-se, portanto, que o futuro do governo Dilma está nas mãos da própria presidenta. Já o PT não precisa e não deve depositar a sua sorte nas mãos desta sua filiada infiel. O partido nasceu para servir aos trabalhadores e só com os trabalhadores deve ter compromisso. Não pode e não deve se permitir embarcar num projeto que não é o seu e sim das forças que acabou de derrotar na eleição recente.
O governo Dilma passa, mas o PT tem que cuidar de manter sua integridade ideológica e preservar sua aliança histórica com os trabalhadores, sem perder de vista o seu objetivo estratégico, que é a construção, no Brasil, do socialismo democrático.
O PT realmente não pode obrigar Dilma a salvar o seu governo. Mas nem Dilma, nem nenhum outro petista tem o direito de exigir do PT que renuncie ao seu projeto e que decida morrer com a presidenta, num abraço de afogados."
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domingo, 13 de setembro de 2015
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
terça-feira, 8 de setembro de 2015
Diálogo com Marat Calado sobre a disciplina dos dirigentes petistas.
No dia 3 de setembro, publiquei a imagem abaixo no Facebook. Quatro dias depois, o companheiro Marat Calado escreveu sobre ela e iniciamos um diálogo sobre a situação do PT e as possíveis saídas para a crise vivida pelo partido. Reproduzo nossa conversa abaixo.
MARAT CALADO
Sobre O QUE TEM FEITO OS PRESIDENTES DE DIRETÓRIOS...
Por aqui, na Freguesia de Jpa., posso garantir que o PT é um grupo fechado. Encontrei duas vezes o presidente (uma nas eleições para prefeito e outra para governador) que atua como todos os novatos inseguros. Anotam teu telefone, e-mail, diz que fará contato, não informa onde fica a sede ou sala de reunião e sai consciente que vc está a disposição dele. Um infantil. Nunca houve uma ação na rua. Na primeira vez, não me identifiquei, só dei nome e e-mail, pensei que era por isso. Na segunda conversei um pouco e tentei criar uma identificação, falando de passagens históricas, pareceu ser pior, fez cara de interjeição... tipo, esse cara vai me trazer problema... Estou esperando contato até hoje. Achei bom que fosse assim. Sei que fez parte dos que impediam a votação no TED, burocratizando e colocando garotas desinformadas para bloquear a votação. Este é o quadro.
SILVIO MELGAREJO
E, infelizmente, isto deve ser geral, Marat. Não é casual que você tenha encontrado este dirigente apenas em campanhas eleitorais. É que fora das eleições, internas e externas, o PT não funciona mesmo para nada.
O partido não tem política nenhuma para garantir o funcionamento dos diretórios do modo como o seu estatuto determina.
Os dirigentes são, na verdade, cabos eleitorais, não são orientados, não têm suporte e não estão submetidos a controle nenhum, nem por parte das suas instâncias superiores, nem por parte das suas próprias bases de filiados, que eles de fato marginalizam com sua permanente inoperância. Respondem unicamente ao comando dos parlamentares ou tendências a que estão vinculados.
Se existe alguma política para os diretórios do PT, parece que é exatamente para garantir que eles não funcionem e mantenham os filiados à margem de todo debate, decisão e atividade. E é o que tem acontecido desde sempre.
Como mudar isto? Exigindo da direção nacional o cumprimento do Estatuto no que tange à disciplina dos dirigentes de todos os níveis, para que eles realizem, pelo menos, aquelas obrigações básicas que o Estatuto explicitamente lhes atribui e que, em geral, eles não cumprem, não sofrendo por isto nenhuma sanção, nem a mais leve advertência.
Esta questão da disciplina dos dirigentes é a chave para a solução do problema do funcionamento dos diretórios. Mas é preciso que haja uma política administrativa global para o partido que também oriente melhor a atuação destes dirigentes. Eles precisam ser cobrados, mas precisam também ser melhor orientados para serem capazes de cumprirem suas funções e responderem adequadamente às exigências dos cargos que ocupam.
Esta é uma reflexão que precisa ser feita no PT para que se desenvolva no partido a consciência, ainda ausente, de que política nenhuma, por mais acertada que seja, se realiza sozinha, espontaneamente, sem método de trabalho, mecanismos de controle e rigorosa disciplina.
