sábado, 19 de outubro de 2024

Insatisfação do povo grita nas pesquisas. Será que Lula é os petistas não ouvem?

A vida como ela é: o povo está insatisfeito com o governo Lula. E não é por causa de fakenews. É por causa da percepção de ausência de melhora nas suas condições de vida. Esta percepção foi apontada por duas pesquisas divulgadas no começo de outubro. No dia 9, foi divulgada a pesquisa do instituto Quaest e no dia 11, a do Datafolha. Ambas indicam que uma expressiva maioria do povo considera que a sua vida pessoal e a vida do país não melhoraram nada nos últimos 12 meses.

Os dados das duas pesquisas precisam ser interpretados, por isso, antes de apresenta-los, quero explicar os critérios e o modo como os analiso.

ÍNDICE DE NÃO MELHORA 

Parto do pressuposto de que o que mais afeta o humor e a opinião política do povo não é nenhuma informação que lhe deem, é a percepção que o próprio povo tenha de melhora, não melhora ou piora das suas condições de vida. A melhora cria boas expectativas para o futuro e gera otimismo, confiança e desejo de continuidade política. A piora ou não melhora, ao contrário, criam expectativas ruins e provocam pessimismo, desconfiança e desejo de mudança.

"Melhora" é mudança positiva. Mudança negativa é "piora". Piora e ausência de mudança é "não melhora". 

Proponho então o indicador da percepção de "não melhora", somando as percepções de ausência de mudança com as percepções de mudança negativa (piora), porque ambas representam insatisfação e frustração com o desempenho do governo, já que, obviamente, todo povo elege presidentes da república com a expectativa de que promovam mudanças positivas (melhoras) no país e na vida de cada pessoa. 

Considero, por isso, que as percepções de ausência de mudança e de mudança negativa, quando somadas como percepções de "não melhora", expressam uma avaliação bem mais exata do grau de desaprovação do povo ao governo do que a percepção de mudança negativa tomada isoladamente. Porque, evidentemente, a percepção de não mudança, numa realidade considerada ruim, também não deixa de ser uma avaliação negativa do desempenho do governo. 

REGULAR É PÉSSIMO PARA GOVERNOS DE ESQUERDA 

Para um governo de esquerda ser viável, ele precisa ter um índice de ótimo e bom superior à soma do índice de regular com o índice de ruim e péssimo. A avaliação positiva tem que ser superior à soma das avaliações negativa e regular.

Isto porque a aprovação ao governo contida no conceito de regular não é suficiente para empolgar as massas trabalhadoras e motivá-las a se mobilizarem em defesa do governo. 

Regular é uma mistura de baixa aprovação com baixa desaprovação. 

A baixa desaprovação também não é suficiente para enfurecer as massas trabalhadoras a ponto de motivá-las a se mobilizarem contra o governo. 

O problema é que a direita não precisa tanto da mobilização social para derrubar um governo de esquerda quanto a esquerda para sustentar. A direita tem outros meios. A direita comanda o Estado, a esquerda, não. Essa é a grande diferença que torna a mobilização social tão necessária para o sucesso de um governo de esquerda.

Só que as massas só se mobilizam em defesa governos que considerem ótimos. Por isso não é nada bom para nenhum governo de esquerda que uma parcela muito grande da sociedade avalie o seu desempenho como regular. Exatamente porque a avaliação de regular não favorece à mobilização social em sua defesa.

Mas o que é um governo ótimo para o povo? Pode ser um governo que apresente resultados excelentes, mas também pode ser um governo que, aos olhos do povo, lute verdadeiramente para produzir os melhores resultados. 

AVALIAÇÃO GERAL DO GOVERNO 

A pesquisa Quaest mostra que 32% dos entrevistados fazem uma avaliação positiva do governo Lula. Mas 33% fazem uma avaliação regular e 31% fazem uma avaliação negativa.

Regular e negativa são avaliações "não positivas". 

