quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O que é esquerdismo?

Lenin definiu o esquerdismo como "a doença infantil do comunismo", típica do "revolucionarismo pequeno-burguês", e apontou o seu principal "sintoma" nos seguintes termos:
"O bolchevismo fez sua e continuou a luta contra o partido que mais fielmente representava as tendências do revolucionarismo pequeno-burguês (isto é, o partido dos 'socialistas revolucionários') em três pontos principais. Em primeiro lugar, esse partido, que repudiava o marxismo, obstinava-se em não querer compreender (talvez fosse mais justo dizer que não podia. compreender) a necessidade de levar em conta, com estrita objetividade, as forças de classe e suas relações mútuas antes de empreender qualquer ação política." (Lenin, em "Esquerdismo, doença infantil do comunismo")
ESQUERDISMO, portanto, segundo Lenin, é a incapacidade de "levar em conta, com estrita objetividade, as forças de classe e suas relações mútuas antes de empreender qualquer ação política".

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Política e PT, economia e empreendedorismo: Debate com Marcos Zarahi.

(Debate sobre política, economia e PT com o companheiro Marcos Zarahi, filiado de base do 1º Diretório Zonal, na página desta instância no Facebook)

Razões da aprovação ao governo

“Insisto em afirmar que vc não é petista!! É a face equivocada da idolatria dirigida ao líder carismático e à consagração da política imediatista e do pragmatismo estéril.” (Marcos Zarahi)
Bem, os trabalhadores sofrem, se é que você não sabe, uma série de problemas para os quais querem respostas para ontem. Eles, certamente, não acham que o pragmatismo dos governos Lula e Dilma seja estéril. Senão não elegeriam o PT três vezes seguidas e esteja prestes a lhe dar mais um mandato. 

Lula, mesmo não sendo candidato, é o único nome, segundo as pesquisas de intenção de voto, com potencial para ganhar a eleição presidencial, já no primeiro turno, contra todos os demais possíveis candidatos. 

Dilma goza de um amplo favoritismo para as próximas eleições, e tem ampla aprovação ao seu desempenho à frente do cargo que ocupa. E isso, evidentemente, nada tem a haver com carisma, a não ser que você considere a nossa querida candidata/presidenta carismática.

Agora, você mesmo, lembrou aqui, outro dia, aquela célebre frase do Betinho: 
“Quem tem fome, tem pressa”. 
Por que você acha que essa frase do Betinho marcou tanto? 

Eu te respondo. 

Porque é uma daquelas obviedades que, por egoísmo, muita gente não enxerga. 

E não enxerga até hoje, mesmo ecoando, vez por outra, o alerta e o apelo do Betinho. 

A política imediatista dos governos petistas decorre do senso de urgência em se dar respostas a problemas históricos que sacrificam impiedosamente a vida e a dignidade de milhões de brasileiros. 

Os governos petistas, de Lula e Dilma, têm sido movidos por este senso de urgência e por isso mesmo é que contam com tamanha aprovação popular. 

A aprovação não é ao carisma, porque carisma de político não enche barriga de ninguém. 

Geração permanente de empregos, elevação continuada de salários e programas de transferência de renda para populações socialmente vulneráveis, são estas as razões verdadeiras da aprovação do povo brasileiro aos governos petistas, expressadas em pesquisas de opinião, mas também através da concessão ao PT de sucessivos mandatos presidenciais.


Economia

 “porque desde FHC nossa economia não deixou de se internacionalizar destruindo pequenas e médias empresas nacionais bloqueando e impedindo qualquer ciclo de acumulação de riqueza destinadas aos investimentos para a emancipação das classes populares, seja por uma educação de base de extrema qualidade seja por outros investimentos na velocidade, na quantidade e na qualidade que promova de fato a transformação do país numa real democracia popular !!” ( Marcos Zarahi)
Bem, aqui nós temos no mínimo uma imprecisão de dados. 

Suponho que você chame de “internacionalização” da economia à desnacionalização de grandes empresas privadas brasileiras. 

Se for isso, há de fato uma mudança de destino do lucro dessas empresas, mas os empregos e impostos ficam no Brasil. 