MARAT CALADO
É exatamente isso. O problema é que ao levar para a Direção Nacional (vou citar apenas um nome) vc não encontra respaldo algum. É outra 'igrejinha', companheiro. Que moral tem um Cantalice (Vice Presidente Nacional) para implementar formação para os componentes de Diretórios e implementação de qualquer trabalho de rua, se ele foi um dos grandes omissos e inibidores e burocratas (no mau sentido da palavra), quando foi presidente da Regional/RJ. Essa figura (não quero com isso, conflitar com ninguém) acabou de enterrar o PT, em sua gestão. Faz parte da CNB, apenas para galgar o poder e os dirigentes paulistas que nada sabem e nem querem saber, elegem esses 'quadros' enganadores para conclamar as bases. Observe como ele fala nas entrevistas do jornal do PT ou qualquer outro veículo, é risível. Dá vergonha. Estamos nos enganando, quando acreditamos nessas lideranças. Pessoas com a tua consciência (sinceramente, sem média) são pouquíssimas. É difícil encontrar na direção. Quando eles elegem, a figura é cooptada ou já chega lá, porque aceitou a 'regra do jogo'. Sei não, não vislumbro grandes avanços, apesar de torcer (internamente nada posso fazer) sinceramente, para que a militância ativa e capaz, independente, conquiste um grande espaço para tirar o PT dessa letargia, que parece ter sido inoculada na maioria das direções do Partido dos Trabalhadores. Grande abraço.
SILVIO MELGAREJO
Marat. Tenho a mesma percepção que você. Mas, sou mais otimista. Internamente, realmente, nenhum de nós pode fazer nada. Mas, aqui fora, graças às redes sociais da internet, é possível criar um amplo movimento, ao mesmo tempo crítico e propositivo, que desperte uma nova consciência na militância petista e a leve a demandar mudanças na atuação das nossas mais influentes lideranças.
Estou absolutamente seguro, companheiro, de que o ambiente possível e ideal para a disseminação de uma nova cultura partidária petista é a internet, com suas redes sociais. Aqui é possível compartilhar pensamentos e debater ideias, sem limitações de espaço, nem de tempo. E compartilhar pensamentos e debater ideias é tudo que mais se precisa para iniciar e dar curso a transformações políticas, a partir da mudança das mentalidades.
Temos a internet e isto não é pouco, Marat. Vamos usá-la, fazendo o possível, a nossa parte, sem esperar milagres, mas dando crédito à capacidade de discernimento dos milhares de petistas que encontramos nas redes sociais e apostando na capacidade destas redes de multiplicarem ao infinito a reprodução de mensagens de qualquer natureza.
É preciso realmente mudar a direção do PT. Mas antes é preciso mudar a mentalidade da vanguarda do partido, para que dela surja uma direção alternativa que não seja uma mera continuidade do que temos hoje. A mudança que a direção do PT precisa não é de caras e nomes, não é geracional, racial, nem de gênero. A direção do PT precisa de uma mudança de valores e hábitos, que têm que ser determinados pela vanguarda do partido na permanente reflexão coletiva que esta vanguarda faça nas redes sociais e nas ruas.
Vejo o PT como um doente em fase terminal, Marat. Mas, como diziam os Titãs, "o pulso ainda pulsa". E, enquanto pulsar, acho que, como militantes de esquerda, temos o dever de tentar salva-lo. Porque, indiscutivelmente, sua morte, hoje, traria imensos prejuízos para a classe trabalhadora brasileira e latino-americana. Esta é, a meu ver, uma excelente razão para não desistirmos de lutar pelas mudanças que julgamos necessárias.
MARAT CALADO
Concordo. Este apêndice (Rede Social) pode funcionar e gerar novas cabeças com novos pensamentos. Conheci alguns novos, realmente livres do 'ranço' intelectualoide existente no Partido. Gostei e mantenho um leve contato, para não aparentar 'patrulha' ou 'cabresto', e o papo flui. Agora, arregimentar essa turma, não sei como fazer ou iniciar. Talvez seja um pouco de cansaço da minha parte. 'Preguiça' da mesmice histórica. Rsrs. Mas, alguém do nosso meio, com essa visão que vc está passando, deve conseguir. Uma observação: Continuo achando a Rede Social, bastante vulnerável e com 'figuras dissimuladas'. Detectar isso, é a missão mais difícil. É o que penso.
MARAT CALADO
Sobre O QUE TEM FEITO OS PRESIDENTES DE DIRETÓRIOS...