Portanto, somando os 33% de regular com os 31% de negativa, tem-se que 64% dos entrevistados não fazem uma avaliação positiva do governo. 

Já a pesquisa Datafolha indica que 36% dos entrevistados consideram o governo ótimo e bom. Mas 29% consideram o governo regular e 32% consideram o governo ruim e péssimo. 

Somando os 29% de regular com os 32% de ruim e péssimo, tem-se que 61% dos entrevistados consideram que o governo não é ótimo, nem bom.

Esses números indicam o potencial de mobilização que existe hoje ma sociedade para o apoio ao governo Lula. Os 32% dos entrevistados da pesquisa Quaest que fazem uma avaliação positiva do governo Lula ou os 36% dos entrevistados do Datafolha que consideram o governo ótimo e bom. Estes são os limites máximos da capacidade de mobilização social para a defesa do governo Lula, determinados pelos seus resultados e pela percepção que o povo tem do modo ele enfrenta os seus desafios. 

COMPARAÇÃO COM O GOVERNO BOLSONARO 

A pesquisa Quaest perguntou:

O governo Lula está melhor, igual ou pior do que o governo Bolsonaro?

E as respostas foram as seguintes:

Para 38% dos entrevistados, o governo Lula está melhor do que o governo Bolsonaro. Mas para 22% está igual e para 33% está pior do que o governo Bolsonaro.

Portanto, somando os 33% que acham que o governo Lula está pior do que o governo Bolsonaro com os 22% que acham que o governo Lula está igual ao governo Bolsonaro, temos que 55% dos entrevistados consideram que o governo Lula não está melhor do que o governo Bolsonaro. 

RUMO CERTO OU RUMO ERRADO

A pesquisa Quaest perguntou:

O Brasil está indo na direção certa ou na direção errada?

E as respostas foram as seguintes:

Para 43%, o Brasil, governado por Lula, está indo na direção certa. Mas para 47%, o Brasil, governado por Lula, está indo na direção errada. 

ECONOMIA DO PAÍS 

A pesquisa Quaest perguntou:

Nos últimos 12 meses, a economia do Brasil melhorou, ficou do mesmo jeito ou piorou?

E as respostas foram as seguintes:

Para 33% dos entrevistados a economia do Brasil melhorou nos últimos 12 meses. Mas para 22%, ficou do mesmo jeito e para 41% a economia do país piorou nos últimos 12 meses.

Ora, uma economia que piora ou fica do mesmo jeito é uma economia que não melhora.

Portanto, somados os 41% que acham que a economia piorou com os 22% que acham que a economia ficou do mesmo jeito, temos que 63% dos entrevistados pelo Quaest consideram que, nos últimos 12 meses, a economia do Brasil não melhorou. 

A pesquisa Datafolha também quis saber dos entrevistados o que estão achando da economia. E as respostas coincidem com as obtidas pelo Quaest. 

O Datafolha perguntou:

Nos últimos meses, a situação econômica do país melhorou, piorou ou ficou como estava?

E as respostas foram as seguintes:

Para 26% dos entrevistados, a situação econômica do país melhorou. Mas 41% responderam que piorou e 32% responderam que ficou como estava.

Ora, uma situação que piora ou permanece igual é uma situação que não melhora.

Portanto, somados os 41% que acham que a situação econômica do país piorou com os 32% que acham que a situação econômica do país ficou como estava, temos que 73% dos entrevistados consideram que a situação econômica do país nos últimos meses não melhorou.

SITUAÇÃO ECONÔMICA DO ENTREVISTADO 

A pesquisa Datafolha perguntou:

Nos últimos meses, a sua situação econômica melhorou, piorou ou ficou como estava?

E as respostas foram as seguintes:

28% responderam que "melhorou". Mas 26% responderam que "piorou" e 45% responderam que "ficou como estava". 

De novo: uma situação que piora ou fica como estava é uma situação que não melhora.