Isto sem falar dos efeitos positivos que qualquer uma dessas grandes empresas tem – dependendo, evidentemente, do setor da economia – no desenvolvimento de cadeias produtivas, das quais fazem parte, não raro, pequenas e médias empresas de capital nacional.

Não é verdade que a desnacionalização de grandes empresas privadas esteja destruindo pequenas e médias empresas nacionais. 

O estudo publicado pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), em parceria com o Sebrae e a FGV, intitulado “Global Entrepreneurship Monitor -Empreendedorismo no Brasil: 2011”, mostra uma grande vitalidade e um grande otimismo neste setor,  e revela também uma grande vantagem comparativa em relação à maioria dos demais países.*

Inclusive a Venezuela, citada por você como modelo a ser seguido pelo Brasil. 

A pesquisa aponta que, enquanto o Brasil ocupa a 4ª posição no ranking dos países com maior percentual de empreendedores estabelecidos (mais de 3,5 anos), a Venezuela é a última, entre os 54 países avaliados.



Venezuela

“(vide os números da Venezuela de Chaves...saltos de qualidade em muitas coisas, por isso que lá o governo tem oposição armada e precisa de milícias populares e brigadas populares com adestramento militar básico: para resistir às tentativas de golpe!! )” (Marcos Zarahi)
A violência política na Venezuela não tem nada a haver com supostos números. 

Se explica claramente pela existência de uma direita intolerante com a democracia e de uma esquerda com forte predomínio do militarismo.


Curioso é que enquanto você, Marcos, espinafra Lula, critica o governo brasileiro e exalta o governo chavista como modelo a ser seguido pelo PT, o governo chavista exalta Lula e pede ajuda ao Brasil, reconhecendo que está em apuros.




Legado do governo e correlação de forças

“vejo companheiros aqui nesta página e no Brasil inteiro reclamando de que a guerra por um país justo e equânime está sendo perdida pelas ‘correlações de forças’ sempre desfavoráveis!!” (Marcos Zarahi)
Em primeiro lugar, a guerra por um país justo e equânime não está sendo perdida. 

A não ser que você considere uma derrota resgatar mais de 40 milhões de brasileiros da situação de pobreza extrema; gerar empregos, aumentar salários e reduzir desigualdades, continuamente, durante uma década; além de estender direitos sociais a trabalhadores antes desamparados; tudo isso, num processo que vem avançando ininterruptamente, mesmo num contexto de crise econômica mundial.

Qualquer militante de esquerda do mundo, realmente preocupado com a felicidade do seu povo, sentiria orgulho de seu governo com bem menos que a metade disso. 

Eu tenho muito orgulho de todas essas realizações dos governos Lula e Dilma, do meu Partido dos Trabalhadores. 

Dizer que a esquerda está sendo derrotada no Brasil é uma tremenda insanidade.

Isso quer dizer que conquistamos tudo, que o país atingiu níveis ideais de igualdade? 

Evidente que não. 

Quer dizer apenas que demos importantes passos, que são o início de uma longa e dura caminhada. 

O que você, Marcos, e outros, parecem desconhecer, é que o ritmo de qualquer caminhada não depende apenas da vontade do andarilho. 

É determinado também – e eu diria que sobretudo – pelas condições do ambiente físico em que ele dá seus passos.

Cito, pela milionésima vez, o velho Marx:
“Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado.”
Estamos falando de luta de classes, e a luta de classes se assemelha a uma guerra. 

Os comandantes militares mais vitoriosos da História, foram os que tiveram maior competência para traçar suas estratégias, considerando as relações existentes, no momento do combate, entre a força do próprio exército, a força do exército inimigo e as condições do campo de batalha. 

Toda disputa entre dois atores, seja pessoal, militar, esportiva ou política, segue este mesmo padrão de exigência para a obtenção de vitórias. 

Lenin tinha essa compreensão – que a mim parece uma obviedade – e por causa dela teve as maiores desavenças com anarquistas e algumas correntes socialistas, que ele definia, pejorativamente, como “esquerdistas”. 

