Se a polícia do Rio de Janeiro tivesse matado Santiago Andrade, Sérgio Cabral seria chamado de assassino. Mas quem matou Santiago Andrade não foi a polícia, foram os Black Blocs. Eles e todos os que os incitaram, apoiaram, justificaram ou se omitiram ante seus crimes, desde junho passado.
O PSOL é assassino. Marcelo Freixo é assassino. Chico Alencar é assassino. São cúmplices da morte brutal de um trabalhador inocente e da transformação de um jovem estudante e trabalhador num homicida. Toda manifestação de pesar que façam sobre este caso, não será mais que odiosa hipocrisia, se não vier acompanhada de uma auto-critica em que assumam suas responsabilidades.
Tentar transferir a culpa da tragédia para o Estado será subestimar a inteligencia dos trabalhadores. Quem estimulou ou foi tolerante com os protestos violentos é responsável pela perda de uma vida humana e pela desgraça de pelo menos duas outras. Os velhos dirigentes da esquerda burra e inconsequente, roubaram a vida do trabalhador Santiago Andrade e mataram a liberdade e o futuro do jovem Fábio Raposo e seu comparsa.
Quem planta e cultiva a violência não pode colher senão mais violência e eventos trágicos. Menos de um ano de ações Black Bloc e já se colhe no Brasil uma morte. Quantas mais serão necessárias para que se entenda, de uma vez por todas, que trilhar este caminho não vai tornar o país nem mais democrático, nem mais socialmente justo, pode, ao contrário, levar o Brasil para o abismo profundo da barbárie e do autoritarismo?
Joaquim Barbosa, os Black Blocs e os linchadores do Flamengo, são expressões da visão deformada de justiça que tem tentado se impor à nossa sociedade. A justiça fora da lei, de que eles se propõem ser agentes, é a negação da própria democracia, porque só a lei institui direitos e pode estabelecer mecanismos para protegê-los. Eles abominam a lei porque não suportam a democracia.
Mais do que ano de eleições ou ano da Copa, 2014 deve ser o ano de reafirmar a democracia no Brasil, dizendo NÃO às intenções fascistas que estão por trás dos discursos e atos justiceiros. Que a morte de Santiago Andrade sirva de lição ao país, e que a partir de agora sejamos menos tolerantes com a transgressão da lei a pretexto de fazer justiça.
Os Black Blocs e os linchadores das ruas, da mídia e do Supremo são ameaças reais à democracia brasileira que precisam ser contidas, antes que provoquem ainda mais prejuízos à nação. Basta de violência contra a vida e contra a reputação de inocentes! Basta de prepotência e covardia contra os mais fracos! Basta de terror nas ruas, nos tribunais e nas manchetes! A democracia do Brasil não pode mais admitir esses ultrajes.
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