terça-feira, 30 de outubro de 2012

PT e o povo brasileiro: uma aliança temida que se fortalece e resiste ao ódio da direita.

Por Silvio Melgarejo - Meu partido, o PT, sempre foi odiado pelos grandes empresários - a burguesia - e por todos os que são avessos ao ideal de uma sociedade, sob todos os aspectos, mais igualitária - a direita. Era odiado antes de chegar ao poder e tornou-se ainda mais odiado depois que chegou. Verdade que setores mais radicais – ou apressados – da esquerda, odeiam o PT por acharem que ele poderia ter feito mais e melhor do que fez até agora. Mas a classe dominante, a burguesia, aquela que fala através dos colunistas da Globo fomentando diuturnamente o ódio contra o partido na sociedade, essa odeia o PT porque o teme.

Quanto mais o PT cresce, mais ameaçador parece aos olhos dos beneficiários e defensores da injusta ordem política, econômica e social vigente no país. O crescimento do PT indica o reconhecimento popular de que o partido tem sabido representar bem os interesses da classe trabalhadora, tanto na condição de oposição como na condição de governo. O PT tem, por isso mesmo, conseguido conquistar milhares de novos filiados e milhões de novos eleitores, a cada eleição. E não se pode deixar de considerar isso notável. Afinal, o partido tem tido contra si a quase totalidade da mídia (TVs, rádios, jornais e revistas), que atua desde a primeira eleição de Lula, em 2002, até hoje como um autêntico partido de oposição. Ainda assim, o PT segue acumulando vitórias e reforçando seus laços com a classe que pretende representar na política, que é a classe trabalhadora. E é exatamente o fortalecimento desses laços o que mais preocupa a burguesia e a direita.

Os discursos inflamados dos partidos de esquerda mais radicais ou apressados, não assustam a burguesia e a direita porque elas sabem que esses partidos são fracos, e que são fracos porque têm pouco ou nenhum enraizamento na sociedade. Sabem que qualquer mudança estrutural mais profunda na ordem político-econômico-social em favor das massas só poderá ser feita pelas próprias massas organizadas e mobilizadas sob o comando de um partido que lhes dê direção. E sabem que, pela relação que vem construindo com a classe trabalhadora, esse partido pode muito bem vir a ser o Partido dos Trabalhadores. Por isso temem o PT. Porque acreditam no compromisso e na disposição do partido de avançar com o povo, no ritmo do povo, até onde o povo quiser transformar o país. E porque o temem, o odeiam, o têm como inimigo mortal a ser destruído.

O PT sabe que as mudanças mais importantes, que podem tornar a sociedade realmente justa e democrática, não serão conquistadas pelo partido sozinho. Sabe que precisa da força do povo para realizá-las, mas sabe também que o povo só se move pela própria consciência e vontade. O PT respeita o povo. Não diz o que ele deve fazer, mas demonstra, na prática dos governos que conquista pelo voto, o reconhecimento dos seus direitos e a ideia de que o Estado tem o dever de assegurá-los.

É assim que tem se fortalecido os vínculos do PT com a classe trabalhadora. Com o partido respeitando a vontade do povo, não exigindo que ele dê passos que não está preparado prá dar, mas fazendo, com os meios institucionais precários que tem, o máximo prá dar-lhe o possível, e tornar sua vida um pouco melhor. E a verdade, que fere a sensibilidade dos antipetistas e os deixa desconsolados, é que o povo brasileiro tem demonstrado, em sucessivos pleitos eleitorais e nas pesquisas de opinião, o seu reconhecimento por esse esforço que o Partido dos Trabalhadores tem feito.

