Em 18/11/2014 postei a imagem acima como comentário em um status do deputado Alessandro Molon.
No dia seguinte, 19, uma companheira chamada Joseli Lannes disse a respeito da mensagem desta minha imagem:
"Como simpatizante e participante desde 1982, acho que está na hora de re-construir o PT e re-sintoniza-lo às ações de trabalhadores e da sociedade - a sociedade se mobilizará e organizará nova vias, com ou sem PT. Eu gostaria que fosse com, como tenho trabalhado. Mas sem achar que o PT 'fará indução e dirigira as mobilizações de trabalhadores'. Armadilha perigosa."
Em resposta a ela, postei o seguinte texto:
"Joseli Lannes. Não existe mobilização espontânea. Todas são induzidas por alguma organização, que pode ser uma entidade do movimento social, uma rede de televisão ou um partido ou frente de partidos políticos.
Também não existe mobilização social bem sucedida se não houver uma direção que seja capaz de garantir a unidade de ação e de propósitos. Mobilização sem direção resulta em dispersão e desvirtuamento de objetivos.
O mais recente exemplo disso foram as manifestações de junho de 2013 que nasceram movidas por bandeiras democráticas e de esquerda e acabaram se esgotando sem alcançar outro resultado significativo além do fortalecimento da direita.
Os protestos de junho começaram com a demanda de um pequeno movimento em São Paulo, o Movimento Passe Livre, e se agigantaram, ganhando uma dimensão nacional e ampliando e diversificando sua pauta.
O problema é que não havia nenhuma organização de esquerda capaz de dar direção às massas que foram para as ruas em todo o país. E este vazio de direção acabou sendo ocupado por uma poderosa organização de direita, que foi a Globo.
A emergência do fascismo, que hoje vemos desfilar, desafiar e ameaçar a democracia, se deu em junho de 2013, induzida e orientada pela Globo para o desgaste - que efetivamente se deu - do governo Dilma e do PT. Alcançado o objetivo pretendido, a própria Globo tratou de esvaziar o movimento com a colaboração dos black blocs.
A lição que se pode tirar destes eventos é que não basta à esquerda botar o povo na rua para alcançar seus objetivos. É preciso fazê-lo de forma organizada para garantir a unidade de ação e de propósitos. E não existe organização sem direção.
O que eu defendo é que o PT se prepare para ser essa direção que as massas precisam para atuarem de forma coesa e coordenada na defesa do mandato de Dilma e da democracia e na luta pela Reforma Política e pela Democratização da Mídia."
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