No livro Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo, ele diz:
“Ao surgir em 1903, o bolchevismo herdou a tradição de luta implacável contra o revolucionarismo pequeno-burguês, semi-anarquista (ou capaz de ‘namoricar’ o anarquismo), tradição que sempre existira na social-democracia revolucionária e que se consolidou particularmente em nosso país em 1900/1903, quando foram assentadas as bases do partido de massas do proletariado revolucionário da Rússia. O bolchevismo fez sua e continuou a luta contra o partido que mais fielmente representava as tendências do revolucionarismo pequeno-burguês (isto é, o partido dos ‘socialistas revolucionários’) em três pontos principais. Em primeiro lugar, esse partido, que repudiava o marxismo, obstinava-se em não querer compreender (talvez fosse mais justo dizer que não podia. compreender) a necessidade de levar em conta, com estrita objetividade, as forças de classe e suas relações mútuas antes de empreender qualquer ação política.”
Esta é primeira e mais importante característica do partido, tendência ou militante padecente do esquerdismo, conforme descrito por Lenin: a incapacidade de compreender a necessidade de levar em conta, com estrita objetividade, as forças de classe e suas relações mútuas antes de empreender qualquer ação política. 

Em outras palavras, a incapacidade de compreender a necessidade de levar em conta a “correlação de forças” entre as classes sociais.

E é impressionante como essa definição se ajusta ao comportamento de setores da esquerda brasileira, inclusive do próprio PT. São como anões abusados querendo enfrentar gigantes, e ainda por cima, no escuro.


Brizolismo

“O CNB é capaz de pisar no pescoço da mãe para ganhar o poder e ficar nele, mesmo sem aplicar tudo aquilo que o PT sempre propôs, não é admirável ??!!” (Marcos Zarahi)

Aqui a idolatria ao líder carismático, Brizola, dá mais uma vez vazão ao seu ressentimento. 

Dele disse Lula, na campanha presidencial de 1989 – em que ambos foram candidatos –, que “pisaria no pescoço da própria mãe” prá conseguir ser eleito. 

Claro está que a crítica à idolatria, ao culto à personalidade de um líder político carismático, não é sincera. 

Vê-se problema, não na idolatria, mas em quem se idolatra. 

O que se propõe, na verdade, é um “fora Lula”, “louvado seja Brizola”.


Crescimento do PT

“Hoje o CNB é o maior entrave para o crescimento do partido!!” (Marcos Zarahi)
O maior entrave, não só para o crescimento do partido, mas também e sobretudo, para o seu fortalecimento, é a falta de consciência quanto à necessidade de se fazer trabalho cotidiano de base e investir na organização dos filiados. 

A CNB não proíbe ninguém de fazer isso. 

Infelizmente, nenhuma tendência prioriza essas questões em sua tese, muito menos expressa esses compromissos em sua prática política. 

O problema do PT não está na teoria, está na prática dos seus militantes. 

Não está no programa, nem na estratégia eleitoral, está nos hábitos e costumes de seus filiados. 

Somos, quase todos, eleitores, não militantes, porque militante é quem efetivamente desempenha tarefas para o partido, sob o comando do partido, em equipe com outros filiados-militantes.

Dizer, além disso, que a CNB é o maior entrave para o crescimento do partido, é brigar com os fatos. 

Porque o PT nunca cresceu tanto quanto depois da primeira eleição do Lula. 

Sob o comando da CNB, o PT cresceu até se transformar num partido eleitoral de massas. 

Não custa lembrar que o PT é o 2º maior partido em número de filiados, tem a maior bancada da Câmara Federal, a 2ª maior do Senado, e foi o partido que obteve o maior número de votos, no país, nas eleições municipais de 2012. 

Portanto, o desafio de crescer, nós já vencemos. 

O desafio, agora, é fortalecer. 

E isso só se consegue com organização. 

O problema é que, mesmo a turma que prega mudança de programa e estratégia, é conservadora nesse campo. 

Não tá nem aí pro trabalho de base e prá organização dos filiados. 

Por isso, não votei em ninguém.
  