Por aqui, na Freguesia de Jpa., posso garantir que o PT é um grupo fechado. Encontrei duas vezes o presidente (uma nas eleições para prefeito e outra para governador) que atua como todos os novatos inseguros. Anotam teu telefone, e-mail, diz que fará contato, não informa onde fica a sede ou sala de reunião e sai consciente que vc está a disposição dele. Um infantil. Nunca houve uma ação na rua. Na primeira vez, não me identifiquei, só dei nome e e-mail, pensei que era por isso. Na segunda conversei um pouco e tentei criar uma identificação, falando de passagens históricas, pareceu ser pior, fez cara de interjeição... tipo, esse cara vai me trazer problema... Estou esperando contato até hoje. Achei bom que fosse assim. Sei que fez parte dos que impediam a votação no TED, burocratizando e colocando garotas desinformadas para bloquear a votação. Este é o quadro.
SILVIO MELGAREJO
E, infelizmente, isto deve ser geral, Marat. Não é casual que você tenha encontrado este dirigente apenas em campanhas eleitorais. É que fora das eleições, internas e externas, o PT não funciona mesmo para nada.
O partido não tem política nenhuma para garantir o funcionamento dos diretórios do modo como o seu estatuto determina.
Os dirigentes são, na verdade, cabos eleitorais, não são orientados, não têm suporte e não estão submetidos a controle nenhum, nem por parte das suas instâncias superiores, nem por parte das suas próprias bases de filiados, que eles de fato marginalizam com sua permanente inoperância. Respondem unicamente ao comando dos parlamentares ou tendências a que estão vinculados.
Se existe alguma política para os diretórios do PT, parece que é exatamente para garantir que eles não funcionem e mantenham os filiados à margem de todo debate, decisão e atividade. E é o que tem acontecido desde sempre.
Como mudar isto? Exigindo da direção nacional o cumprimento do Estatuto no que tange à disciplina dos dirigentes de todos os níveis, para que eles realizem, pelo menos, aquelas obrigações básicas que o Estatuto explicitamente lhes atribui e que, em geral, eles não cumprem, não sofrendo por isto nenhuma sanção, nem a mais leve advertência.
Esta questão da disciplina dos dirigentes é a chave para a solução do problema do funcionamento dos diretórios. Mas é preciso que haja uma política administrativa global para o partido que também oriente melhor a atuação destes dirigentes. Eles precisam ser cobrados, mas precisam também ser melhor orientados para serem capazes de cumprirem suas funções e responderem adequadamente às exigências dos cargos que ocupam.
Esta é uma reflexão que precisa ser feita no PT para que se desenvolva no partido a consciência, ainda ausente, de que política nenhuma, por mais acertada que seja, se realiza sozinha, espontaneamente, sem método de trabalho, mecanismos de controle e rigorosa disciplina.
MARAT CALADO
É exatamente isso. O problema é que ao levar para a Direção Nacional (vou citar apenas um nome) vc não encontra respaldo algum. É outra 'igrejinha', companheiro. Que moral tem um Cantalice (Vice Presidente Nacional) para implementar formação para os componentes de Diretórios e implementação de qualquer trabalho de rua, se ele foi um dos grandes omissos e inibidores e burocratas (no mau sentido da palavra), quando foi presidente da Regional/RJ. Essa figura (não quero com isso, conflitar com ninguém) acabou de enterrar o PT, em sua gestão. Faz parte da CNB, apenas para galgar o poder e os dirigentes paulistas que nada sabem e nem querem saber, elegem esses 'quadros' enganadores para conclamar as bases. Observe como ele fala nas entrevistas do jornal do PT ou qualquer outro veículo, é risível. Dá vergonha. Estamos nos enganando, quando acreditamos nessas lideranças. Pessoas com a tua consciência (sinceramente, sem média) são pouquíssimas. É difícil encontrar na direção. Quando eles elegem, a figura é cooptada ou já chega lá, porque aceitou a 'regra do jogo'. Sei não, não vislumbro grandes avanços, apesar de torcer (internamente nada posso fazer) sinceramente, para que a militância ativa e capaz, independente, conquiste um grande espaço para tirar o PT dessa letargia, que parece ter sido inoculada na maioria das direções do Partido dos Trabalhadores. Grande abraço.
SILVIO MELGAREJO
Marat. Tenho a mesma percepção que você. Mas, sou mais otimista. Internamente, realmente, nenhum de nós pode fazer nada. Mas, aqui fora, graças às redes sociais da internet, é possível criar um amplo movimento, ao mesmo tempo crítico e propositivo, que desperte uma nova consciência na militância petista e a leve a demandar mudanças na atuação das nossas mais influentes lideranças.
Estou absolutamente seguro, companheiro, de que o ambiente possível e ideal para a disseminação de uma nova cultura partidária petista é a internet, com suas redes sociais. Aqui é possível compartilhar pensamentos e debater ideias, sem limitações de espaço, nem de tempo. E compartilhar pensamentos e debater ideias é tudo que mais se precisa para iniciar e dar curso a transformações políticas, a partir da mudança das mentalidades.
