segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A indignação dos devotos de Marina.

Por que, em relação a Marina Silva, devemos fingir que não vemos o que estamos vendo? Por que devemos nos abster de interpretar e julgar seus atos públicos?

No velório de Campos, Marina já era uma candidata a presidente da república, em plena campanha. Foi fotografada sorridente, acenando, fazendo pose prá selfies, tão à vontade que chegou a apoiar os cotovelos no caixão funerário. Parece ter esquecido que estava num velório.

Isso diz ou não diz algo sobre ela? É ou não verdade que o caráter se revela mais nos atos do que no discurso?

Da candidata Marina Silva tem-se vendido uma imagem de santa, que muitos, inadvertidamente, compraram. Seu apelo político é exatamente a suposta superioridade moral sobre seus concorrentes. Uma mulher idealista, sem ambições materiais, desinteressada, humilde, é o que se sugere que ela seja. Será? Quem é Marina Silva, de verdade, para além das ações de marketing?

Aécio e Dilma, cujas candidaturas já estavam postas antes, tiveram suas vidas devassadas, seus hábitos e modos meticulosamente analisados. Nunca vi, no caso dos dois, restrições a interpretações e julgamentos de atos - até mesmo de suas vidas privadas -, como tenho visto no caso de Marina Silva. Parece que, no caso dela, isso vira heresia. Natural que assim pensem os que a tem por santa. Mas, não têm o direito de recriminar quem nela não vê tanta virtude e expressa, democraticamente, sua desconfiança e desaprovação.

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