terça-feira, 8 de janeiro de 2019

A luta contra o fascismo requer do diretório zonal uma nova forma de funcionamento.

Ao 1º Diretório Zonal do Rio de Janeiro.

Companheiros, a fascistada já está no governo e o governo já ataca o nosso povo. Não é hora da esquerda tirar férias, é hora de se preparar para o combate. Trata-se agora de mobilizar multidões de trabalhadores para o confronto com uma ditadura. E para isso precisamos de um partido militante, realmente militante, ou seja, de um partido que tenha atividade permanente e com grande envolvimento dos seus membros. É uma nova cultura partidária que precisamos adotar, uma nova forma de funcionamento, que exigirá de todos os filiados, mas principalmente dos dirigentes, uma entrega maior, mais trabalho, mais disciplina, mais empenho e mais sacrifício.

Em 2 de março de 2018 publiquei em meu blog e apresentei a esta instância uma "Contribuição para o aperfeiçoamento do Plano Estratégico divulgado em 21 de outubro pelo 1º Diretório Zonal do Rio de Janeiro/RJ". Este meu texto tinha como título "1º Diretório Zonal: O trabalho que prepara o combate" e ainda expressa o que penso sobre a forma como devemos atuar. Por isso o reapresento e peço a vocês que o leiam e que pensem e debatam sobre o que lhes proponho. Porque não basta a um partido militante definir uma estratégia, ou seja, um plano estabelecendo objetivos e as ações necessárias para alcançá-los. É preciso definir também como e com que recursos se pretende realizar estas ações, como executá-las, botá-las em prática efetivamente.

O diretório zonal deve ser entendido como uma organização destinada a contribuir para a conquista dos objetivos do partido, realizando no âmbito da sua jurisdição as ações que o partido estabeleça para alcançar os seus fins. Deve ser entendido, portanto, como uma unidade tática de combate político a serviço da estratégia definida pelo partido. Organizar e mobilizar o conjunto dos filiados da sua base para uma atuação partidária coletiva e unificada nas ruas sob um comando centralizado é a mais importante missão do diretório zonal como instância partidária dirigente. É desta missão que precisamos tratar prioritariamente neste início de ano. Como cumpri-la com eficiência e eficácia? O que precisamos fazer para dar conta deste desafio?

É preciso que todo petista tenha consciência hoje da gravidade da situação em que estamos. O que temos pela frente não é uma disputa política, é uma guerra. É para uma guerra que temos que nos preparar, conscientes dos riscos mas principalmente dos deveres que o compromisso com a luta pelo ideal de uma sociedade mais justa nos impõem. A solidariedade na luta é hoje mais fundamental do que nunca. Somos muitos, mas frágeis e vulneráveis isoladamente. Só teremos força para resistir e vencer se estivermos juntos no combate. E esta unidade de ação tão necessária só será possível se houver comando firme, exercido pela instância dirigente, e se houver uma forte organização dos filiados de base.

A organização, assim como o comando, da base é um dever da instância dirigente. Organizar a base significa identificar os talentos e vocações, conhecimentos e habilidades, disposições e disponibilidades de cada filiado e definir a melhor forma de empregar estes recursos na realização das ações do partido. É da sua base de filiados que o diretório zonal pode legitimamente extrair todos os recursos necessários para a implementação das suas políticas de finanças, comunicação, formação política e mobilização. Por isso a base de filiados deve ser o foco principal da atuação desta instância, tendo como metas prioritárias ampliar a sua base de arrecadação financeira, para custear a montagem e manutenção de uma infraestrutura e de uma imprensa próprias; e ampliar a sua base militante, já que o impacto das ações do diretório nos bairros será sempre tanto maior quanto maior for a densidade da participação de militantes.

Não se organiza e mobiliza um partido de massas como o PT do dia para a noite, assim como não se organiza e mobiliza milhões de trabalhadores num estalar de dedos. Organizar multidões é uma construção que demanda tempo, meses e até anos de trabalho intenso, contínuo e perseverante. Tampouco se pode esperar que a organização e mobilização alcançadas se sustentem ao longo do tempo sem a indução constante de um perseverante trabalho de base. "A grandeza dos desafios", diz a resolução do 6º Congresso, de 2017, "requer do PT firmeza e vigor na dinamização e fortalecimento das suas instâncias". Pois eu diria, para ser mais preciso, que a grandeza dos desafios requer novos hábitos.da vanguarda dirigente e de base deste partido. Já não cabe a disciplina frouxa e já não basta a atividade eventual. Precisamos de disciplina rígida e atividade permanente, ou seja, diária. Porque é isso que fará de nós o partido realmente militante que precisamos ser para enfrentar e vencer o fascismo e o ultraliberalismo.

Reitero o meu convite a todos para que leiam o meu texto "1º Diretório Zonal: O trabalho que prepara o combate", de 2 de março de 2018, uma "Contribuição para o aperfeiçoamento do Plano Estratégico divulgado em 21 de outubro [de 2017] pelo 1º Diretório Zonal do Rio de Janeiro/RJ".

Silvio Melgarejo

08/01/2019

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