CNB e Mensagem ao Partido

“Hoje quem defende Dilma é o Mensagem ao Partido!!” (Marcos Zarahi)
A tese Mensagem ao Partido, no PED 2013, fala muito breve e superficialmente sobre o tema da organização partidária, em seu tópico 22, onde se lê:
“22 - O PT precisa se renovar. Agora é um bom momento com esta nova energia vinda das ruas, diferente dos últimos dez anos em que os grandes momentos de mobilização foram os momentos eleitorais. O PT precisa se transformar num canal pelo qual fluam, além dos setores que já representamos, estes e outros setores sociais das classes trabalhadoras. Para tanto precisa de mudanças em sua forma de organização e direção, na participação dos filiados e filiadas, na sua militância nos movimentos sociais, nas alianças, no seu papel nos governos de coalizão.”
E é só que têm a dizer. 

Que o partido precisa de mudanças na forma de organização. 

Mas não propõe nada, não apresenta nenhum projeto, porque certamente, não deve ter reflexão nenhuma sobre isso. 

E se não tem reflexão nenhuma, é porque não tem essa questão como algo efetivamente relevante. 

É mais uma tendência que usa o tema da organização como ornamento em sua tese. 

Donde se deduz que, chegando ao poder, no partido, nada faria senão dar continuidade ao que hoje temos.

Quanto à política de alianças, diz no tópico 23:
“23 - O PT precisa deixar mais clara para a população a sua identidade dentro das alianças políticas que forma para eleições e para governar. Para tanto terá que elaborar e divulgar com os aliados quais os programas de governo e metas comuns. Terá que explicitar suas divergências em cada questão relevante para a sociedade. Para que o Brasil avance a partir deste novo momento, é preciso refazer nossas alianças, voltando a dar prioridade a uma frente de partidos de esquerda e centro-esquerda, e com organizações e movimentos sociais progressistas e libertários, uma aliança programática que se reflita no Parlamento, nas eleições, e que, a partir daí em parâmetros comuns estabelecidos, dialogue com alianças mais amplas que se disponham a contribuir para a governabilidade.”
Nos debates do PED nacional, o candidato Paulo Teixeira, da tese Mensagem ao Partido, sempre falou em “qualificar alianças políticas”, para não permitir que o PT se confunda com seus aliados, perante a classe trabalhadora. 

Mas nunca propôs ruptura com o PMDB, e sim a manutenção da aliança com este partido. 

O que a Mensagem quer é apenas que as diferenças entre PT e PMDB sejam mais explicitadas pelo partido durante todo o processo político, para que os trabalhadores possam identificar, de maneira clara, quem é quem. 

Ou seja, no frigir dos ovos, Paulo Teixeira e a Mensagem ao Partido defendem tanto a aliança com o PMDB, quanto Rui Falcão e a tão criticada CNB. 

Se esta é um entrave ao crescimento do partido, como você diz, suponho que a outra também deva ser, já que tem essencialmente a mesma política. 

Ou não?



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Global Entrepreneurship Monitor - Empreendedorismo no Brasil: 2011


Vale a pena, para quem se interessa pelo tema,  dar uma conferida neste material. 

No prefácio do livro, o presidente do Sebrae diz:
“Como resultado do estudo, verifica-se que há no Brasil cerca de 27 milhões de adultos, entre 18 e 64 anos, que estão envolvidos na criação ou já administram um negócio. 

Isso representa mais de 1 em cada 4 indivíduos da população adulta do país. 

Com isso, o Brasil possui, hoje, a 3ª maior população empreendedora, em números absolutos, entre os 54 países estudados. 

(...) 

O estudo mostra ainda que o otimismo para empreender no país é maior que a média mundial e que a proporção das mulheres na TEA [Taxa de Empreendedorismo Inicial] (49%) é a quarta maior, entre os 54 países pesquisados. 

Quanto à faixa etária dos empreendedores no Brasil há um elevado contingente de jovens, entre 25 e 34 anos, que está envolvido com a criação de novos negócios, em contraposição aos Empreendedores Estabelecidos, onde é mais forte a presença de pessoas entre 45 e 54 anos. 

No campo social, verifica-se que, ao contrário da maioria dos países, no Brasil a TEA é proporcionalmente mais alta nos grupos de renda mais baixa, o que reforça o papel do empreendedorismo no processo de inclusão social, em nosso país. 

