sábado, 6 de julho de 2024

Para o povo, prosperidade vale mais que ideologia e moral

"Ninguém come PIB", disse Conceição. E eu, concordando com ela, acrescento: nem ideologia e nem moralismo.

Porque, em sã consciência, realmente ninguém troca um governo que proporciona uma sensação de grande e contínua prosperidade por um que conserva ou agrava uma sensação de estagnação ou decadência, só porque esse mau governo é um bom fiscal de costumes e o outro é mais permissivo. 

Ou só porque esse mau governo busca com mais empenho o equilíbrio fiscal e o outro não tem o equilíbrio fiscal como prioridade.

Ideologia e moralismo não mudam a vida material de ninguém e não resistem a um choque mais forte com a realidade. 

O povo julga os governos pela prosperidade que proporcionam ou deixam de proporcionar. 

A percepção de prosperidade, estagnação ou decadência é o que mais influencia o seu humor e a sua atitude política.

Quanto maior for a percepção do povo de estar prosperando em razão das ações do governo, menor será a influência de qualquer discurso da oposição na definição do seu posicionamento político.

Mas quanto maior for a percepção do povo de estagnação ou decadência das suas condições de vida em razão de equívocos, insuficiências ou omissões do governo, maior será a influência de qualquer discurso da oposição na definição do seu posicionamento político, inclusive os discursos ideológico e moralista, que são muito mais expressões de insatisfação do que propriamente eixos de um programa alternativo de governo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.