Portanto, somados os 26% que acham que a sua situação econômica piorou com os 45% que acham que a sua situação econômica ficou como estava, temos que 71% dos entrevistados consideram que a sua situação econômica nos últimos meses não melhorou.

PODER DE COMPRA

A pesquisa Quaest perguntou:

Comparado a um ano atrás, o poder de compra dos brasileiros hoje é maior, igual ou menor?

E as respostas foram as seguintes:

Para 18% dos entrevistados, o poder de compra dos brasileiros hoje é maior do que a um ano atrás. Mas para 61%, o poder de compra dos brasileiros hoje é menor e para 19% o poder de compra dos brasileiros hoje é igual. 

Um poder de compra que diminui ou permanece igual ao de um ano antes é um poder de compra que não melhora. 

Portanto, somando os 61% que acham que o poder de compra diminuiu com os 19% que acham que o poder de compra permanece igual,  temos que 80% dos entrevistados consideram que o poder de compra dos brasileiros não melhorou em relação ao ano passado.

CUSTO DE VIDA 

A pesquisa Quaest perguntou aos entrevistados se, no último mês, os preços dos alimentos, dos combustíveis e das contas de água e luz caíram, ficaram iguais ou subiram. E as respostas foram as seguintes:

Alimentos 

Para 22% dos entrevistados, o preço dos alimentos caiu no último mês. Mas para 11% ficou igual e para 65% o preço dos alimentos subiu.

Preço melhor é preço menor. 

Portanto, somando os 65% que acham que o preço dos alimentos subiu com os 11% que acham que o preço dos alimentos ficou igual, temos que 71% dos entrevistados consideram que o preço dos alimentos não melhorou em relação ao mês anterior à pesquisa. 

Combustível 

Para 17% dos entrevistados, o preço do combustível caiu no último mês. Mas para 14% ficou igual e para 59% o preço do combustível subiu.

Preço melhor é preço menor. 

Portanto, somando os 59% que acham que o preço do combustível subiu com os 14% que acham que preço do combustível ficou igual, temos que 73% dos entrevistados consideram que o preço do combustível não melhorou em relação ao mês anterior à pesquisa. 

Contas de água e luz 

Para 14% dos entrevistados, o preço das contas de água e luz caiu no último mês. Mas para 20% ficou igual e para 64% o preço das contas de água e luz subiu.

Preço melhor é preço menor. 

Portanto, somando os 64% que acham que o preço das contas de água e luz subiu com os 20% que acham que o preço das contas de água e luz ficou igual, temos que 84% dos entrevistados consideram que o preço das contas de água e luz não melhorou em relação ao mês anterior à pesquisa. 

EMPREGO 

A pesquisa Quaest perguntou:

Está mais fácil ou mais difícil conseguir um emprego hoje do que há um ano?

As respostas foram as seguintes:

Para 26% dos entrevistados, está mais fácil. Mas para 20% está igual e para 50% está mais difícil.

Melhor é quando o emprego está fácil de ser conseguido. 

Portanto, somando os 50% que acham que está mais difícil de conseguir um emprego com os 20% que acham que a dificuldade é a mesma do ano passado, temos que 70% dos entrevistados consideram que a oferta de empregos não melhorou em relação ao ano passado. 

CONCLUSÃO

As pesquisas indicam que o governo Lula está muito longe de uma condição ideal de aprovação dos trabalhadores ao seu desempenho que lhe garanta segurança contra as ameaças da direita dominante nas outras instituições do Estado. 

Predominam as percepções de que nada mudou desde a posse do presidente Lula, de que a economia do país não melhorou, de que o poder de compra dos brasileiros continua baixo e de que sobem os preços dos alimentos, das contas de água e luz e dos combustíveis. Esta é a vida real.