Finalmente, o estudo mostra ainda que, cada vez mais, o brasileiro considera o início de um novo negócio como uma opção desejável de carreira.”
Já na introdução do mesmo livro, “Global Entrepreneurship Monitor - Empreendedorismo no Brasil: 2011”, define-se a forma usada para classificar as economias dos países estudados.
“Mantendo a linha de análise dos dois últimos anos, para efeitos de comparação dos resultados entre países e conforme descrito no Global Report 2010, o GEM agrupa as economias dos países participantes em três níveis: países impulsionados por fatores, países impulsionados pela eficiência e países impulsionados pela inovação. 

As economias impulsionadas por fatores são dominadas pela agricultura de subsistência e negócios extrativistas, com uma forte dependência do trabalho e dos recursos naturais. 

Nas economias impulsionadas pela eficiência o desenvolvimento é caracterizado pela industrialização e pelos ganhos em economias de escala, com predominância de grandes organizações intensivas em capital. 

À medida que o desenvolvimento avança, os negócios são mais intensivos em conhecimento e o setor de serviços se expande, caracterizando as economias impulsionadas pela inovação. 

O Quadro I.1 apresenta os países participantes da pesquisa 2011 classificados segundo os três níveis anteriormente descritos.

Para simplificar a leitura, no decorrer do documento estes três níveis serão tratados simplificadamente como grupo-fator, grupo-eficiência e grupo-inovação.

Países impulsionados por fatores

Argélia 
Bangladesh 
Guatemala 
Irã 
Jamaica
Paquistão 
Venezuela
Países impulsionados pela eficiência

África do Sul 
Argentina
Barbados
Bósnia e Herzegovina 
Brasil 
Chile 
China 
Colômbia 
Croácia 
Eslováquia 
Hungria 
Letônia 
Lituânia 
Malásia  
México 
Panamá 
Peru 
Polônia 
Romênia 
Rússia 
Tailândia 
Trindade e Tobago 
Turquia 
Uruguai
Países impulsionados pela inovação

Alemanha
Austrália
Bélgica
Cingapura
Coréia do Sul
Dinamarca
Emirados Árabes Unidos
Eslovênia
Espanha
Estados Unidos
Finlândia
França
Grécia
Holanda
Irlanda
Japão
Noruega
Portugal
Reino Unido
República Tcheca
Suécia
Suíça
Taiwan

(Essa classificação é baseada no Relatório de Competitividade Global (Global Competitiveness Report) – Publicação do Fórum Econômico Mundial que identifica três fases do desenvolvimento econômico, considerando o PIB per capita e a parcela das exportações relativa aos bens primários)”


E no capítulo 2, intitulado "Empreendedores do Brasil e países participantes do GEM segundo o estágio dos empreendimentos e nível de desenvolvimento econômico dos países", há um subtítulo onde se faz a comparação do Brasil com outros países, que reproduzo abaixo.

2.3 - Comparação das taxas do Brasil com demais países em 2011  

Na comparação com os demais países participantes da pesquisa em 2011 do quadro 2.2, a TEA [Taxa de Empreendedorismo Inicial] do Brasil (14,89%) encontra-se acima da média dos países participantes (10,95%), situando-se na 13ª posição e acompanhando a média dos países do grupo-eficiência (14,09%), situando-se na 10ª posição nesse grupo de países. 

A TEA mais alta do grupo-eficiência e dentre todos os países participantes foi a da China (24,01%). 

As TEAs mais altas no grupo-fator e no grupo-inovação ficaram respectivamente com a Guatemala (19,31%) e com os Estados Unidos (12,34%). 

Já os países participantes da pesquisa com menor TEA foram Paquistão (9,07%), Rússia (4,57%) e Eslovênia (3,65%), respectivamente nos grupos fator, eficiência e inovação. 

A taxa de empreendedores estabelecidos do Brasil (12,23%), quando comparada aos demais países também no quadro 2.2, coloca o país bem acima da média tanto no total de países (7,02%), quanto nos países do grupo-eficiência (7,25%), ficando na 4ª e 3ª posições respectivamente para os dois grupos analisados. 

A Tailândia apresenta a taxa mais alta para empreendedores estabelecidos (30,11%) tanto no total de países quanto no grupo-eficiência. 

As taxas mais baixas de empreendedores estabelecidos ficaram com a Venezuela (1,57%) no total de países e com a Hungria (2%) nos países do grupo-eficiência.