Desde que o PT foi fundado, a Globo tentou convencer os trabalhadores de que o partido era um bando de bandidos. Ocultou a corrupção dos adversários do PT para dar relevo a denúncias contra o partido e seus membros que nunca se comprovaram, como se viu no recente julgamento do Supremo. Ali, diante de milhões de olhos perplexos, Dirceu, Genoíno, Delúbio e João Paulo, foram condenados sem que nenhuma prova sequer tenha sido apresentada, de que eles realmente tenham cometido os crimes de que foram acusados. Perderão, estes companheiros, injustamente suas liberdades depois de terem sido julgados num tribunal corrompido pela vaidade e pela covardia de seus juízes, incapazes de resistir ao assédio da Suprema Globo, de Roberto Irineu Marinho.

Mas nem os discursos dos colunistas-militantes da Globo conseguiram impedir as vitórias do PT nas eleições presidenciais de 2002, 2006 e 2010, nem os militantes togados do STF conseguiram impedir que o PT fosse o partido mais votado nas recentes eleições municipais. O povo conhece a Globo e conhece o PT. Sabe que aquela nunca lhe deu nada além de boas novelas, mas que este, desde que chegou ao governo, tem mudado a sua vida e pode lhe ajudar a construir um futuro ainda melhor para o Brasil. O ódio cultivado pelas Organizações Globo e suas parceiras políticas na mídia, contra o PT, não tem conseguido abalar a aliança entre o partido e o povo brasileiro, que, ao contrário, cada vez mais se fortalece.

A burguesia e a direita veem como um risco para os seus interesses a consolidação de uma tal parceria, entre a classe trabalhadora e um partido como o PT, que acreditam estar disposto a caminhar junto com ela e falar em seu nome nas ruas e no interior das instituições do Estado. Não sabem aonde isso pode parar. Ao contrário do que dizem, não temem pela democracia; temem a democracia, porque acreditam que através dela o povo brasileiro pode optar pelo socialismo, pelo fim da ordem economicossocial que lhes tem assegurado os injustificáveis privilégios, razão pela qual não só pediram, como apoiaram o golpe de 1964 que depôs o presidente João Goulart.

O antipetismo de direita, encarnado por Roberto Irineu Marinho, é o herdeiro político do anticomunismo visceral de seu pai Roberto Marinho. O PT não é um partido comunista, mas a direita o vê como tal. Durante a ditadura, chamavam Dom Helder Câmara de comunista. Apelidaram-no de ‘bispo vermelho’. Ele dizia mais ou menos o seguinte: ‘se dou esmola ao pobre, me aplaudem; mas se ataco as razões de sua pobreza, me chamam de comunista’.

O PT, no governo, nem de longe chegou a atacar as razões mais profundas da pobreza. Não dá esmolas ao povo, ao contrário do que diziam os antipetistas de direita e esquerda, referindo-se ao Bolsa Família, ideia que acabou sendo repudiada pelo próprio povo através do voto. O PT, no governo, busca, isto sim, garantir os direitos de todos os cidadãos brasileiros, especialmente os mais pobres, através de políticas públicas de inclusão, dentro dos limites do capitalismo. Isso basta prá que a direita o acuse de comunista. De fato, o PT pode até um dia vir a ser comunista, se o debate interno entre os seus militantes levá-lo à conclusão de que o comunismo é um bom caminho para o Brasil e de que o povo realmente deseja trilhá-lo. Por enquanto, nada disso aconteceu, ele é só um partido que tenta representar os interesses da classe trabalhadora e promover reformas no país que possam lhe proporcionar uma vida melhor. É só e já é muito.

A burguesia tem uma porção de partidos que a representam. E a classe trabalhadora estaria órfã de representação política se só pudesse contar com os partidos da esquerda socialista revolucionária, com os quais não concorda e não se identifica. Prá quem acha que o advento de um mundo de justiça, paz e prosperidade depende da destruição do capitalismo, e que o PT não é um partido anticapitalista, eu digo que os objetivos e os métodos do PT buscam ser expressões da vontade do povo brasileiro com quem o partido faz o possível prá manter a maior e a melhor sintonia. Por isso é que o partido cresce, a despeito das críticas. Por isso sou petista.

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