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

PT, quem te viu, quem te vê

(Texto publicado hoje no Facebook)

É impressionante a naturalidade, alegria e até empolgação com que muitos petistas do Rio vão votar na direita. E como é que tantos outros petistas se calam, conformados e envergonhados, frente ao empenho dos seus dirigentes em tentar naturalizar o absurdo? Por que não reagem?

PT, quem te viu, quem te vê. Meu deus, o que fizeram com o meu partido? Cadê a independência de classe e rebeldia do Partido dos Trabalhadores? Cadê a consciência de classe e rebeldia da militância petista? É assim que pretendemos conquistar o socialismo? 

Quantos de nós ainda lembra que o PT foi criado para lutar pelo socialismo? Desistimos desse ideal? Viramos capitalistas sem capital? Não é possível que alguém acredite ser possível conquistar o socialismo ensinando o povo a confiar nos capitalistas e a acreditar nas mentiras que os capitalistas inventam para enganar os trabalhadores. Decididamente, não foi para isso que criamos o PT. 

Quem quiser saber para que o PT foi criado leia o Manifesto de Fundação do Partido dos Trabalhadores. Aprovado pelo Movimento Pró-PT, em 10 de fevereiro de 1980, no Colégio Sion (SP), esse texto foi publicado no Diário Oficial da União de 21 de outubro de 1980. Vamos ler juntos o nosso ainda formalmente vigente manifesto e refletir um pouco, para ver quanto perdemos e quanto restou do ideal que empolgava os fundadores do Partido dos Trabalhadores. 

MANIFESTO de FUNDAÇÃO
do PARTIDO dos TRABALHADORES 

O Partido dos Trabalhadores surge da necessidade sentida por milhões de brasileiros de intervir na vida social e política do país para transformá-la. A mais importante lição que o trabalhador brasileiro aprendeu em suas lutas é a de que a democracia é uma conquista que, finalmente, ou se constrói pelas suas mãos ou não virá.

A grande maioria de nossa população trabalhadora, das cidades e dos campos, tem sido sempre relegada à condição de brasileiros de segunda classe. Agora, as vozes do povo começam a se fazer ouvir por meio de suas lutas. As grandes maiorias que constroem a riqueza da Nação querem falar por si próprias. Não esperam mais que a conquista de seus interesses econômicos, sociais e políticos venha das elites dominantes. Organizam-se elas mesmas, para que a situação social e política seja a ferramenta da construção de uma sociedade que responda aos interesses dos trabalhadores e dos demais setores explorados pelo capitalismo.

Nascendo das lutas sociais

Após prolongada e dura resistência democrática, a grande novidade conhecida pela sociedade brasileira é a mobilização dos trabalhadores para lutar por melhores condições de vida para a população das cidades e dos campos. O avanço das lutas populares permitiu que os operários industriais, assalariados do comércio e dos serviços, funcionários públicos, moradores da periferia, trabalhadores autônomos, camponeses, trabalhadores rurais, mulheres, negros, estudantes, índios e outros setores explorados pudessem se organizar para defender seus interesses, para exigir melhores salários, melhores condições de trabalho, para reclamar o atendimento dos serviços nos bairros e para comprovar a união de que são capazes.

Estas lutas levaram ao enfrentamento dos mecanismos de repressão impostos aos trabalhadores, em particular o arrocho salarial e a proibição do direito de greve. Mas, tendo de enfrentar um regime organizado para afastar o trabalhador do centro de decisão política, começou a tornar-se cada vez mais claro para os movimentos populares que as suas lutas imediatas e específicas não bastam para garantir a conquista dos direitos e dos interesses do povo trabalhador.

Por isso, surgiu a proposta do Partido dos Trabalhadores. O PT nasce da decisão dos explorados de lutar contra um sistema econômico e político que não pode resolver os seus problemas, pois só existe para beneficiar uma minoria de privilegiados.

