Dados da macro-economia significam alguma coisa para quem entende de macro-economia. O povo não entende de macro-economia. Da macro-economia o povo apenas sente os efeitos.
Talvez por isso a economista Maria da Conceição Tavares disse que "ninguém come PIB, come alimentos". Porque, para o povo, indicadores econômicos realmente não significam nada.
Bons indicadores podem gerar boas expectativas para os economistas. Mas, para o povo, a percepção da realidade vivida é que importa.
Não há indicador econômico que convença o povo de que a sua vida está melhorando quando o povo sente na pele que não está.
Por isso o discurso do PT e do governo Lula deve dialogar antes com a percepção do povo do que com os dados dos economistas. Senão esse discurso cai no vazio, por falta de receptividade.
O fato indiscutível de os indicadores econômicos não representarem nada para o povo significa, obviamente, que eles não têm o menor valor político. São politicamente irrelevantes.
Mas então de que adianta o governo e o PT citá-los nos seus discursos dirigidos ao povo?
Os indicadores econômicos, quando muito, podem explicar para os que entendem de economia um momento de satisfação ou insatisfação do povo com o governo. Mas não criam satisfação ou insatisfação.
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