Temos a internet e isto não é pouco, Marat. Vamos usá-la, fazendo o possível, a nossa parte, sem esperar milagres, mas dando crédito à capacidade de discernimento dos milhares de petistas que encontramos nas redes sociais e apostando na capacidade destas redes de multiplicarem ao infinito a reprodução de mensagens de qualquer natureza.
É preciso realmente mudar a direção do PT. Mas antes é preciso mudar a mentalidade da vanguarda do partido, para que dela surja uma direção alternativa que não seja uma mera continuidade do que temos hoje. A mudança que a direção do PT precisa não é de caras e nomes, não é geracional, racial, nem de gênero. A direção do PT precisa de uma mudança de valores e hábitos, que têm que ser determinados pela vanguarda do partido na permanente reflexão coletiva que esta vanguarda faça nas redes sociais e nas ruas.
Vejo o PT como um doente em fase terminal, Marat. Mas, como diziam os Titãs, "o pulso ainda pulsa". E, enquanto pulsar, acho que, como militantes de esquerda, temos o dever de tentar salva-lo. Porque, indiscutivelmente, sua morte, hoje, traria imensos prejuízos para a classe trabalhadora brasileira e latino-americana. Esta é, a meu ver, uma excelente razão para não desistirmos de lutar pelas mudanças que julgamos necessárias.
MARAT CALADO
Concordo. Este apêndice (Rede Social) pode funcionar e gerar novas cabeças com novos pensamentos. Conheci alguns novos, realmente livres do 'ranço' intelectualoide existente no Partido. Gostei e mantenho um leve contato, para não aparentar 'patrulha' ou 'cabresto', e o papo flui. Agora, arregimentar essa turma, não sei como fazer ou iniciar. Talvez seja um pouco de cansaço da minha parte. 'Preguiça' da mesmice histórica. Rsrs. Mas, alguém do nosso meio, com essa visão que vc está passando, deve conseguir. Uma observação: Continuo achando a Rede Social, bastante vulnerável e com 'figuras dissimuladas'. Detectar isso, é a missão mais difícil. É o que penso.
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sábado, 5 de setembro de 2015
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
Mensagem de José Dirceu à companheira Ana Paula Perciano. (30-8-2015)
Entrou hoje na minha timeline uma postagem da companheira Ana Paula Perciano, de 30 de agosto último. Abaixo de uma foto, de dois anos atrás, de José Dirceu, ela diz:
"Queridos compas,Ana Paula publicou o texto do e-mail do jeito que veio, num bloco só, digitado, aparentemente, num celular. Pois, eu tomei a liberdade de editá-lo, apenas o suficiente para facilitar um pouco a leitura, e compartilha-lo amplamente. Porque trata-se, realmente, de uma raríssima oportunidade da militância petista ouvir uma mensagem direta deste homem que tem sido, indiscutivelmente, na última década, o mais perseguido e massacrado de todos os petistas. Com a palavra, José Dirceu.
Hoje de madrugada, recebi uma resposta/depoimento em meu email, a qual quero compartilhar com vocês.
Pois ele conta mesmo com a gente!"
"ze dirceu para 'Ana Paula Perciano' <anapaula></anapaula>
(05:33) Exibir detalhes
prezada Ana,
minha gratidão pelo apoio, solidariedade e presença amiga,
vou lutar, vamos lutar, ate provar minha inocência,
vou a revisão criminal e as cortes internacionais,
a farsa e o julgamento de exceção tem que ser denunciado,
a violação dos mínimos direitos da defesa e das garantias individuais,
a ausência da dupla jurisdição,
a opressiva publicidade,
um julgamento ao vivo pelas redes de TV,
a falta de provas,
o desconhecimento das provas da defesa,
a farsa do dinheiro publico e do desvio dos recursos da Visanet,
o uso indevido da Teoria do Domínio do Fato,
o julgamento durante as eleições,
as condenações as vésperas do primeiro e segundo turno,
as penas absurdas numa violação aberta do código e da jurisprudência,
a ausência de ato de oficio,
no meu caso o reconhecimento explicito pelo MP e Ministros da ausência de provas,
ha farto material de provas colhidos pela revista Retrato do Brasil,
vamos a luta
conto com você e sua indignação que é minha também.
Estou as ordens para juntos vencermos essa batalha,
nada me impedira,
vou lutar sempre.
abraços
Ze"
Conte comigo, Dirceu.
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