Por um partido de massas

O Partido dos Trabalhadores nasce da vontade de independência política dos trabalhadores, já cansados de servir de massa de manobra para os políticos e os partidos comprometidos com a manutenção da atual ordem econômica, social e política. Nasce, portanto, da vontade de emancipação das massas populares. 

Os trabalhadores já sabem que a liberdade nunca foi nem será dada de presente, mas será obra de seu próprio esforço coletivo. Por isso protestam quando, uma vez mais na história brasileira, vêem os partidos sendo formados de cima para baixo, do Estado para a sociedade, dos exploradores para os explorados. 

Os trabalhadores querem se organizar como força política autônoma. O PT pretende ser uma real expressão política de todos os explorados pelo sistema capitalista. Somos um Partido dos Trabalhadores, não um partido para iludir os trabalhadores. 

Queremos a política como atividade própria das massas que desejam participar, legal e legitimamente, de todas as decisões da sociedade. 

O PT quer atuar não apenas nos momentos das eleições, mas, principalmente, no dia-a-dia de todos os trabalhadores, pois só assim será possível construir uma nova forma de democracia, cujas raízes estejam nas organizações de base da sociedade e cujas decisões sejam tomadas pelas maiorias.

Queremos, por isso mesmo, um partido amplo e aberto a todos aqueles comprometidos com a causa dos trabalhadores e com o seu programa. Em conseqüência, queremos construir uma estrutura interna democrática, apoiada em decisões coletivas e cuja direção e programa sejam decididos em suas bases.

Pela participação política dos trabalhadores

Em oposição ao regime atual e ao seu modelo de desenvolvimento, que só beneficia os privilegiados do sistema capitalista, o PT lutará pela extinção de todos os mecanismos ditatoriais que reprimem e ameaçam a maioria da sociedade. O PT lutará por todas as liberdades civis, pelas franquias que garantem, efetivamente, os direitos dos cidadãos e pela democratização da sociedade em todos os níveis.

Não existe liberdade onde o direito de greve é fraudado na hora de sua regulamentação, onde os sindicatos urbanos e rurais e as associações profissionais permanecem atrelados ao Ministério do Trabalho, onde as correntes de opinião e a criação cultural são submetidas a um clima de suspeição e controle policial, onde os movimentos populares são alvo permanente da repressão policial e patronal, onde os burocratas e tecnocratas do Estado não são responsáveis perante a vontade popular.

O PT afirma seu compromisso com a democracia plena e exercida diretamente pelas massas. Neste sentido proclama que sua participação em eleições e suas atividades parlamentares se subordinarão ao objetivo de organizar as massas exploradas e suas lutas. Lutará por sindicatos independentes do Estado, como também dos próprios partidos políticos.

O Partido dos Trabalhadores pretende que o povo decida o que fazer da riqueza produzida e dos recursos naturais do país. As riquezas naturais, que até hoje só têm servido aos interesses do grande capital nacional e internacional, deverão ser postas a serviço do bem estar da coletividade. Para isso é preciso que as decisões sobre a economia se submetam aos interesses populares. Mas esses interesses não prevalecerão enquanto o poder político não expressar uma real representação popular, fundada nas organizações de base, para que se efetive o poder de decisão dos trabalhadores sobre a economia e os demais níveis da sociedade.

Os trabalhadores querem a independência nacional. Entendem que a Nação é o povo e, por isso, sabem que o país só será efetivamente independente quando o Estado for dirigido pelas massas trabalhadoras. É preciso que o Estado se torne a expressão da sociedade, o que só será possível quando se criarem condições de livre intervenção dos trabalhadores nas decisões dos seus rumos. Por isso, o PT pretende chegar ao governo e à direção do Estado para realizar uma política democrática, do ponto de vista dos trabalhadores, tanto no plano econômico quanto no plano social. O PT buscará conquistar a liberdade para que o povo possa construir uma sociedade igualitária, onde não haja explorados nem exploradores. O PT manifesta sua solidariedade à luta de todas as massas oprimidas do mundo.