(Mensagem enviada em 8 de novembro de 2013 à lista de e-mais do 1º Diretório Zonal e publicada em sua página na web com o número 14959)
Tenho a convicção de que os diretórios zonais são as instâncias mais importantes para a organização e mobilização dos filiados de base. Mais importantes do que os diretórios nacional, regionais e municipais. Pela simples razão de que são os diretórios zonais as instâncias de direção mais próximas da base do partido. Por isso, tenho dirigido as minhas maiores críticas ao 1º Diretório Zonal, pelo déficit organizativo e de participação que vejo nas zonas centro e sul do Rio.
Em julho, o presidente Ricardo Quiroga informou que tinha recebido do Diretório Municipal um arquivo com 4.311 boletos para as contribuições dos filiados. Mas a lista de filiados aptos a votar, que recebemos, só tem 1.392 nomes. Ou seja, 2.919 filiados ficaram de fora do PED. Apenas 32,29% vão poder participar. Por que isso está acontecendo? Será que a culpa é dos 67,71% dos filiados excluídos? Eu acho que não.
Há 3 dias eu apresentei, aqui e na comunidade do 1º Diretório, no Facebook, a seguinte pergunta:
Até agora ninguém me deu essa resposta. Lembro que, segundo a Secretaria Nacional de Organização do partido, a Rede PT Brasil é um conjunto de sistemas que informatizam os procedimentos internos do PT.
Que cabe a cada dirigente zonal contatar a Secretaria de Organização do PT em seu Estado e agendar uma reunião com a equipe de implantação.
Que a partir daí deverá o dirigente zonal assinar um "Termo de Adesão" onde se comprometerá a manter arquivados os documentos comprobatórios das operações feitas, processar no devido tempo os pedidos de filiação e transferência recebidos e submeter-se à auditoria periódica ou eventual.
E que caberá, ainda, a cada diretório zonal, indicar em reunião (com ata) um dirigente para operar cada um dos sistemas, que assinará um "Termo de Responsabilidade" e receberá a senha de acesso.
Será que isso nunca foi discutido numa reunião presencial do 1º Diretório Zonal?
Alimentar e manter atualizado o banco de dados do partido é a tarefa mais básica e óbvia que precisa ser assumida por qualquer dirigente, que tenha um mínimo de preocupação com a organização partidária. Mas, quem, nesta 1ª zonal, quer organizar prá valer o PT? A palavra organização entra e sai dos discursos como mero adorno, sem que ninguém nunca diga que conceito tem de organização partidária, muito menos de que modo pretende concretizá-la.
As duas candidatas a presidente da zonal simplesmente não usam a internet para apresentar seus projetos, se é que os têm. O tema da organização partidária, que deveria ser central na eleição para a direção de um diretório zonal, ficou completamente ausente de toda discussão feita, por seus apoiadores, tanto na lista de e-mails, quanto nesta comunidade do Facebook.
O futuro do 1º Diretório Zonal não vai ser determinado pela posição de seus novos dirigentes quanto a temas como politica de alianças e regime de partilha do petróleo. O futuro do 1º Diretório Zonal vai ser determinado pelo que resolverem fazer seus novos dirigentes no campo da organização partidária.
A rigor, não tivemos um processo de debates para o PED desta zonal. Não houve nenhum balanço da gestão que se encerra, e nenhum projeto para a zonal foi divulgado pelas candidatas à presidente, nem por suas chapas, cujas composições permanecem um mistério. Às vésperas do dia do voto, sinto dizer que nada me empolga, só vejo razão pro ceticismo.
Sem ser candidato a nada, apresentei um projeto que nunca ninguém se deu ao trabalho de analisar. Espero que a nova gestão o faça. Pode ser pouco, mas é muito mais do que o vazio de idéias que tenho visto durante os últimos meses sobre o tema da administração partidária.
Desse meu projeto, destaco como propostas mais importantes a criação do Banco de Dados da zonal, e a realização do Censo Partidário Zonal e das Conferências Temáticas de Comunicação, Administração e Finanças e Arquivologia.
São todas propostas que visam a fazer um levantamento minucioso dos recursos humanos disponíveis em nossa base de filiados, para que o 1º Diretório possa planejar e desenvolver sua atividade nas zonas centro e sul do Rio.
No tema que mais me interessa, que é a organização do partido na zonal, não vejo nenhuma diferença entre Cláudia e Lúcia, entre União Resistência e Luta, e Reencantar a Militância. Se omitiram todos. Mas minhas idéias estão postas, espero que em algum momento as considerem, e estou pronto para dar minha contribuição militante no trabalho sistemático de base, caso resolvam adotar essa prática.
Silvio Melgarejo
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